• Dons Necessários
• Cura ou Salvação?
• Tenho o Espírito Santo?
• Que é Batismo com o Espírito Santo?
• Como descobrir o Verdadeiro Profeta
• O Falso Profeta
• línguas Estranhas, dos Anjos e Celestial
• I Coríntios 14:2
• Encontro íntimo com Deus
• Êxtase Pentecostal
• Pentecostalismo Católico
• Profecias do Dr. Fritz
PAULO AFIRMOU: Mesmo que o crente fale em “línguas”, se não tiver amor, de nada valerá. (I Cor. 13:1).
JESUS DISSE: “Se Me amardes guardareis os Meus mandamentos.” (João 14:15).
A BÍBLIA DIZ: “Seus mandamentos não são pesados” (I João 5:3).
Então é fácil distinguir a procedência da língua estranha.
Use a regra: Amor & Obediência.
PAULO ORDENOU:
• Tirar a gritaria dos cultos (Efés. 4:31).
• Que haja reverência (Heb. 12:28).
• Que haja decência e ordem (I Cor. 14:40).
POR ISSO, DEDUZ-SE QUE:
O Espírito Santo jamais poderá estar em uma casa de culto onde haja: grito – barulho – desordem – irreverência – batida de pé no chão – socos na mesa, no púlpito, etc.
• Deus não ouve gritaria – Eze. 8:18; Lam. 3:8.
• Gritaria entristece o Espírito Santo – Efés. 4:30 e 31.
• Ana orou apenas mexendo os lábios e Deus a ouviu. – I Sam. 1:12-13.
ESPÍRITO SANTO — E OS DONS NECESSÁRIOS
Paulo instou a que os cristãos buscassem “com zelo” os dons espirituais. Paulo sabia desta necessidade, porém, não desconhecia o fato de que, nesta busca, se feita desastradamente, fora do plano do Céu, poderia haver grande confusão e perversão que redundaria em malefício para o cristão e a igreja. Creio sinceramente nos dons espirituais. Acho-os fundamentais e necessários hoje. Mas, como pesquisador do santo Livro, receio que algumas pessoas estejam sendo enganadas pelas artimanhas do maligno.
Os dons espirituais que são necessários à igreja, parece que foram concentrados em dois apenas, o de curar e o de línguas. Pelo menos, tanto quanto se sabe, são os mais buscados e desejados. Afirmo outra vez: há necessidade de vigilância, pois que, para toda grande verdade de Deus, Satanás tem criado uma grande mentira paralela. Satanás é grande conhecedor da Bíblia, e dela está-se valendo para introduzir suas próprias idéias, e assim alcançar, imperceptivelmente, seus reais objetivos, cauterizando mentes no engano.
Até mesmo em sua disposição simples e sincera, um cristão que busca e se esforça por obter um dom espiritual, pode ser envolvido por este ser que deseja a todos enganar.
DOM DE CURAR
A preocupação de Paulo, que se denota nos capítulos 12, 13 e 14 de I Coríntios, leva-me a crer que, certamente, ele antevia a obra sinistra que envolveria Satanás na criação de dons semelhantes aos de Deus, para confundir os crentes. E o que se vê hoje é a comprovação não só nos meios evangélicos, mas pela própria ciência, que existem manifestações prodigiosas, cuja origem não é divina. E, no entanto, são reais, patentes e inegáveis. Quem poderá negar o fato comprovado de um doente curar-se, um cego enxergar, um deficiente físico recuperar seus movimentos? Isso é notório em várias corporações cristãs e Centros Espíritas, e creditado ao poder de Deus, fato que deve ser considerado com cuidado!
Alguém pode questionar, alegando que a fonte não é importante desde que a pessoa se beneficie de algum bem, haja vista estar o povo mergulhado em uma grande onda de dificuldades, doenças, carência de toda sorte. Em meio a tanta infelicidade, está, assim, à busca de qualquer escape, venha de onde vier. Disso se valem os “milagreiros” que, via de regra, omitem aos carenciados, que a salvação em Cristo Jesus é mais importante, tem mais valor, e é o que o povo precisa buscar ardentemente, pois ela lhe trará paz, no presente, e a eternidade no futuro (Mat. 18:8 e 9).
Paulo afirmou ter Satanás controle sobre os elementos da natureza (Efés. 2:2; Jó 1:10-12,19). Pode executar grandes prodígios em operações milagrosas (II Tes. 2:9; Apoc. 16:14), também transformar-se em anjo de luz (II Cor. 11:13-15); e fazer fogo cair do Céu à vista dos homens (Apoc. 13:13; Jó 1:16, 10-12). Jesus diz ser Satanás o príncipe deste mundo (João 12:31; 14:30); com capacidade de imitar milagres e dons através do hipnotismo (Êxo. 7:10-12, 20-22; 8:5-7, 17-19). Finalmente, Satanás imitará a vinda de Cristo (Mat. 24:24-26), tal é a sua força para o engano.
Por isso, quando o carismatismo impera, e os operadores de milagres apontam para tais eventos como prova de fé, abra os olhos, porque o diabo vai aproveitar esta brecha, mandando sua contrafação, iludindo assim o crente.
Ele é um inimigo sutil e fraudulento, e seus ardis, os mais variados. Há ocasiões em que demonstra mesmo pesar pela desgraça humana (da qual é único causador), manifestando seu poder em minorar os sofrimentos (curando um doente, fazendo coxo andar, cego enxergar, etc. Estas curas também ocorrem quando são provenientes de desordens neurológicas), mas, na realidade, seu objetivo é um só: destruir a fé no Todo-Poderoso, infiltrando a contrafação, para que se creia na mentira em lugar da verdade. E ambas tão juntas convivem que, somente por um acurado estudo do Livro santo, se pode distingui-las (Isaías 8:20).
DOM DE LÍNGUAS
Com relação ao dom de línguas, há flagrante desvirtuação na atualidade, pois milhares são os que crêem que só se recebe o Espírito Santo se falar “língua estranha”. E há mesmo quem afirme que, quem não fala “língua estranha” é um cristão incompleto, não restaurado, cristão de segunda classe, etc.
O escritor pentecostal Grant é categórico:
“...receber o batismo sem falar línguas estranhas é impossível... a língua Celestial será a senha para a entrada no Céu.” – O Batismo no Espírito Santo, Grant, págs. 97, 99, 123, 81. (Citado por Elemer Hasse).
E afirma ainda que os pentecostais chegarão ao Céu de avião, e os demais crentes que ignoram o batismo com o Espírito Santo, serão salvos, porém, chegarão de trem (pág. 84). E que, não falando “língua”, é cristão carnal (pág. 54). Idem.
Meu querido irmão, que diz a Bíblia? A doutrina de que o cristão que não fala em “línguas” não foi batizado com o Espírito Santo, não tem fundamento nela, porque, estas pessoas receberam o Espírito Santo e não falaram línguas:
Os samaritanos Atos 8: 15-17
João, o Batista Lucas 1: 15
Maria, a virgem virtuosa Lucas 1: 35
Isabel, prima da virgem Maria Lucas 1: 41
Zacarias, o pai de João Batista Lucas 1: 67
Jesus Cristo, o Senhor e Salvador Lucas 3: 22
Os sete diáconos da Igreja Apostólica Atos 6: 1-7
Estêvão, o primeiro mártir Atos 6: 5; 7: 55
Finalmente, Paulo, o apóstolo zeloso dos dons espirituais, nunca falou as línguas que são usadas no neo-pentecostalismo atual, como sendo a aferição de o crente ter recebido o Espírito Santo (Atos 9: 1-9, 17-18). Paulo e Barnabé receberam a imposição de mãos, foram separados para o ministério e batizados com o Espírito Santo, e não falaram línguas (Atos 13: 2-3).
LÍNGUA “ESTRANHA” OU IDIOMAS?
Na expressão “línguas estranhas” em I Coríntios 14: 2, 4-6, pode-se notar que a palavra “estranha” está grifada, isto é, escrita de forma diferente para informar que o tradutor não a encontrou no original; ali foi colocada para dar sentido amplo. Porém, no mesmo capítulo, verso 19, está explícito: “língua desconhecida”, e, esta sim, está correta, no original.
Para melhor esclarecimento, leia-se em I Coríntios 12: 10, 28 onde Paulo declina a expressão “variedade de línguas”, que sobejamente define tratar-se de outros idiomas, e não um tipo de sons desconexos e extáticos que muitos pretendem hoje, como sendo o dom de línguas.
Sons e enunciações ininteligíveis sempre foram características do paganismo, e hoje são comuns nas reuniões espíritas, no candomblé e centros umbandistas. Ali são faladas também diversas línguas estranhas. E agora, surpreendentemente é um fato real também na Igreja Católica.
Os termos “língua desconhecida e variedade de línguas” são mais condizentes do que “línguas estranhas”, porque, na realidade, a manifestação do dom caído sobre os discípulos no Pentecostes foi a grande verdade de que eles falaram línguas desconhecidas, sim, para eles, mas línguas existentes; eram idiomas estrangeiros. Sobretudo, aquela era uma reunião especial. O dom era necessário, supremamente necessário. Sabe por quê? Ouça – Jesus comissionou os discípulos:
Mateus 28:19
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.”
E a quem Jesus deu esta ordem? A pessoas indoutas, pescadores e camponeses, que falavam apenas o aramaico, limitado, simples. E no entanto a ordem de âmbito mundial ecoava: IDE! Sabe, meu irmão, Deus nunca pediu ou pedirá nada ao homem sem lhe conceder os meios e condições de cumprir Sua ordem.
Encontravam-se, pois, os discípulos reunidos em Jerusalém, diante de uma multidão “de todas as nações que estão debaixo do Céu... partos e medos, elamitas; e os que habitavam na Mesopotâmia; Judéia, Capadócia, Ponto, Ásia, Frígia, Panfília, Egito, Líbia, Cirene; romanos, cretenses e árabes.” Atos 2: 5, 9-11.
O cenário está pronto, e, diante do “mundo”, os discípulos. O que fazer cercado desses representantes de todas as nações da Terra? Como aproveitar a magna oportunidade? Observe a narração de Lucas:
Atos 2:4
“E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar NOUTRAS LÍNGUAS conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.”
Graças a Deus, foi resolvido o problema; os discípulos falaram OUTRAS LÍNGUAS, não línguas estranhas. Falaram a língua dos cretenses, árabes, romanos, egípcios, líbios, enfim, os idiomas daqueles que foram a Jerusalém, procedentes de todas as nações da Terra. Se lá estivessem brasileiros, certamente o Espírito Santo concederia o dom de se falar o português.
A preocupação de Lucas ao fazer lista tão extensa dos países (16) presentes em Jerusalém, deixa antever claramente tratar-se de idiomas existentes, isto é, línguas estrangeiras.
Quero que você entenda, meu irmão, que o termo “língua estranha” é estranho aos propósitos de Deus, porque, na verdade, os discípulos falaram línguas que não eram estranhas (esquisitas); eram línguas desconhecidas para eles, porém, existiam, e passaram, pelo poder de Deus, agora, a falá-las fluentemente. Reafirmo-lhe: Eram as línguas dos estrangeiros que afluíam para Jerusalém a fim de participar da festa de Pentecostes, e estes mesmos se maravilharam de que aqueles discípulos, embora indoutos, falassem em suas próprias línguas, das grandezas de Deus (Atos 2: 11). Que grande bênção Deus conferiu aos discípulos, capacitando-os a cumprir o IDE.
Quando aqueles forasteiros voltaram para suas nações, cada um levou, maravilhado, a mensagem do Jesus que salva e liberta do pecado; e então foram mensageiros aos seus conterrâneos, dando testemunho vivo a favor do evangelho de Cristo. Aleluia! Glória a Deus!
EXEMPLO DE LÍNGUA ESTRANHA
“Reid Simonns (nome alterado) parou um momento em seu sermão, para dar tempo a que o intérprete traduzisse suas últimas frases. A multidão de japoneses, reunida naquela esquina de Tóquio para ouvir o que o soldado americano tinha a dizer, subitamente deu demonstração de espanto. Todos mantinham seus olhos fixos no jovem ocidental, sem voltarem ao intérprete. Reid repetiu a sentença e esperou novamente pela tradução. Foi quando alguém declarou: ‘O senhor não precisa de tradutor. Está falando japonês!’” – Atalaia, 3/76, pág. 4.
Sim, irmão, era o que realmente acontecia. Ali estava um jovem que, embora tivesse grande paixão pelos pecadores, ao ponto de deixar sua pátria e atravessar os mares em busca dos pagãos, nunca falou japonês em sua vida, mas pregava agora nesta língua, apelando aos nipônicos para aceitarem a Cristo como Salvador. Nessa reunião, seis preciosas almas aceitaram a Cristo.
Ó, amados, eis aqui o verdadeiro dom de línguas. Este sim, é o dom de Deus; o dom derramado no Pentecostes. Saiba, irmão, hoje, se esgotados todos os meios que temos para falar outras línguas, se fechadas todas as Sociedades Bíblicas ao redor do mundo, impossibilitando-as de traduzir para a língua materna; se fechadas todas as Universidades, Colégios e Escolas, onde se preparam missionários para aprender línguas estrangeiras, Deus voltará a repetir o Pentecostes, e a última alma será advertida do breve regresso do Senhor Jesus, a quem sejam dadas agora e para todo sempre, honras e glórias.
CURA OU SALVAÇÃO
Os dons do Espírito Santo são reais. Pertencem a igreja de Deus. São para nós e estão ao nosso alcance. Entrementes, temos que nos conscientizar que há condições impostas por Deus para serem concedidos.
O dom de línguas acabaria (I Cor. 13:8). Outros seriam mais necessários em determinada ocasião da história da igreja de Cristo. Outro concluiria a Obra do Senhor, como é o caso da “Chuva Serôdia”, etc.
Efetivamente, Deus quer agraciar Seus filhos com tais bênçãos, porque Ele é o mesmo e o Seu poder não mudou. Se for útil no momento, Deus dará (I Cor. 12:7).
Infelizmente, o que vemos hoje é muito exibicionismo. Homens e mulheres “usando” o Espírito Santo ao invés de, por Ele, serem usados. Não há como negar que, uma verdadeira desvirtuação dos dons solapa a Igreja Evangélica. Uma “roda-viva” que está levando de roldão muitas pessoas sinceras e tementes a Deus. É preciso ter cautela, e nos adequar ao que o bom senso exige.
EXEMPLO: Para alcançar o mundo com o IDE, Deus capacitou Seus discípulos com o dom de línguas (Atos 2: 1-13). Por quê? Seria impossível cumpri-lo naquela época, sem escolas preparatórias, universidades, academias de letras e bons professores. Como aprender 16 línguas sem tais recursos? E, leve-se em conta, os discípulos eram homens que, em média, tinham quarenta anos de idade, de pequena cultura e rudes (Atos 4: 13).
Hoje, porém, o panorama é outro. Na área da educação, o mundo evoluiu incomparavelmente com o tempo dos apóstolos. Uma criança de dez anos hoje pode começar a estudar qualquer língua e estará capacitada nela antes dos vinte.
OUTRO EXEMPLO: O Espírito Santo transportou Filipe por centenas de quilômetros como num “passe de mágica” (Atos 8: 39-40). Hoje existem aviões que voam a uma velocidade quase incrível. Se Filipe naquela ocasião gastasse vinte horas para o percurso que teria de fazer, hoje levaria não mais que uma hora, se tanto, em aviões especiais. Por isso, distâncias não são, também, barreiras hoje.
O dom de cura à época de Jesus era não só necessário, mas vital. A promiscuidade de vida (falta de higiene, de rede de esgotos e de água potável) facilitava a doença. Não havia hospitais, médicos, remédios suficientes, nem recursos para tal. Operações eram feitas sem anestesia. Pessoas ficavam doentes 10, 20, 40 anos e morreriam fatalmente, não fosse o dom de cura (João 5: 4-5; Mat. 9: 20). Hoje, tudo mudou. A ciência médica evoluiu a tal ponto que até fígado se transplanta com sucesso. Além do que, prolongou-se, comprovadamente, a vida humana, graças ao avanço médico.
Que dizer da Rede Hospitalar? Equipamentos computadorizados e a raio-laser a serviço da medicina. Processos avançadíssimos para exames de saúde. Liga-se alguns fios a um corpo e, na TV aparece seu coração batendo com tanta nitidez que, a primeira reação é louvar a Deus por ter o homem chegado a tal ponto da tecnologia médica. Trocar um coração doente por outro bom, hoje, é tarefa sem mistérios.
Médicos bem preparados e capazes, remédios eficazes para qualquer tratamento de saúde. Sim, as condições hoje são opostas àquela; além disso, um hospital evangélico pode realizar grande trabalho para Deus, porque, além de promover a saúde do paciente, pode orientá-lo a evitar as doenças, através de uma vida regrada e salutar, orientada por princípios salutares, descritos na Bíblia.
Bem, dirá você, e o poder de Deus? – É o mesmo, irmão! Porém Deus age quando “tiramos a pedra” (João 11: 39), salvo em casos especiais que Lhe aprouver. Inquestionavelmente, a nossa parte temos que fazer, porque Deus só fará o que não podemos. Nossa impossibilidade torna-se a possibilidade dEle. (Fui a uma igreja carismática no centro de Niterói, e, ao meu lado assentou-se uma senhora com uma ferida enorme, cheia de pus, na perna. Dava dó! O pastor iria orar pela perna dela. Mas, a única coisa que ela precisava imediatamente, era ser levada ao hospital).
IMAGINE: Uma reunião de cura. O pregador quer “curar” a todos. Todavia, o certo seria, primeiro, certificar-se de que muitas enfermidades provém da aberta transgressão da Lei da Saúde (João 5: 7-14). As pessoas têm que ser ensinadas a não transgredi-la para gozar boa saúde. Se uma pessoa sai curada desta reunião e volta a ter hábitos incorretos de saúde, arruina-la-á com certeza, e novamente Deus terá que curá-la? Deus não efetuará um milagre para curar alguém que não cuida de sua saúde, não acha?
A saúde não é produto do acaso, nem surge por um “passe de mágica”, e sim, manifesta-se pelo respeito às leis da vida. Deus quer que Seus filhos tenham boa saúde... por isso, criou leis preservativas da saúde, que, ao serem violadas, trazem enfermidades. O apóstolo Paulo é claro:
Gálatas 6:7
“Aquilo que o homem semear, isto também ceifará.”
Esta é a lei da causa e efeito e o homem lhe está subordinado. Os dirigentes pois, tem a obrigação de instruir os membros da igreja a cultivarem uma completa Reforma de Saúde, que, sobretudo, é uma orientação divina.
Creio absolutamente no poder de Deus. Em nosso culto do poder aos Sábados e domingos às 6:00 h da manhã, na amada Igreja do Barreto, temos tido evidências do poder curativo de Deus. Entre outros, cito o caso do menino Rodrigo, neto da irmã Maria Madalena que, desenganado pela medicina, recuperou a saúde plenamente, deixando médicos e enfermeiros estupefatos, e a todos nós alegres pela confiança que havíamos depositado em que Deus operaria segundo Seu beneplácito.
A cura, como milagre, ocorre em momento crítico, específico e circunstancial. Não pode ser um comércio vaidoso, nem modismo, ou pressão psicológica. Deve traduzir o profundo amor e misericórdia pelo sofredor. Isto ocorreu-me:
O Nelson morava em nossa casa (Rua Expedicionário, 28 – Barreira do Vasco/RJ). Certa vez caiu de uma escada e ficou com órgãos internos lesionados, que lhe causavam terríveis dores.
Procurou diversos médicos, hospitais e clínicas na esperança de ficar curado, porém, sem resultado. Era penoso vê-lo passar noites em claro, chorando de dor.
Um dia, movido de enorme compaixão daquele jovem, fui para a nossa sala e clamei em voz alta: Quem crê no poder de Deus venha cá. Vamos orar pelo Nelson agora.
Minha mãe, Galiana Gonzalez, meus irmãos Afonso e Sérgio Gonzalez, e o Jorge Laureano (outro jovem que morava conosco), se aproximaram.
Fomos então até o quarto do Nelson que se contorcia em dores. Ajoelhamos e orei por ele, reclamando a bênção de Deus. Instantaneamente a dor desapareceu. Está curado até hoje, mais de 30 anos. Glória a Deus! Aleluia!
A cura milagrosa também ocorre como resposta às orações fervorosas, eficazes, amorosas, misericordiosas. Veja só:
Recebo milhares de cartas e telefonemas maravilhosos do Brasil inteiro. Um dia telefonou-me o irmão Militino. Não o conhecia. Disse ele que desejava doar um livro ASSIM DIZ O SENHOR a cada padre, bispo e freira de Pernambuco. Comprou-me centenas de exemplares. Ia pessoalmente à casa destas pessoas, carregando nas costas pesada bolsa de livros. Como era muito peso, por se tratar de um homem idoso, convencionamos que eu enviaria o livro direto de nossa Editora via Reembolso Postal pago, até a residência de cada um.
O irmão Militino foi até a Sede Episcopal da Igreja Católica, conseguiu um manual contendo todos os endereços que precisava. Confeccionou um folheto, onde, com palavras amorosas e decisivas, convidava a pessoa a descobrir e amar a Verdade.
Daqui de nossa Editora ADOS saíram centenas de exemplares do Assim Diz O Senhor e Verdade Presente, contendo dentro deles o panfleto do irmão Militino. Além de Pernambuco, outros estados do Norte e Nordeste foram alcançados com este lindo trabalho, deste santo missionário.
Para minha alegria e gratificante surpresa, um dia o irmão Militino telefona-me marcando um encontro na Igreja Adventista de Botafogo/RJ, pois passaria uma temporada com seus parentes no Rio de Janeiro. Fui correndo conhecê-lo. Oitenta anos. Lúcido, objetivo, desenvolto. Visitou algumas vezes nossa Editora, vindo de Copacabana. E ele disse-me: “Irmão Lourenço, eu ando devagarzinho porque possuo um câncer de próstata.” Pediu-me que todos orássemos por ele.
Este amado irmão, transferiu-se para uma Clínica Adventista de tratamento natural em São Paulo, onde moraria, cuidando da saúde. Adquiriu-me mais três pacotes de literaturas pois está no seu sangue o ministério da página impressa. Nem a idade, ou o câncer o impossibilitam de andar distribuindo livros a mão cheia.
No dia 2/1/1996, o irmão Militino telefonou desejando-me um ano de vitórias e entre as boas notícias, disse-me: “Irmão Lourenço, o meu câncer desapareceu. Os médicos não compreendem o que aconteceu. Eu quero agradecer as orações de todos vocês que oraram por mim.” Glória a Deus. Aleluia!
Dia 28/4/1996, 22:00h o telefone soou e uma voz possante disse: “Lourenço Gonzalez?” Emocionado respondi: Meu amado Clóvis, por que você sumiu?
Não nos víamos desde quando o programa radiofônico da ARJ – “AVANTE MOCIDADE”, foi retirado do ar, há dez anos. Clóvis disse: “Estou muito triste. Uma dor enorme rasga meu coração. Meu filho Rubinho, um rapaz de 28 anos, a esperança que continuasse minha carreira com sua voz metálica... O médico abraçou-me na sexta-feira e disse: ‘Sr. Clóvis, o que era possível fazer através da medicina, fizemos. Não posso garantir-lhe ver seu filho no meu próximo plantão.’”
Clóvis continuou: “Suportei sexta e ontem, mas agora, estou precisando ouvir um amigo. Creio que você é este amigo. Depois de rebuscar na memória lembrei-me do seu telefone. Venha aqui orar por ele amanhã.” Eu lhe falei: Clóvis, vou orar agora e de madrugada, e amanhã estarei aí.
Dia 29/4/1996 – 15:00h, coloquei azeite num vidrinho, fui ao meu lugar de encontro íntimo com o Céu e apresentei-o a Deus em oração. Cheguei ao hospital às 18:00h. Ao ver o Rubinho compreendi o diagnóstico do médico. O vírus HIV já havia feito sua ruína total no esôfago e estômago.
Naquele momento, invadiu-me profundo sentimento de compaixão por aquele jovem. Falei-lhe palavras motivadoras da fé. Levei-o a crer no milagre. Li parte do Salmo 64 e depois Tiago 5:14-15. Assegurei-lhe com firmeza: Rubinho, estou aqui para reclamar esta promessa. Creia e confie.
Dei o vidrinho de azeite à sua mãe e disse: Irmã Felizarda, quando eu estiver orando, o Espírito Santo vai lhe dizer para ungir seu filho. Então coloque um pouco de azeite sobre a testa dele e afague-a com sua mão. Depois coloque um pouco de azeite sobre o seu estômago e alise-o todo, com carinho. Ajoelhamo-nos com fé e emoção. Após a oração, levantamo-nos e fomos, os três, até o elevador. Fui levar a irmã Felizarda em casa e Clóvis voltou ao quarto do filho.
Ao entrar no quarto, Clóvis viu o Rubinho assentado na cama e os tubos jogados ao chão. Então falou: “Meu filho, o que houve?” “– Não sei, a borracha do nariz que estava ligada ao estômago, pulou...”, respondeu Rubinho.
Rubinho teve alta, e no dia 14/5/1996 eu e minha esposa fomos visitá-lo em casa. Rubinho, com os cabelos penteados, disposto, alegre e feliz, entre tantas coisas bonitas, disse: “Eu estava a seis meses sem mastigar nada. Após a unção, minhas úlceras cicatrizaram-se imediatamente, então desci e fui comer um sanduíche lá no trailer.”
Depois, a irmã Felizarda falou: “Naquela noite que o Clóvis lhe telefonou, eu fui dormir muito triste, porque, o médico disse que estava tudo aberto dentro do Rubinho, sem mais nenhuma esperança de cicatrização. Mas, na noite seguinte à unção, o médico que dissera estar tudo aberto disse: ‘Não compreendo, está tudo fechado.’”
A medula não fabricava mais glóbulos brancos (leucócitos), que são a defesa do organismo. Disse o Rubinho: “Antes da unção os exames davam conta que eu tinha apenas 500 leucócitos. Ninguém pode viver com isso. Por isso me desenganaram. Porém, após a unção, inexplicavelmente, ela subiu para 2500, e, após os exames, continuou subindo.
No dia 25/5/1996, voltamos a visitá-lo e sua mãe disse: “O Rubinho comeu ovos, manteiga, legumes e seu estômago não rejeitou. Ele está curado completamente.”
No dia 29/5/1996, o Rubinho faleceu de parada cardio-respiratória. No sepultamento, falei a uma multidão que, morrer não é problema, porque ricos e pobres, grandes e pequenos, um dia morrerão. Ali estava pois, para celebrar a vida e comprovar que há sempre um propósito no milagre e o tempo para Deus não é o mesmo que o nosso. Deus sempre sabe o que faz!
O rei Ezequias viveu quinze anos após o milagre. Pedro foi salvo da prisão, passando na frente de 16 guardas romanos armados, sem que o vissem, todavia, morreu assassinado numa cruz de cabeça para baixo.
Paulo Rubem teve trinta dias de vida, certinhos. Para quê? Por quê? Não é hora de perguntas e sim de reflexão. De tirar as lições necessárias e estar convictos que trinta dias é tempo suficiente para que a juventude saiba de uma vez por todas que o mundo só oferece dor e sofrimento, que longe de Jesus não existe nenhuma segurança, nenhum prazer e nada de felicidade.
Trinta dias também é tempo suficiente para que os que estão dentro do aprisco revejam sua situação espiritual e os que estão fora voltem correndo. Glória a Deus. Aleluia!
O Rubinho morreu convertido e salvo. Ao voltar do hospital, voltou também para Cristo. Nestes trinta dias, repetidas vezes, demonstrou, de forma clara, sua religação com o Céu, dizendo à irmã Felizarda: “Mamãe, nosso estilo de vida agora é outro.”
Hoje, o dom de curar está personificado na medicina. Porém, nunca descri no grande poder de Deus para curas imediatas, se for de Sua vontade e para Sua glória. Tenho também ouvido de muitos irmãos nossos, verdadeiros milagres.
É nestes parâmetros que temos de agir, e com a máxima prudência, primeiro para que ninguém pense que o poder é seu próprio e não de Deus; e, segundo, Lúcifer contrafaz tudo que promana de Deus, e uma cura pode representar o preço de uma alma que custou o sangue de Jesus. Isto é, o diabo pode curar alguém, e retê-lo para a perdição.
– Duvida?
– Então, explique as “curas” fantásticas operadas pelos Et’s, ocorridas no espiritismo, por exemplo. (Leia o capítulo: PROFECIAS DO DR. FRITZ, pág. 355).
Por isso, o que temos que dar ao povo é a certeza da salvação em Cristo Jesus, ensinando-lhes os princípios de saúde apresentados na Bíblia, doutrinando-os para desenvolverem uma firme fé e confiança no Pai Celestial, e não nos milagres ou nos milagreiros.
É A VONTADE DE DEUS OU DO HOMEM?
Jesus ensinou claramente: “Tua vontade, Senhor, seja feita” (Mat. 6:10). Se observarmos bem, os operadores de milagres e curas modernos não estão exaltando a pessoa de Cristo, conquanto pronunciarem este sagrado Nome constantemente. Fortuitamente se estão promovendo como se Deus fosse uma agência de publicidade. Sim, eles não dizem que as enfermidades são resultantes da transgressão das leis divinas, mas vão dando ordens de cura, e Deus, segundo eles, terá que atendê-los. Com clareza se observa, em muitos centros de curas, que não é a vontade de Deus que há de prevalecer, mas a deles.
“MINHA GRAÇA TE BASTA”
Paulo foi agraciado pelo Céu com uma revelação de Jesus. Viu-O em glória (I Cor. 9:1). Recebeu o poder do Espírito Santo e a incumbência de evangelizar os gentios (Atos 13:46 e 47). Porém, estava com a saúde debilitada. Um espinho na carne (doença nos olhos II Cor. 12:7; Gál. 4:15; 6:11) lhe prejudicava o trabalho. Três vezes orou pedindo cura. Deus respondeu: “A Minha graça te basta” (II Cor. 12:7-9).
Será que não há aqui uma lição prática, objetiva e oportuna para os pregadores de cura? Eis que indiscriminadamente o fazedor de curas quer que Deus cure a todos. O interesse do milagreiro é a cura, mas o desejo de Deus é a salvação do ser humano, porque, na primeira ressurreição, os salvos que morreram doentes ou sãos receberão corpos glorificados, perfeitos e com saúde total.
É um acinte exigir que Deus cure um enfermo de bronquite ou câncer pulmonar causados pelo cigarro sem que ele deixe o hábito de fumar. É uma irreverente pretensão e enorme presunção não instruir o enfermo a confessar seus pecados a Deus e a suplicar-Lhe perdão e poder para abandoná-los.
Tais operadores de cura deveriam saber que, muitas enfermidades são “mensageiras” de Deus. Isto é, tem propósitos misericordiosos e disciplinares. Precisam saber que, muitos que anseiam cura, não a obterão, porque os planos de Deus são insondáveis, razão porque afirmou:
Apocalipse 14:13 – “Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor, sim diz o Espírito Santo, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras o sigam.”
FINALIZANDO:
Disse Paulo: “Sede meus imitadores” (I Cor. 4:16).
Disse Pedro: “Olha para nós” (Atos 3:4).
Suportará esta prova o testemunho pessoal de tais operadores de curas e milagres? Por experiência própria, pela vivência com muitos deles: Não!
O tremendo abuso de milagres e curas hoje, chegando mesmo a uma ignóbil exploração da boa fé de pessoas humildes e sinceras é uma prova eloqüente do cumprimento de um dos sinais do fim (Mat. 24:24).
“Se ouvirdes atento a voz do Senhor teu Deus, e obrares o que é reto diante de Seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos Seus MANDAMENTOS, e guardares todos os Seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque Eu Sou o Senhor que te sara.” – Êxodo 15:26.
TENHO OU NÃO O ESPÍRITO SANTO?
Há uma desconfortável doutrina corrente nos anais evangélicos pentecostalistas de que os crentes que não falam línguas “são templos desertos, apesar de terem dez ou quinze anos de convertidos e de fidelidade ao Senhor, levando-os deste modo a chorarem e lamentarem sua orfandade e abandono.” – Luz Sobre Fenômeno Pentecostal, Elemer Hasse, pág. 24.
São pois, assim, ensinados os crentes a buscarem, com sofreguidão e, tenazmente, o “sinal” do batismo – (línguas). Se as emoções desenfreadas e as algaravias (línguas) que são a confirmação de sua fé não ocorrerem, ficam em dúvidas quanto à sua experiência com Cristo, mostrando assim que não têm certeza da sua salvação; mas, se ocorrem as “línguas”, tudo está resolvido, pensam!
Precioso irmão, se somos filhos de Deus (Rom. 8:16), cristãos legítimos, tenhamos a doce convicção a nos inflamar a alma de que temos o Espírito Santo. Sim, todos os filhos do Pai Celeste estão selados com Ele. Senão, “pensa na sua experiência com Cristo. Lembre-se do tempo em que andavas sem paz, não tendo esperança no mundo. Enquanto isso, silenciosa e pacientemente Alguém tocava em sua consciência – eram aqueles seus momentos de desassossego. Certo dia a insistência foi maior: ‘Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei e ele Comigo’ (Apoc. 3:20). Você abriu. (Bendito aquele dia!). E fez-se luz dentro de você. Você viu quão negra era sua vida. Aquele Ser divino começou uma reforma ampla no templo do seu coração. Expulsou Satanás com suas vontades; varreu, lavou, arrumou, enfeitou e perfumou a habitação agora renovada para morada do Pai, do Filho e do Espírito Santo (I Cor. 3:16; 6:13-20; II Cor. 6:16; Efés. 2:22). Quando tudo estava pronto, o Espírito de Deus saiu, deixando o templo purificado de sua alma a mercê dos demônios? – Não, graças a Deus! Desde então Ele nunca mais lhe deixou. Habitou seu coração, fechou-o por dentro, selando-o assim para o Céu. Quando Satanás voltou e bateu à sua porta, veio uma voz interior: ‘Aqui não há lugar para você. Este coração está fechado para o mundo e selado para o dia da redenção!’” – Luz Sobre Fenômeno Pentecostal, Elemer Hasse, pág. 23 e 24.
Sim, irmão, esta atuação silenciosa, mas, positiva, sem nenhum gesto estranho ou barulhento em seu coração, que anseia uma completa satisfação, é a atuação do Espírito Santo. Ouça o apóstolo Paulo:
II Coríntios 1:22 – “O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nosso coração.”
“Penhor” é uma expressão proveniente do grego arrabón. Arrabón é “um sinal usado nas transações comerciais para garantir o resto do pagamento de uma compra.”
Como fomos definitivamente “comprados no Calvário”, temos a plena, absoluta e total garantia de receber o Espírito Santo, para nos guiar, convencer, orientar, apelar, interceder, ajudar, etc. (João 14:16, 17 e 26; 16:8 e 13). Portanto, a promessa divina é que, o crente tem o Espírito Santo. Essa certeza deve povoar a mente e o coração do cristão (Efés. 4:30; 1:13). O Espírito Santo é promessa segura do Céu para nós. Faz parte de nossa herança eterna. Ele habita em cada pessoa regenerada (Rom. 8:9; I Cor. 3:16; João 14:17; Atos 5:32).
FUNÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
João 16:8 – “Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.”
É através da atuação do Espírito Santo que o homem reconhece seu pecado e o abandona, para tornar-se morada deste santo Ser (I Cor. 3:16).
O ladrão, via de regra, só assalta às escondidas; e, por que age assim? – Porque sabe que o que faz é errado. E, quem o leva a reconhecer isso? – O Espírito Santo! (Convence-o...).
Da mesma maneira, longe da civilização, sem contato com o homem branco, um índio, em sua taba, quando rouba uma flecha de seu companheiro, o faz também às escondidas.
E, por que o índio age assim? – É porque ele sente que não é certo este ato.
E quem leva o índio a sentir ou saber que o que faz é errado? – É o Espírito Santo que atua em todos os corações, e no dele também.
(Já não lhe aconteceu alguma vez ter a impressão de haver cometido alguma falta, vindo sua consciência a doer, produzindo-lhe profundo pesar e tristeza? Isso é a operação diária do Espírito Santo!).
A influência atuante do Espírito Santo se tornará maior ou menor no coração humano, dependendo da maneira como o homem agir. Se não recusar Seus apelos e atuação, progredirá e se tornará “cheio” do Espírito, e um vaso de bênção; recusando, poderá incorrer no pecado imperdoável (Mat. 12:31), e se perderá.
A atuação do Espírito na vida do crente é tão essencial quanto o é o querosene na lamparina e a gasolina no automóvel. A luz brilha e o carro anda pela atuação destes combustíveis. Ambos, no entanto, se tornarão inúteis quando os depósitos estiverem vazios.
Por isso, há suprema necessidade de se encher do Espírito, não só uma vez, mas, diariamente, constantemente, para testemunhar e brilhar para o Senhor Jesus. O crente sem o Espírito Santo nada realiza.
O Espírito Santo nos “convence” do pecado, isto é, faz-nos senti-lo, e então, nossas naturezas (carnal e espiritual) entram em luta; quem prevalecer, reinará. Paulo, referindo-se a esta guerra (Rom. 7:20), dá-nos um vislumbre de que não pode haver vácuo no coração humano mais do que poderia haver na natureza ou no mundo físico. A natureza tende, a depressa preencher o vácuo, para evitar a proliferação dos grandes vendavais, tornados e furacões.
O vento é o ar em movimento, preenchendo todos os espaços. O vácuo leva a mudar o vento de direção. Tão depressa o vento volte a preencher o vácuo, o caos pode ser evitado.
Da mesma sorte, o coração humano deve estar constantemente sendo habitado, possuído pelo Espírito Santo. Sua influência santificadora deve ser uma constante em nosso viver, a fim de se evitar uma catástrofe espiritual.
O vento sopra (João 3:8), não o vemos, mas ouvimos sua “voz” e os resultados de sua atuação no espaço; da mesma forma, a atuação silenciosa do Espírito Santo no coração humano é traduzida pelos frutos na vida do cristão.
Assim, como a mangueira só dá manga, a bananeira, banana, o cristão cheio do Espírito Santo produz os frutos do Espírito (Gál. 5:22) normalmente.
Como essas árvores dão seus frutos porque foram criadas para isso, da mesma forma o cristão repleto do Espírito, produzirá gestos e atitudes que lhe São pertinentes.
É fácil saber se o Espírito Santo habita no coração da pessoa, ou se apenas a convence do pecado. Paulo dá a pista: São os frutos do Espírito (Gál. 5:22) e os frutos da carne (Gál. 5:19-21).
Portanto, uma maneira simples, correta e segura de saber se uma pessoa é batizada com o Espírito Santo, não é se ela fala língua estranha, e sim, os seus frutos (Mat. 7:16).
Ser batizado com o Espírito é viver no gozo dEste Ser. É ser semelhante aos discípulos da incipiente Igreja Cristã (Atos 2:44). É viver em perfeita união, despojado de todo sentimento de supremacia, egoísmo, cólera, ira, ódio, amando-se mutuamente e todos a Deus.
Ser batizado com o Espírito Santo é compadecer-se do pobre, socorrer os órfãos e viúvas nas suas necessidades, ajudar o irmão carente, auxiliar o necessitado. Esta sim, é a maior prova do cristão batizado com o Espírito Santo. Estes são, de fato, os frutos de uma vida santificada, lavada, banhada, batizada com o Espírito Santo, que vive, sobretudo, de conformidade com os mandamentos de Sua santa Lei.
Tal cristão está plenamente apto para ser agraciado pelo Senhor (quando Ele o desejar), de receber a “Chuva Serôdia”, isto é, a plenitude do Espírito Santo, para a conclusão da obra do evangelho no planeta Terra.
OBSERVAÇÃO:
Por que aprouve ao Senhor fazer da pombinha, o símbolo do Espírito Santo? Lucas 3:22. A pomba, como este Ser divino, é meiga, sublime, suave, macia, calma e tranqüila. Por isso, o Espírito de Deus só atua assim:
No silêncio absoluto................................. Hab. 2:20
Sem confusão ........................................... I Cor. 14:33
Com decência e ordem ............................. I Cor. 14:40
Com reverência ........................................ Heb. 12:28
Sem gritaria .............................................. Efés. 4:31
“VOZ MANSA E DELICADA” (I Reis 19:12)
Louvado sejas, Senhor, pelos séculos dos séculos. Aleluia!
MEDITE NISTO
Meu irmão, Deus não abre mão de santidade e nem negocia com princípios. É muito fácil para você e para mim compreender e aceitar que Jesus veio morrer na cruz e nos conceder vitória, salvação, paz e felicidade. Nada nos custa e nada temos a perder – só a ganhar, não é?
Mas, que lhe parece se lhe disser que o Espírito Santo veio para colocar você e eu na cruz? Isto é, o Espírito Santo veio para crucificar-nos. É fácil ou difícil crer e aceitar isso?
É bem melhor pedir o batismo do Espírito Santo sem que haja qualquer necessidade de reforma ou mudança de vida, não é? É melhor receber tudo de graça e sem esforço, não?
Isto é próprio da natureza humana. Gostar de só receber sem dar nada. É mais fácil comer o que é ruim para a saúde do que evitá-lo. Tomar uma coca-cola (que é veneno comprovado) que beber água pura, estando com sede. É mais fácil comer um carré de porco (outro veneno) que substituí-lo por carne vegetal (de soja).
Meu amado, o Espírito Santo precisa nos colocar na cruz, para que Jesus Se assente no trono do nosso coração. Na cruz terão que ser crucificados o egoísmo, ira, cólera, transgressão, intemperança, presunção e a indiferença ao estudo profundo e sistemático das Verdades bíblicas.
Quando você ouvir pregadores – dialogando com os pseudos demônios – incorporados em pessoas dentro de igrejas lotadas, lembre-se do que disse Jesus:
Lucas 4: 41 – “... e Ele (Jesus) repreendendo-os (os demônios), não os deixava falar...”
Marcos 1:33 –“... porém (Jesus) não deixava falar os demônios...”
QUE É BATISMO DO ESPÍRITO?
Como dizem os pentecostais, a prova de quem foi batizado com o Espírito Santo é o falar em línguas. Entretanto, reafirmo que isso não é bíblico, muito menos pode ser estabelecido como regra, haja vista não ter ocorrido com muitos personagens bíblicos (ver pág. 197), além do que, os mais de 50 milhões de mártires mortos pela inquisição para não desonrarem o Salvador, nunca falaram línguas, e dizer que eles não foram batizados com o Espírito Santo é o mesmo que negar o Sol do meio dia, em pleno verão sem chuva.
Por outro lado, como aceitar o fato irrecusável e, às claras, de pessoas de diversas correntes pentecostalistas, de vida cristã duvidosa e até mesmo impura, falar línguas e profetizar a todo instante? A moral cristã, a singeleza de caráter, a pureza de vida não tem tido o peso que Cristo sempre enfatizou; e homens e mulheres em condições malsãs, estão aí falando línguas a todo vapor.
Nesta área da religião, há que abrir os olhos, irmão!
Como a experiência própria fala mais alto, digo-lhe que, em uma investida missionária de casa em casa, eu e minha esposa batemos em uma porta e encontramos um casal, ainda jovem. No decorrer dos estudos, contou-nos serem egressos de determinada Igreja Pentecostal. A moça era atuante lá, até o dia que, com seus próprios olhos, presenciou a impureza moral de seu líder em acintoso adultério. Horrorizada, abandonou a igreja. (Este pastor continuou fazendo curas, profecias, revelações...). Fatos semelhantes ocorrem às dezenas, e milhares são os que deles tomam conhecimento.
Na atualidade, igrejas estão se transformando em um comércio espiritual, bastante lucrativo, cuja base tem-se firmado nas curas e revelações “divinas”, provindas dizem, dos dons espirituais, cujos pastores arvoram-se batizados no Espírito, grandes faladores de línguas e profetizadores. Pouco sabem da Bíblia, pouco dela falam, consideram mesmo desnecessário o estudo bíblico.
Outros milhares de cristãos estão buscando o batismo do Espírito, sem, contudo, estar com a vida em ordem com Deus. E ficam dias, meses e anos pedindo o batismo, quando, na verdade, deveriam pedir ao Espírito Santo para os LEMBRAR de andar em toda a verdade de Deus, pois é isso que Jesus ensinou (João 16:13).
Conheci um no passado que dizia acordar sempre de madrugada para pedir o batismo, no entanto, no porão de sua casa mantinha um chiqueiro de porcos, que, além de incomodar e ofender os vizinhos possibilitando doenças, era uma aberta transgressão à Lei da Saúde Pública.
O Espírito Santo está esperando sim, que nós, os cristãos, se submetam mais plenamente ao Seu poder, porém, são indispensáveis a sabedoria e discernimento espirituais, para que se possa detectar a fraude satânica.
Reafirmo convicto, crentes que não conheçam toda a Verdade do Senhor, são presas fáceis de Satanás sem que o percebam, nestes momentos finais da história do Cristianismo Reformado, no planeta Terra.
ANDAR NO ESPÍRITO
Andar no Espírito é o crente despertar, pelo seu testemunho pessoal, o testemunho dos demais, como por exemplo:
Diria um vizinho?
Aquele é um homem diferente. Uma mulher diferente. Uma família diferente. Não se houve murmúrio, brigas ou lamentações entre eles. Estão sempre contentes e felizes; são sorridentes e animosos. Socorrem a todos os que os procuram, têm sempre uma palavra de conforto e animação nos lábios. São os melhores vizinhos que temos! (Família tal pode morar em uma casa de vidros transparentes. Vive no Espírito).
Diriam colegas de trabalho?
Fulano é diferente mesmo. Não rouba o tempo do patrão. Trabalha com alegria, correção e dignidade. Não revida os desaforos ou provocações dos colegas; seu exemplo é digno de ser imitado. Eu gostaria de ser igual a ele!
Diriam os ímpios?
“Chegou ele, muda a conversa...” Sua presença tão somente faz calar o contador de piadas, o profano que só abre a boca para proferir imoralidades, gírias e blasfêmias!
Andar no Espírito só será possível àquele que, constantemente, está se alimentando do Pão da Vida, as Escrituras Sagradas. Quanto mais se conhece a Bíblia, mais fácil será andar no Espírito. De fato, “aquele que abre as Escrituras Sagradas, e se alimenta do maná celestial, torna-se participante da natureza divina.” – E.G.White, Review And Herald, 28/06/1892.
Os que andam no espírito podem receber a capacitação especial do Espírito Santo para a realização do trabalho de Deus.
CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO
(batismo espiritual)
O Espírito Santo nos guia em toda a verdade, nos anima, consola, conforta, adverte, faz-nos lembrar as palavras de Cristo (João 14:26). É quem convence o ímpio do seu pecado, operando a regeneração de seu coração mau, impulsionando-o na aceitação de Cristo como Salvador, e isto é o que a Bíblia classifica de: “nascidos do Espírito”. João 3:8.
Porém, o Espírito Santo faz mais. Ele capacita o crente com um poder especial para o serviço de Deus; isto é ser “cheio do Espírito” (Atos 4:8). É este o batismo do Espírito Santo. Jesus mandou pedi-lo (Luc. 11:9-13); Paulo também (Efés. 5:18); Ellen G. White, diz:
“Deus quer que tenhais a graciosa dotação espiritual; então trabalhareis com um poder que antes nunca vos sentistes conscientes... Deus deseja refrigerar Seu povo mediante o Dom do Espírito Santo, batizando-os novamente em Seu amor.” – Serviço Cristão, pág. 250.
Portanto, o batismo espiritual é uma realidade e uma bênção gloriosa. É nosso, atual, e urgente. É uma dádiva Celestial que nos diz respeito. Precisamos dele. Sem o batismo do Espírito Santo não realizaremos o trabalho do Senhor a contento.
Porém, o batismo do Espírito Santo, ou, ser “cheio” do Espírito, não é uma experiência isolada, temporária e dramática, ocorrida em determinado momento; mas, sim, uma dotação especial de poder ao crente salvo, que se coloca no altar de Deus como sacrifício vivo (Rom. 12:1); que faz uma entrega sem reservas de sua vida, andando lado a lado com o Senhor e que tem certeza plena da vida escondida em Cristo, fato que gera então profundo gozo e grande autoridade na Palavra, bem como qualifica-o para realizar os milagres que Deus achar necessários.
Andar no Espírito é o primeiro passo para o batismo espiritual, isto é, a capacitação do poder especial. O crente vai andando no Espírito (crescendo na fé), o poder do Espírito vai descendo (capacitando-o), até que ele dirá: “Já estou crucificado com Cristo, e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim...” Gál. 2:20. Eis aí o crente batizado com o Espírito Santo. Aleluia!
Efetivamente, o crente batizado nas águas em nome da Trindade está completo. Ele tem o Espírito Santo, Jesus e Deus no coração, porque os Três são um e não se pode receber um sem os demais. “No Dom de Cristo e do Espírito Santo os Céus esvaziaram-se. Nada mais foi deixado para ser dado.” Atalaia 3/76 – pág. 5.
Portanto, ao sair das águas o crente pode garantir: EU FUI BATIZADO COM O ESPÍRITO SANTO. Deverá pois prosseguir em sua experiência cristã, andando no Espírito em O qual foi batizado.
Entretanto, o crente pode, após o batismo, resistir submeter sua vida ao Espírito Santo (Atos 7:51); podendo desta forma entristecê-Lo (Efé. 4:30); e pior, extinguí-Lo (I Tes. 5:19). Daí podemos afirmar: O crente pode ser batizado no Espírito Santo, mas nunca chegar a ser “cheio” do Espírito Santo.
“Ser continuamente cheio do Espírito é, na verdade, um desafio de cada dia. Nada, a não ser uma contínua vida de oração, contínua disciplina espiritual e constante vigilância, capacitará o cristão de continuar a ser cheio do Espírito Santo.” – Pastor Endruveit, teólogo Adventista.
O crente batizado no Pai, Filho e Espírito Santo tem todas as condições de crescer na Graça e na fé e ter uma vida cristã vitoriosa, sadia, frutífera, poderosa e plena, tornando-se “cheio” do Espírito Santo. Basta só consagração.
Sem errar, digo-lhe: O SER ou ESTAR continuamente “cheio” do Espírito Santo deverá ser uma característica de vida do cristão, e não meramente uma momentânea e passageira emotividade advinda, quiçá, de um desgaste impulsivo de, às vezes, quarenta e cinco minutos orando, em meio a febril gritaria.
Batismo significa imergir. O batismo do Espírito Santo sugere pois que, somos imersos em Cristo, que não é outra coisa, senão a experiência diária no processo da santificação. O esvaziamento voluntário do próprio EU para a entronização do Espírito Santo. Daí, todos percebem quando alguém foi batizado com o Espírito Santo. Por quê?
– Falou línguas? Não! Deu gritos de aleluias? Não! Pulou? Não! Chorou? Não! Ser batizado com o Espírito Santo é perceber que sua vida cristã mudou para melhor. Portanto, amados, ser batizado com o Espírito Santo é a experiência diária de uma vida de amor com Jesus e não uma mera emoção ocorrida uma vez num momento dramático e explosivo, em meio à gritaria de centenas de pessoas reunidas.
O crente batizado com o Espírito Santo percebe, em seu viver, que foram abandonados todos os defeitos de caráter; vencidos o ódio, orgulho, o hábito de falar dos outros, egoísmo, inveja e, toda a maldade e impureza que, imperceptivelmente, estavam escondidas no coração. Tem, tal crente, poder na palavra e louvor nos lábios.
Assim, pois, atua o Espírito Santo: Na regeneração do pecador Ele liberta a alma do poder do pecado; na consagração do crente Ele dota a vida com o poder para o serviço. Em outras palavras: Antes da conversão, o Espírito Santo trabalha de fora para dentro. Depois da conversão, é de dentro para fora.
Resta-me reafirmar-lhe irmão, que o Espírito Santo só precisa encontrar consagração em sua vida para revesti-lo de Sua plenitude. O crente fiel e obediente, que se encontra em avançado estado de santidade, recebe do Senhor o batismo de poder para executar o Seu trabalho. E, assim, vai tornando-se um vaso de benção até o dia que o Senhor puder usá-lo de forma a concluir Sua obra, no derramamento da “Chuva Serôdia”.
BUSCAR O BATISMO DO ESPÍRITO
Amado irmão, você não deve buscar o batismo do Espírito Santo para falar “línguas” ou para confirmá-lo como verdadeiro filho de Deus, ou para ser salvo, ou para sentir a alegria da salvação, ou ainda para ter certeza da salvação, pois que, assim, poderá ser envolvido por uma sutileza de Satanás.
O batismo do Espírito Santo não é uma suplementação de sua fé e sim uma benção espiritual, uma capacitação contínua e progressiva tão somente. (Davi, quando se arrependeu de seu terrível pecado, experimentou o gozo do perdão, da salvação, do amor de Deus, da misericórdia divina, sem contudo falar línguas. Sal. 51:1-12). O gozo da salvação provém do arrependimento sincero e abandono de todos os pecados cometidos. A certeza da salvação está na aceitação do sacrifício expiatório de Cristo. E o dom de falar línguas (línguas das nações) quando necessário, para recebê-lo, basta apenas CRER (Mar. 16:17).
Infelizmente, nota-se, na busca deste poder, como é feito no pentecostalismo atual, como quem o busca apenas uma vez, necessitando-o por uma só vez; basta apenas uma vez, pensa-se. Na verdade, uma pessoa que busca este poder só por uma vez, será tentada a deixar de experimentar aquela íntima e diária comunhão com Cristo que produz uma vida cristã ascensional, plena de gozo, felicidade e poder. Afinal... já não encontrou o que buscava? Eis aí a cilada do diabo para seduzi-lo.
“O recebimento do Espírito Santo uma vez não é o suficiente para a vida. Triste na verdade, é a experiência do homem que ainda se acha testificando que há vinte anos atrás o Espírito veio sobre ele. Ao contrário, nosso testemunho deveria ser que hoje o Espírito Santo NOVAMENTE me batizou.” – Atalaia 3/76 p. 4.
Aprenda irmão “que o que é necessário é o batismo diário, a submissão diária, a vitória sobre o pecado, mediante um diário batismo do Espírito Santo.”
Não busque o batismo do Espírito sem a plena certeza de ter todos os seus pecados confessados e perdoados; sem estar em uniformidade com os reclamos da Onipotência, porque o diabo pode enviar-lhe um poder de contrafação para enganá-lo que o fará orgulhar-se, sentir-se auto-suficiente, melhor que os outros, envaidecer-se, perder-se.
Saiba também que, “uma profunda emoção de algumas horas não é o batismo espiritual: alegrias e transes neuróticos não tem valor em si, como fim dessa bênção gloriosa. O que importa é depois, é a duração dela no dia a dia, e ano a ano da vida de serviços e de consagração. Pouco importa a ‘certidão do dia do meu batismo no Espírito’; importa sim, ‘minha folha de serviços no poder do Espírito Santo!’ O dia é data minha; a obra realizada através de meses e anos são frutos e resultados para a igreja e o mundo. O valor não repousa sobre o que eu senti, mas o que os irmãos e o mundo sentem e vêem na minha vida, nos resultados conseqüentes de meu batismo pentecostal!” – Luz Sobre Fenômeno Pentecostal, Elemer Hasse, pág. 40. Grifos meus.
Sim, querido irmão, se nossa vida está envolvida na vida de Cristo, se a consagração é real em nós, se nos encontramos no ápice da fé e obediência, então é nossa essa dádiva do Céu: a capacitação positiva do Espírito Santo. É-nos oferecida como penhor eterno, não para produzir arroubos de emoção e gozo uma só vez, mas, para diária e constantemente revestidos do poder, vencermos as “astutas ciladas do diabo”, realizarmos o trabalho de Deus com intrepidez e vivermos em supremo deleite espiritual sempre. Aleluia! Glória a Deus!
OBSERVAÇÃO:
A obra do Espírito Santo é Cristocêntrica. Isto é, o Espírito Santo nada faz contrário ao que Cristo ensinou.
Jesus garantiu, com relação ao Espírito Santo:
a) – Seria enviado .......................................... João 16:7
b) – Convenceria o pecador ......................... João 16:8
c) – Testificaria de Cristo ............................ João 15:26
d) – Guiaria em TODA a Verdade .................... João 16:13
e) – Lembraria TUDO que Cristo disse .......... João 14:26
Se uma pessoa está na igreja 10, 15, 20 anos, diz-se batizada com o Espírito Santo e ainda não foi lembrada por Ele de que o Sábado é o Dia do Senhor e que há necessidade de uma Reforma de Saúde, abstendo-se de alimentos imundos, há algo errado!
OBSERVAÇÕES PESSOAIS
Tenho muitos amigos pentecostais. Irmãos sinceros, trabalhadores, fiéis; todavia, sem muito conhecimento bíblico além daquilo que é o comum em suas congregações. Por isso conheço vários casos interessantes a respeito do assunto. Permita-me relatar-lhe dois apenas.
• Contratei um irmão Pentecostal, bom pedreiro, para construir a nossa igreja de Aldeia Velha/RJ. Ele era um conhecido caçador da região. Possuía um gênio irascível. Um dia, estávamos sobre o andaime onde construía-se uma das paredes, quando alguém avisou-lhe que a polícia estava à sua procura. Desceu do andaime “branco” e, de “fininho”, esgueirou-se até sua casa. Viu ainda a polícia florestal e sua viatura contornarem o quarteirão, como contou-me. Ao voltar para continuar o serviço, veio com ares de vitória, deixando claro que continuaria burlando a vigilância da polícia na prática proibida da caça. Levei-o a reconhecer que tal atitude era transgressão da lei do país, sujeita a dura penalidade, o que de nada adiantou.
Meu amado, não conto isso para ferir aquele bom irmão, não! Temos o dever de ilustrar a vida cristã da forma como ela se apresenta, porque sábio é aquele que aprende com a experiência dos outros, não é? O que me dói, neste episódio, é saber que, aquele bom irmão se dizia batizado com o Espírito Santo, e que se orgulhava muito deste batismo.
Bem, o outro Pentecostal, é um cristão sincero dentro de sua concepção cristã. Lê muito sua Bíblia, é bem calmo e equilibrado. Não falta às reuniões de sua igreja, e não participa da “gritaria” que é normal lá. Sempre fica reservado na hora em que a reunião “esquenta”, como ele mesmo diz. Não é caçador, mas é da mesma congregação do outro. Perguntei-lhe, um dia, se era batizado com o Espírito Santo. Ele respondeu-me com estas palavras:
– “Não!” E continuou: “Parece que o Espírito Santo só gosta de batizar os mais barulhentos e os que gritam alto.”
Meus queridos irmãos, é preciso submeter-se a toda vontade divina, pautando nossa vida nos Mandamentos de Deus, que é a única salvaguarda contra as “astutas ciladas do diabo”. Há necessidade de vigilância, pois que, muitos que dizem ter sido batizados com o Espírito Santo não tem, contudo, uma vida santificada. Então, me diga: Que batismo é esse?
Como também é possível o Espírito Santo batizar alguém que está em desacordo com as normas de moral e disciplina, reconhecido pelos próprios membros da congregação?
Que espírito é este que mantêm preferência em batizar os mais barulhentos da igreja? E, por que os crentes mais calmos, honestos, fiéis e mansos não são agraciados com o batismo do espírito? Por que não são batizados os mais reverentes e zelosos da doutrina?
Meu irmão, é preciso atender ao conselho do Mestre: “Vigiai! Vigiai!”
Por favor, deixe-me inserir estes adendos, profundamente pessoais.
• Um cristão que é extremamente zeloso na guarda dos mandamentos de Deus, que no Sábado não permite sequer lavar os talheres usados no almoço. Conta os minutos que antecede o Dia do Senhor, para não transgredi-lo. É fiel ao extremo em sua mordomia, dizimando tudo que ganha e não esquece as ofertas voluntárias. Ama tão profundamente o cargo que tem na igreja, que vai às raias do sacrifício, para com perfeição desempenhá-lo. As almas que ganhou, são por ele incentivadas na fé, através de ferventes orações, constante visitação pessoal, apelos e orientações. Estuda diariamente a lição da Escola Sabatina, a sua Bíblia, e faz o ano bíblico.
Se há alguém que anda sobre os joelhos, com orações eficazes e devotas, numa ligação íntima com o Céu, que conduz às lágrimas, é esse cristão. Não come carnes imundas, nem bebe refrigerantes da linha “coca-cola”. Preocupa-se extraordinariamente com as horas de sono, e é metódico nas demais horas porque aprendeu o que a Bíblia ensina: “vosso corpo é o templo do Espírito Santo” (I Cor. 6: 19). É altamente preocupado com o culto doméstico (matutino e vespertino), ao ponto de nada fazer pela manhã, sem que ele seja realizado pela família. Tem um coração tão aberto às necessidades e sofrimentos humanos que sensibiliza até os materialistas e endurecidos. Crê no poder da oração e dela se alimenta constantemente. Há ocasiões em que se liga em oração com o Pai Celestial, que esquece do tempo. Absorveu de tal modo a injunção bíblica – “em tudo dai graças...” (I Tess. 5: 18) que, até para comer uma fruta e tomar um copo d’água, ora agradecendo. Crê que, na oração eficaz, segundo a vontade de Deus, está a solução de todos os problemas aflitivos, e vive na prática desta fé. Auxilia em ponto de pregação, dá estudos bíblicos a vários alunos, é assíduo na igreja e tem grande preocupação com a salvação de seus irmãos menores (Priscila e Daniel), quando estes, casualmente, negligenciam o estudo da lição da Escola Sabatina. Vive em um lar cristão e é feliz na esperança da volta do Senhor Jesus.
Este cristão de quem falo, conheço-o a dezenove anos e estou, no Senhor, em condições de firmar este testemunho que é verdadeiro, pois é meu filho Samuel.
Não deveria ele, como milhares de cristãos iguais, receber este “batismo” tão propalado no meio pentecostal, e falar as “línguas” ali preconizadas? Cristãos desse quilate, de vida tão íntegra, santa e impoluta, não poderiam jamais deixar de recebê-lo se, de fato, fosse do Céu.
• O Senhor Jesus, nas muitas prodigiosas manifestações divinas em minha vida, já me agraciou com a presença de vários anjos. Um destes me livrou de ser morto por um assaltante que me dissera estar ali (nesta ocasião eu dirigia uma reunião religiosa em um humilde bairro de Niterói), para me matar.
A sós, eu e ele, em um lugar ermo, quando todos já se distanciavam ao término da pregação, ele me disse: “Eu vim te matar. Você é de Deus. Eu sou do diabo. Eu vim te matar. Mas essa águia branca no teu peito não deixa. Você é de Deus. Eu sou do diabo.”
Naquele instante levantei os olhos ao Céu em uma silenciosa prece e, de repente, o irmão Waldir Chaves, diácono da Igreja Adventista do Fonseca, Niterói, RJ (nesta ocasião ele pertencia a esta igreja onde eu pregava – O Brasil Para Cristo), voltava correndo, impelido por Deus, chegou até nós, ofegante, querendo saber o que acontecia, e então, aquele marginal, visivelmente drogado, confessou ter fugido da penitenciária do Fonseca, assaltado nesta mesma noite uma casa, e estava com um revólver dentro do bolso, mas sua mão não conseguiu retirá-lo para matar-me.
• De outra feita, entrei com minha esposa e filha, sem saber, dentro de uma praça de guerra entre traficantes de drogas, na favela Nova Brasília, em Niterói/RJ. Determinei levar o meu pedreiro naquele Sábado para aceitar a Jesus, na amada igreja do Barreto. Como ele não estava onde combinamos, fui procurá-lo, acabando por adentrar, inadvertidamente, um campo de futebol onde estavam mais de 30 jovens armados até os dentes.
Nosso carro, um monza preto com vidros fumê, esporte, era tremendamente suspeito. Abri a porta e saí para perguntar pela pessoa que eu iria levar. Logo percebi a lei do silêncio e retornei. Entrei no carro, fui à frente, fiz a volta e rumei para a saída.
Então, cercaram-nos. Orei ao Senhor que livrasse a mim, minha esposa e nossa filha Priscila. Apontaram-nos suas armas poderosas, enquanto dois traficantes aproximaram-se da porta do carro, um de cada lado. Mas, o Senhor nos livrou. Aleluia! Glória a Deus. Escapamos, por milagre!
Meu irmão, fui assim agraciado pelo Senhor com tão grandes livramentos; no entanto, eu nunca falei língua “estranha” nem nunca recebi este “batismo” aceito no pentecostalismo moderno, ainda que, prego a plenos pulmões, conquistando pecadores para Jesus.
• Uma noite, nos idos de 1970, disse a um jovem crente que recalcitrava em tirar dinheiro de seu patrão, que isso era desonesto e feria o Senhor Jesus. Entre lágrimas apelei que abandonasse aquele mau hábito. Incentivei-o a confiar no poder de Deus. Desafiei-o a crer que Deus pode transformar pedras em dinheiro, pois para Ele nada é impossível.
Na manhã seguinte fui ao centro do Rio de Janeiro a serviço da firma que trabalhava e, em plena Rua do Ouvidor, onde milhares de pessoas transitavam, encontrei no chão, um maço contendo cem notas de mil cruzeiros novinhas em folha. Como ninguém o percebeu, se milhares de pés andavam para lá e para cá, passando por sobre o maço de notas?
Apanhei o dinheiro do chão e rumei para onde trabalhava aquele jovem; o da noite anterior. Contei-lhe o ocorrido e mostrei-lhe aquelas notas super novas; uma fortuna naquela época. Ele reconheceu o milagre! Aleluia!
Vinte anos depois, novamente ajoelhei-me no lugar especial de meu encontro íntimo com Deus, e orei:
Meu Senhor, uma vez me fizeste achar cem mil cruzeiros. Tu não mudaste, Senhor. Ainda És o dono do Universo. Eu preciso de uma guilhotina para poder encher o Brasil de folhetos como Lhe prometi. Pai, por favor, Tu podes repetir aquele milagre. Tu podes fazer-me achar cem milhões. Eu preciso de uma guilhotina, para cortar os folhetos. Ó Senhor, dá-me uma guilhotina, igual àquela da Gráfica da União Este Brasileira dos Adventistas do Sétimo Dia. O nome dela é GUARANI.
Eu fui dormir confiante e esperançoso. Antes que aquela semana terminasse, Deus motivou a um homem, não crente, a presentear-me com cem mil cruzados novos, seis meses antes do ex-Presidente Collor entrar no governo. A guilhotina GUARANI está em funcionamento em nossa Editora junto a outras máquinas, realizando o santo trabalho de Deus: inundar o Brasil de folhetos. Glória a Deus! Aleluia! (Se você deseja saber mais sobre o poder de Deus em minha vida através de milagres, leia meus livros: A PONTE DO RIO TANGUÁ e JOVENS AVANTE).
Amado, falo como reles mortal, e, se atropelo a modéstia, perdoe-me, pois isso é por amor a você. Não vai jactância nestas palavras, mas só amor; por favor, creia:
Se Deus, por diversas vezes, revelou Seu fantástico poder em minha vida, não me dispensaria também este batismo?
Isso me leva a pensar: Se Deus me livra da morte e não me “batiza” com tal espírito. Se Deus me atende em súplicas tão definidas, específicas e objetivas, mas não me dá este dom de “línguas” que é super-comum nas igrejas neo-pente-costalistas, alguma coisa está errada! E concluo com sinceridade e preocupação: outro espírito, sem dúvida, anda “batizando”, e é preciso ter cautela.
Agradeço a Deus, pois diariamente me tem batizado com o Seu Espírito, senão, eu não permaneceria de pé diante dEle. Aleluia! Glória a Deus!
• Minha esposa estava, certa ocasião, pregando o evangelho em uma casa de crentes da Assembléia. Muitos Pentecostais estavam ali reunidos e, à certa altura, ela ficou tão comovida com o tema que apresentava, que chegou às lágrimas, com muita emoção. Houve um silêncio profundo. E depois prosseguiu apresentando o grande amor de Deus. Era este o tema de sua mensagem. Ao final da reunião, as irmãs presentes lhe disseram:
– “Irmã Marlene, se a senhora fosse Pentecostal, hoje seria batizada com o ‘Espírito Santo’ e falaria ‘língua estranha.”’
Meu amado, compreendeu? Sim, compreendeu? Minhas entranhas se movem por você; permita-me perguntar outra vez: Compreendeu?
Entendam-me, irmãos, é o zelo que me leva a estes relatos, até mesmo dispensáveis. Mas eu os apresento a você, na ânsia de que os considere em seu coração, pois falei do que VI, SENTI e VIVI. Amém!
REFLEXÃO
– Por que numa igreja que guarda os Dez Mandamentos de Deus, que mantém uma obra de Assistência Social Internacional, reconhecida de Utilidade Pública pelos Governos do mundo inteiro, que prima por um regime alimentar natural, comprovadamente como o melhor para a saúde, que tem uma organização tão bem fundamentada para contribuir sistematicamente, através de uma mordomia organizada e fiel de dízimos e ofertas, que pratica o lava-pés e Santa Ceia com pão ázimo, não há este batismo? Sim, este da linha pentecostal?
– Por que numa igreja que não se preocupa com nada disso, inclusive o pastor toma uma bisnaga comprada na padaria, depois levanta diante dos fiéis e diz que, após a oração, será pão santo para a Santa Ceia. Sim, por que numa igreja assim, ocorre a todo instante tal batismo?
– Há algo desencontrado em tudo isso!
Se Paulo admite que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo (I Cor. 3: 16-17), como poderá tal corpo ser alimentado com carnes imundas, proibidas por Deus, e ainda ser habitado pelo Ser Divino?
– Há algo desencontrado em tudo isso!
– Abra os olhos, irmão amado!
Ouça o que me disse uma jovem senhora membro de uma Igreja Pentecostal há cinco anos:
“Eu não consigo este batismo com o Espírito Santo que eles tanto falam. Não consigo fazer aquele barulho todo; aquela gritaria. Eu não tenho visões e fico sempre destacada. Já tem alguns irmãos me criticando porque não consigo falar aquelas línguas, que eu não entendo nada. Eu já percebi que ali não é o meu lugar, mas o meu marido é diácono dali... E ele disse para mim: ‘não adianta que o meu Pentecostes eu não deixo.”’
– Meus queridos irmãos, tiremos as lições!
I Reis 18:17-46
O relato do profeta Elias no Monte Carmelo diante dos profetas de Baal., bem pode ilustrar as ocorrências hoje em nome da religião. Os sacerdotes de Baal, gritavam, clamavam, se retalhavam com faca, saltavam sobre o altar, batiam no altar, davam soco no altar e batiam o pé no chão. Fizeram isso de manhã até ao meio dia e nada.
Elias estava calmo e tranqüilo, nada de gritos, confusão ou bagunça. Orou, e Deus mandou o fogo que consumiu tudo sobre o altar.
Teria alguma aplicação ou semelhança com determinados cultos hoje em dia? Tiremos as lições e avancemos em Nome de Jesus. Aleluia!
COMO DESCOBRIR O VERDADEIRO PROFETA
Jesus, antes de ir para o Céu, prometeu:
Mateus 28:20 – “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.”
– Como estará Jesus conosco? Pelo ministério do Espírito Santo!
A Bíblia afirma que Deus deu, através dos dons espirituais, uns para apóstolos, outros para profetas, outros para doutores (Efé. 4:11), e assim enumera uma série de dons que devem existir na igreja para que haja o aperfeiçoamento dos santos e o evangelho possa ser pregado com poder e discernimento.
A Palavra de Deus, ao mesmo tempo que nos aconselha a busca dos dons, adverte-nos do cuidado que devemos ter, especialmente nos últimos dias, com relação aos falsos dons. O solene conselho bíblico é:
I João 4:1 – “Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes provai os espíritos, se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora.”
Portanto, o crente precisa estar alerta e distinguir os espíritos. Vivemos num tempo em que há muitos “sinais e maravilhas”, por conseguinte, devemos orar e pedir a Deus sabedoria para divisar a Verdade e o erro.
Dependendo da época ou situação, certo dom pode ser mais necessário que outro. Foi o que aconteceu no Pentecostes, em que o dom de línguas foi imperioso, pois os apóstolos deveriam pregar a outros povos cujas línguas desconheciam, e isto era um obstáculo. A própria Bíblia fala que é o Espírito Santo quem distribui dons a cada um, como quer; a saber, como deseja o Agente Celestial, e não como queremos. O Espírito é quem nos usa, segundo Sua vontade, e conforme lhe apraz, para o que for útil.
Era útil, necessário e urgente que os discípulos pudessem falar em outras línguas, para difundir o evangelho. Assim sendo, Deus lhes outorgou o dom de línguas, exatamente no momento certo: No Cenáculo!
Que diremos da atuação dos dons na igreja nos dias em que vivemos? Os dons continuam a existir na igreja. Deus dá o dom a cada um, como quer. Não escolhemos o que queremos ser, mas o Senhor, segundo Sua presciência e vontade, vê em nós e ao nosso redor quais os dons necessários, na ocasião e situação em que nos encontramos, e que devem ser desenvolvidos. No entanto, é notório, na Bíblia, que nos últimos dias um dom estaria em preeminência. E qual é esse dom? Preste atenção em duas passagens do Novo Testamento.
Apocalipse 12:17 – “E o dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao resto de sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.”
Observe irmão, como é clara a descrição do apóstolo João ao dizer que Satanás (o dragão) irou-se contra a mulher (igreja de Deus) e foi fazer guerra ao resto de sua semente (os cristãos que através de todos os tempos, em meio a todas as circunstâncias, permanecem fiéis às doutrinas bíblicas, tais quais foram dadas ao início por Deus).
Esse restante, fiel e obediente, tem duas características singulares: guardam os Mandamentos de Deus e têm o Testemunho de Jesus. Chamo sua atenção para esta expressão: Testemunho de Jesus. Que é isso? A própria Bíblia define:
Apocalipse 19:10 – “E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: olha, não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; porque o Testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia.”
Glória a Deus! Aleluia! Aleluia ao grande Jeová que cuida de Sua igreja e lhe outorga o dom que hoje é o mais necessário, o mais importante: o Dom de Profecia. O próprio apóstolo Paulo reconhece que o maior de todos os dons é o de profecia, e aqui está a prova:
I Coríntios 14:5 – “Eu quero que todos faleis línguas estranhas, mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior que o que fala línguas estranhas...”
Fica claro então que, nos últimos instantes da história terrestre, existiria um remanescente fiel, que guardaria os mandamentos de Deus e receberia o dom de profecia – o maior de todos os dons. E porque Deus assim acha? Tenho por convicção nunca questionar o que o Senhor diz. Sempre acho que, sendo Deus o Criador, ninguém deve duvidar de Sua palavra: se Ele disse que o dom de profecia é o maior de todos, devemos aceitar sem dúvida. Este dom é maior porque “edifica a igreja” (I Cor. 14:4); também conduz a igreja em uma perfeita unidade e por caminho seguro. O sábio Salomão dá-nos esta oportuna palavra: “Não havendo profecia o povo se corrompe...” (Prov. 29:18). Verdade é que o povo de Deus, quando guiado por um profeta, nos tempos do Antigo Testamento, sempre se manteve fiel aos reclamos divinos, mas, tão logo morria o profeta, o povo descambava para o pecado e a idolatria. A função do profeta (que tem o Dom de Profecia) é altamente importante, sobretudo, para conduzir o povo do Senhor seguro e orientado. “... Crede em seus profetas e sereis prosperados” (II Crôn. 20:20).
O Espírito de Profecia (o maior de todos os dons), é Deus falando por meio de um profeta para conduzir o remanescente que guarda os Dez Mandamentos, ajudando-o a passar pela grande crise final, na controvérsia do erro com a verdade, e a suportar a grande angústia, maior que a de Jacó (Dan. 12:1).
Jesus disse que, nos últimos dias iam levantar-se falsos profetas (Mat. 24:24). Então, como saberemos ser verdadeiro um profeta? Como primeiro passo, é fácil concluir onde o verdadeiro profeta surgiria. Afirma a Bíblia, inconfundivelmente, que ele se levantaria de entre o remanescente que guarda os mandamentos de Deus (Apoc. 14:12; 12:17). Em segundo lugar, há um fenômeno físico que ocorre ao profeta verdadeiro, quando arrebatado pelo Senhor para receber as mensagens transmitidas ao povo, conforme o relato de Daniel:
Daniel 10:16, 17 e 19
“E eis que uma como semelhança dos filhos dos homens tocou os meus lábios; então abri a minha boca, e falei, e disse Àquele que estava diante de mim: Senhor meu, por causa da visão sobrevieram-me dores e não me ficou força alguma... e não ficou em mim fôlego. E disse: Não temas, homem mui desejado, paz seja contigo, anima-te, sim, anima-te. E falando Ele comigo, esforcei-me e disse: Fala, meu Senhor, porque me confortaste.”
Dentro deste panorama físico, vai-se-lhe a força natural; em seguida, uma força sobrenatural substitui a força que lhe foi tirada (Dan. 10:7 e 8).
Quando Deus dá ao profeta alguma visão, isso é feito tão solenemente que há um arrebatamento de sentido, e durante a visão ele não percebe o que se passa ao redor, ficando sua respiração paralisada. Tudo, porém, dentro de um clima calmo e reverente.
Números 24:3 e 4
“E alçou a sua parábola, e disse: Fala Balaão, filho de Beor, e fala o homem de olhos abertos: Fala àquele que ouviu os ditos de Deus, o que vê a visão do Todo-Poderoso, caindo em êxtase de olhos abertos.”
Note que este texto informa o que ocorre quando Deus dá uma visão ao profeta. É arrebatado, tendo os olhos abertos, mas alheio a tudo ao seu redor.
Finalmente, o arremate paulino:
II Coríntios 12:2-4
“Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos (se no corpo não sei, se fora do corpo, não sei, Deus o sabe), foi arrebatado até ao terceiro Céu. E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei, Deus o sabe), foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar.”
Paulo fala de si próprio, reconhecendo ter sido arrebatado em visão do Senhor. Assim sendo, para se reconhecer o verdadeiro profeta, há caminhos seguros:
Seus sentidos são-lhe arrebatados, os olhos ficam abertos, permanece em êxtase, e sua respiração é tirada totalmente. O tempo que o profeta permanece nesse estado, é o tempo que Deus tem para lhe transmitir a mensagem.
“Durante esse tempo, o coração e o pulso continuam a bater, os olhos estão sempre abertos, parecendo fitar um objeto distante, e nunca fixos em qualquer pessoa ou coisa... Estão sempre voltados para cima. Têm expressão agradável. Não há olhar espantado ou qualquer aparência de desmaio. Pode aproximar-se de repente a mais brilhante luz, ou fingir que se atira alguma coisa dentro deles, sem que haja nunca o mais leve pestanejar ou mudança de expressão por causa disto... Enquanto está em visão, cessa todo o movimento respiratório. Nenhuma respiração escapa de suas narinas ou lábios.” – Crede em Seus Profetas, Denton E. Rebok, págs. 123/124.
Estas são, portanto, quatro provas de autenticidade do dom de profecia (profeta verdadeiro):
Olhos abertos, ausência de fôlego, falta de força natural e, em seguida, força sobrenatural.
Assim, pois, uma forma simples de saber se o profeta foi arrebatado pelo Senhor, é só colocar um espelho diante de suas narinas, durante o tempo de seu êxtase (arrebatamento). Se acontecer de o vidro ficar embaçado pela sua respiração, há embuste.
Ser profeta não é fazer-se profeta, ou ser capaz de adivinhar o que vai acontecer ao irmão fulano ou sicrano, daqui a alguns dias, ou falar que algum irmão está em pecado, ou preconizar alguma ocorrência (dor – doença – conversão), sem ter tido, para tal, uma revelação específica, provinda diretamente de Deus.
Numa multidão reunida, especialmente para os “problemáticos” como dizem as propagandas, fatalmente terão ali TODAS as doenças que o “profeta” mencionar. Isso sem levar em conta a dolorosa fraude confirmada, dos “auxiliares” cego, mudo, aleijado, contratados pelos “profetas” e milagreiros. Há provas.
Existe hoje uma enorme especulação a respeito, uma “coqueluche” de “profetas” no meio evangélico, que mais parece espírito de adivinhação, que na Palavra de Deus é totalmente condenado. Apregoa ela:
Deuteronômio 18:10-12
“Não achará entre ti... nem adivinhador, nem prognosticador, nem feiticeiro... Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor, e por estas abominações teu Deus os lança fora de diante dEle.”
Ser profeta de Deus é ter visões, sonhos, onde o Senhor, diretamente, ou através de anjos, comunica-lhe Sua vontade e orienta Seu povo. O profeta Joel, em seu livro, capítulo 2:28, dá certeza desse fato.
Em geral, a profecia é dada visando toda a igreja, revelando coisas futuras que vão ocorrer com o povo de Deus e, em alguns casos especiais, é dada diretamente a alguma pessoa, para levá-la ao arrependimento, como foi no caso do profeta Natã com Davi (II Sam. 12).
Assim, irmão, está claro que, o maior dom, o dom mais necessário na atualidade, quando se aproxima o desfecho final do conflito entre Cristo e Satanás, a verdade e o erro, é o Dom de Profecia, porque, ele haverá de conduzir a igreja na senda da Verdade, da pureza e do amor, fazendo-a passar incólume pelo fogo do engano, abrindo os olhos dos filhos de Deus para ver todos os dardos inflamados do malígno, que se apresentam para macular a doutrina do Senhor.
Prezado irmão, creia isso e receba do Senhor Suas bênçãos profusas. Amém!
OBSERVAÇÃO:
Conquanto Ellen G. White nunca tenha se intitulado profetisa, sua obra a revela como tal. Tendo não mais que três anos de escolaridade, escreveu mais de 50 livros, dos quais, compêndios sobre saúde e educação não superados até hoje; reconhecido pela ciência estar, à época em que os escreveu, 50 anos à frente de seu tempo. Viveu ela 88 anos, dos quais, 71 foram dedicados à Obra de Deus. Teve cerca de 2.000 sonhos e visões do Senhor (semelhantes aos relatados no livro de Daniel, como se disse aqui) que consolidaram efetivamente esta gloriosa igreja na Terra.
Leia os livros A Ciência Médica e o Espírito de Profecia; Ellen G. White e a Igreja Adventista do Sétimo Dia; Crede em Seus Profetas; editados pela Casa Publicadora Brasileira, que são uma biografia desta humilde serva do Senhor, feita por cientistas e autoridades ilibadas, e veja se ela é “demente”, “doente da cabeça”, “louca”, “epilética”, “farsante” (e outros adjetivos inconseqüentes), como os desamorosos escritores a “picham”. Confira, irmão!
“Seu livro Educação mereceu os mais honrosos elogios de altas autoridades responsáveis pela sorte do povo. O governo de adiantado país europeu mandou reimprimi-lo a expensas do erário público e distribuí-lo em todas as escolas secundárias.” – Subtilezas do Erro, A.B. Christianini, pág. 31.
“Uma rainha da România pediu que o seu livro A Ciência do Bom Viver fosse traduzido para seu idioma nacional e difundido entre o seu povo.”
Outro livro de Ellen G. White, o Desejado de Todas as Nações, foi considerado por W.E. Bement, bibliotecário do Congresso Nacional dos EUA, como o 1º entre os livros publicados nos últimos 300 anos, a respeito da vida de Jesus.
O livro de Ellen G. White – Caminho a Cristo – já foi publicado em mais de 100 línguas, com uma tiragem superior a 10 milhões de exemplares, e o Conflito dos Séculos (4 milhões já vendidos) tem estremecido os alicerces de Satanás, levando milhares de almas a Cristo. Milhares de uma só vez. Glória a Deus! Aleluia!
COMA CERTO: VIVA MAIS
Paulo Harvey
Você tem duvidado de que vale a pena cuidar da saúde? A maioria dos médicos modernos concorda em que devemos fazer exercício, manter baixo o peso e não fumar.
Número cada vez maior de médicos desaconselham o álcool, alimentos que contêm muito colesterol e pão branco.
Estas recomendações baseiam-se nos mais recentes conhecimentos de medicina, mas também posso mostrar-lhes a mesma prescrição para se ter boa saúde, num livro (“Conselhos Sobre o Regime Alimentar”) que tem cem anos de idade.
Ellen White é a autora desse livro. Até hoje os Adventistas do Sétimo Dia aceitam o seu padrão de julgamento. Visto como ela se demonstrou certa em tantas coisas, talvez convenha examinarmos o que mais ela disse.
Os benefícios dos ensinos de Ellen White podem agora ser aquilatados.
Existem, na Califórnia, 57.000 Adventistas. Recentemente foram “entrevistados os mortos.”
O Estado da Califórnia, o Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos e a Igreja Adventista da União do Pacífico analisaram os atestados de óbito acessíveis de todos os Adventistas falecidos num período de cinco anos.
98,8 por cento de todos esses atestados foram investigados. A julgar por esses registros, os Adventistas do Sétimo Dia têm uma perspectiva de vida de cinco ou seis anos a mais do que os outros californianos.
70 por cento menos de Adventistas morrem de todos os tipos de câncer, 68 por cento menos das moléstias do aparelho respiratório, 88 por cento menos de tuberculose e 85 por cento menos de enfisema pulmonar.
Entre todos os Adventistas, houve apenas nove casos de câncer do pulmão e, como revelaram novas pesquisas, cada um desses tinham sido outrora fumantes.
Os Adventistas têm 46 por cento menos caso de paralisia, 60 por cento menos doenças cardíacas.
Cerca de 50 por cento dos Adventistas são vegetarianos. Os Drs. Richard Walden e Raymond West, da Universidade de Loma Linda, publicaram um estudo contendo certos dados relativos a comedores de carne e vegetarianos.
Um dos subprodutos da abstinência dos Adventistas quanto ao álcool talvez seja a averiguação de que eles sofrem apenas um terço (35 por cento) de acidentes, em relação aos outros.
Tem servido para fortalecer a fé dos fiéis o fato de que as mais avançadas descobertas científicas apóiam o que foi escrito e ensinado por esta maravilhosa e pequena senhora, Ellen G. White, mais de cem anos atrás.
Se as descobertas científicas futuras continuarem a apoiar as suas, vejamos o que hão de prescrever os médicos de amanhã.
Ellen White advertiu contra o comer em excesso, assim como contra regimes drásticos (“Não defendo extremos”).
Pão de trigo integral, não branco. Poucos doces (o açúcar não faz bem ao estômago).
Ela recomenda cereais, legumes, frutas – especialmente maçãs (“a maçã é superior a todas as demais frutas”).
Ela não recomenda carne, nem café e chá.
E, que pena! “Nada de bolinhos quentes.”
Se algumas de suas recomendações parecem extremadas, imaginem como devem elas ter parecido em 1863! Entretanto, a ciência moderna continua a dizer, cada vez mais: “Ela tinha razão!” – Paul Harvey News, Março 1969.
ATENÇÃO: Não deixe de ler o cap.
ELLEN G. WHITE – A MENSAGEIRA DE DEUS.
O FALSO PROFETA
O último dos profetas do Antigo Testamento foi Malaquias. Dada a dureza de coração, frouxidão espiritual, descaso pelas leis divinas, abandono do zelo do Senhor, e acintosa rebelião do povo judeu, houve, por parte do Senhor, a partir daí, um silêncio de aproximadamente 400 anos, até a chegada do grande profeta Jesus. Este é o período chamado intertestamentário.
Após a ascensão do Senhor Jesus, houve profetas esporádicos (Atos 19:6; 21:9 e 10; I Cor. 14:29,32), que, não exercendo o ministério profético (semelhante ao Antigo Testamento) em função da Igreja Cristã, esta desencaminhou-se e, no 3º século, apostatou completamente (embora sempre tivesse permanecido um remanescente fiel). No século XVI, surgiu a providencial Reforma, e no XIX, a restituição do dom profético à igreja de Deus (Apoc. 12:17; 19:10).
Entretanto, como Satanás está sempre atento, e querendo confundir sempre as coisas divinas, tratou logo de criar meios e maneiras de misturar o erro com a Verdade, o falso com o verdadeiro, e assim sua atuação através de “dom profético” é vista hoje em dia em centros espíritas, terreiros de macumba, candomblé e, até mesmo em igrejas ditas evangélicas, (com profundo pesar o digo).
Se você me perguntar o que são as “profecias” ocorridas hoje nas igrejas pentecostalistas renovadas, com sinceridade daria a resposta em forma de silogismo, para você raciocinar friamente. Porém, evoco, inicialmente, dois fatos irrecusáveis. Tais “profetas” são profundamente sinceros e, estão, sem o perceberem, enganados por um poder contrafacioso, ou são sagazes embusteiros (fico com o primeiro fato).
Daí, creio, há que haver um padrão identificador, seguro e fiel, para que o crente caminhe firme e não se torne presa de Satanás. Eis o silogismo:
IGREJA “A”
Nesta igreja, o “pastor” pega uma bisnaga, levanta-a sobre a cabeça, diz ser um pão comum, porém, depois de sua oração será transformado em pão santo. “Rasga-a” em pedaços e a distribui aos fiéis, e diz ser isto “santa ceia”.
Esse “pastor”, antes de orar pelos problemáticos, cobra a quantia de 10,00; 50,00 e até 100,00 reais ou mais. Igreja onde é notória a falta de idoneidade moral nos dirigentes, reconhecida pelos próprios adeptos; onde o “pastor” não dá um testemunho imaculado, há nódoas em seu caráter, e, no entanto, tem ele “revelação divina”, “profetiza” e, “fala língua estranha” em toda a reunião.
IGREJA “B”
Nesta igreja, ainda que da mesma linha pentecostalista, não prolifera esta falta de idoneidade nos dirigentes, mas sobeja a “profecia”, “revelações divinas” e “línguas”, idênticas às da igreja “A”.
ENTÃO PERGUNTO:
• O espírito que atua nestes fenômenos é o mesmo?
• Se o espírito não for o mesmo, uma coisa fica provada: há um espírito paralelo ao da igreja “B”.
• O que fazer então para identificar tal espírito?
Meu irmão, a pessoa precisa ser ensinada em toda a Verdade, guiada pelo Espírito de Deus (João 16:13), pois, provado está que a mente retém tudo que lhe é ensinado. Assim que, ao ensinar-se o erro a uma pessoa, e esta, não tendo opção de comparar e estudar, passa a crer nele com a maior sinceridade, e este erro transforma-se em verdade para ela; no entanto, é apostasia para Deus.
Diga a um católico convicto, que há 50 anos adora ídolos, que isto é abominação, idolatria condenada por Deus (Êxo. 20:4). Ele aprendeu errado e crê seja verdade.
Diga a um membro da Sociedade Torre de Vigia que a recusa da vida através de uma transfusão de sangue é quebra do 6º mandamento (Êxo. 20:13). Ele aprendeu errado e crê seja verdade. É vital, irmão, crer em toda Verdade. É a única salvaguarda contra as “astutas ciladas de Satanás” (Efés. 6:11). Observe o perigo:
Mateus 7:22 e 23
“Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? E em Teu nome não expulsamos demônios? E em Teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci, apartai-vos de Mim, vós os que praticais a iniqüidade.”
Caro irmão, se o Senhor Jesus disse palavras tão claras e objetivas, esclarecendo o surgimento de tal estado de coisas, que hoje são largamente comprovadas, é preciso dar um sinal de alarme. Este é o tempo em que se cumpre esta palavra. Homens e mulheres, em nome da religião, da Bíblia e de Jesus, operam milagres e prodígios que nada têm com o Espírito de Deus. É o que diz Jesus:
Mateus 24:24
“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os próprios escolhidos.”
A verdade e o erro estão se mesclando de tal modo que, a distinção ou a linha divisória entre ambas está se desvanecendo, e muitas sinceras e boas pessoas estão sendo desviadas da cristalina Verdade do Céu. Mas não é difícil descobrir onde está a Verdade e onde medra o erro.
Quando Jesus fez esta advertência, Ele não o fez meramente; quis o Senhor abrir nossos olhos, alertar nossa visão espiritual de que Satanás, como príncipe deste mundo (João 12:31; 14:30), astucioso e sagaz como é (Efés. 2:2; II Tes. 2:9; II Cor. 11:13-15; Apoc. 13:13), tentaria, de todas as maneiras, iludir o crente sincero, fazendo-o crer em um poder que é seu próprio, como se fosse de Cristo. Foi Satanás com seu poder quem contrafez com uma cena hipnótica os sinais de Deus no Egito (Êxo. 7:22; 8:7). Este sagaz arquiinimigo de Deus e dos cristãos tentou ludibriar o próprio apóstolo Paulo. Observe:
Atos 16:16-18
“E aconteceu que, indo nós a oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação (maligno) a qual, adivinhando, dava grande lucro a seus senhores. Esta, seguindo Paulo e a nós, clamava dizendo: estes homens que nos anunciam o caminho da salvação são servos do Deus Altíssimo. E isto ela fez por muitos dias. Mas, Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu.”
Por este fiel e esclarecedor texto estamos em condições de advertir aos sinceros e fiéis que:
• Satanás profetiza; (profetizou que eram “servos do Deus Altíssimo”).
• Satanás testemunha do Altíssimo; (apresenta o “caminho” da salvação).
(Sendo pouquinho realista, não seria este o “espírito” da pseudo-igreja “A”?)
E, no entanto, Paulo reconheceu a contrafação deste ser e o expulsou da jovem. Veja que o que ela profetizava era certo, realmente tratava-se de servos do Deus Altíssimo. Isso indica que, este mesmo espírito que atuou na jovem para revelar a condição de Paulo e seus companheiros, pode muito bem estar hoje fazendo as mesmas “revelações” e “batizando” as pessoas incautas, sinceras e inocentes, e, no entanto, não é da parte de Deus e, semelhante ao que fez Paulo, terá que ser expulso em nome de Jesus Cristo.
Note o irmão como é fundamental andar em toda a Verdade de Deus, a fim de podermos divisar as “astutas ciladas de Satanás”, em toda a sua contrafação. (I Reis 22:22 e 23; 18:29; I Sam. 18:10).
Diante disso, amado irmão, tem que haver um padrão para distinguir, identificar a procedência da “profecia”, que é o seguro trilho do cristão fiel. Ei-la:
Isaías 8:20 – “A Lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.”
Inconfundivelmente, a obediência irrestrita a toda a vontade de Deus (Êxo. 20), e testemunho pessoal (Mat. 7:16), são a segura guia divina para divisar o falso do verdadeiro. Antes de finalizarmos, abro um parêntesis.
Creio na sinceridade de coração do crente quando ele age com desconhecimento da Lei de Deus (“Deus não leva em consideração os tempos de ignorância” – desconhecimento de Sua Verdade e vontade – Atos 17:30; I Tim. 1:13), ao qual pode muito bem o Senhor conceder alguma revelação, que servirá para o seu crescimento na fé e a busca de toda a Sua Verdade. Por que não?
Os transgressores, porém, confessos, fatalmente serão enlaçados pelo “espírito” da pseudo-igreja “A”.
Ainda que neste estado da suposta igreja “A” alguém, na sua sinceridade, assegure que lhe ocorreu o Senhor falar através de “profecia”, e deu-se assim como falou o Senhor, consideremos: Foi coincidência, pressentimento ou real? Se foi real, há, de fato, dois “espíritos” atuando juntos, o do alto e o de baixo? Dois poderes, o de Deus e o de Satanás? Irmão, ponha tudo na balança e examine onde fica o pêndulo, e tome sua decisão. Seja corajoso. Que Deus o abençoe.
Nenhuma oração sincera se perde, não importa de onde ela seja proferida nem em que circunstâncias. Os que buscam a Deus com sinceridade de propósito, O encontram (Jer. 29:13; Prov. 8:17). Pode o Senhor atender o anseio de um crente neste lugar, mas isto não quer dizer que Deus aprova o todo.
Jesus, certa vez, compadeceu-se ao ver o Seu povo como “ovelhas sem pastor” (Mar. 6:34). No entanto, eram eles guiados e orientados por sacerdotes e sumos sacerdotes. Estes eram os líderes, o templo era a igreja, as Escrituras do Antigo Testamento a Bíblia, só que o Espírito não era de Cristo. Deus fala e atua no coração de Seus sinceros e escolhidos em todos os lugares, chamando-os para congregá-los “sob Suas asas”, em Sua imaculada igreja.
NOTAS
Irmão, minha sinceridade excedeu neste capítulo, porque a irmã Edir, de quem falamos na página 586, sendo anteriormente espírita, macumbeira, trabalhando com a mais profunda bruxaria, desejosa de abandonar tais práticas, procurou várias igrejas pentecostais e as da linha renovada, na busca da Verdade e, segundo seu próprio depoimento, ficava estarrecida ao presenciar ali as mesmas ocorrências do seu “terreiro”. Segundo ela, o aspecto era o mesmo em tudo. Hoje, porém, salva, feliz e contente, aguarda a breve volta do Senhor.
MOISÉS MUNIZ DE OLIVEIRA. Querido irmão e particular amigo. É um atuante e fiel Adventista do Sétimo Dia. Freqüenta a igreja da cidade de Luziânia, em Goiás, onde mantém um programa radiofônico semanalmente. Ele foi membro da Assembléia por 17 anos, fazendo inclusive, parte do corpo de evangelista (Rev. Adv. 2/77). A meu pedido, no dia 27/11/1985, enviou-me oportuno e importante documentário do qual, com sua permissão e autorização, extraí estes testemunhos:
“Eu vos digo que convivi 17 anos como membro de certa agremiação pentecostal e lá assisti toda sorte de iniqüidade, quem duvidar peça emprestado a ata de reunião de obreiros; entretanto, a cegueira é tão grande que eles acham que Deus pactua com o erro, mantendo esses pseudos dons que advogam para si, presentes entre eles. O que há de real em toda essa crença errônea dos chamados pentecostais é que, o apóstolo S.Tiago, pelas luzes da inspiração divina, desempata toda a dúvida, em sua epístola acerca de dons perfeitos e imperfeitos, dando a entender que, se um dom não funcionar perfeitamente é imperfeito, e por isso não vem do alto, não vem de Deus, o Pai das luzes (S. Tiago 1:17).
“Em 1967, ainda jovem, participei da 8ª Conferência Mundial Pentecostal no estádio do Maracanã e Maracanãzinho, RJ. Casa cheia, gente de quase toda parte do mundo. Um grupo de jovens estava reunido à parte e resolveram ‘orar ao Senhor em busca de poder’. Participei, alguns jovens estrangeiros estavam presentes, ‘o poder caiu’, vieram as línguas, falei línguas, os estrangeiros falaram, entretanto, ninguém entendeu ninguém, houve algo errado; naquele tempo eu não sabia, não se repetiu a cena de Atos 2, na qual S.Pedro e os apóstolos foram entendidos no que diziam aos estrangeiros.
“Em 1964, participei de reuniões espirituais na Av. W.5, em Brasília no templo da Assembléia, o pregador daquelas reuniões era um ‘missionário’ que viera de São Paulo com o fito de promover um ‘reavivamento espiritual’. Acompanhei os feitos deste homem. Vi curas. Certa noite um homem deixou as muletas e, atendendo o chamado do ‘missionário’, correu em direção ao púlpito da igreja. O ‘missionário’ Wilson fazia o povo crer que tudo provinha do poder de Deus. Este missionário colocava as mãos sobre a cabeça dos fiéis e estes, recebiam o chamado dom de línguas. Semanas depois, os pastores NARBAL SOARES e MANOEL VARELA, constataram e o próprio pastor MANOEL VARELA me confidenciou que surpreendera o missionário em atitudes suspeitas, isto é, o homem era efeminado (I Cor. 6:9). No Egito, tanto Moisés como os magos, operaram prodígios e só podemos distinguí-los entre obra de Deus e obra satânica, porque sabemos que os magos eram feiticeiros. Portanto, Deus jamais os usaria.
“Em 1978, juntamente com o irmão Domingos Rodrigues, atual dirigente da Igreja Adventista do Sétimo Dia do setor oeste do Gama – DF, visitei uma senhora na quadra 7 da SHIS Central do Gama e ouvi dessa senhora o seguinte testemunho: Durante anos ela freqüentava centros espíritas, era médium e recebia como guia um ‘cacique’. Depois de muito sofrimento, ela procurou se afastar do centro e fugir daquele índio. Viajou para Recife – Pernambuco. Certa noite, procurou a Igreja Pentecostal Assembléia de Deus liderada pelo falecido pastor JOSÉ AMARO. A reunião era de orações. Como visitante, pela primeira vez, no momento da oração também se ajoelhou. Durante a oração recebera uma sensação estranha, convulsionava. Ao terminar o culto, o pastor veio saudá-la, perguntando se estava feliz por receber aquela bênção. Ela perguntou: – “Que bênção, pastor?” Ele respondeu: – A senhora foi selada com o Espírito Santo. – “Não pastor”, retrucou ela. – “Aquilo é o caboclo que me persegue que baixou em mim. Eu estava procurando um meio de me afastar dele, mas vejo que ele anda por aqui e, vocês o chamam de ‘espírito santo’, pois nunca mais voltarei aqui”, e – foi-se embora.
“A irmã Luzia de Oliveira, foi pentecostal durante 22 anos. Ela contou-nos de um rapaz que era possuído de espíritos imundos. Durante as orações feitas em favor do doente, este começava a falar em línguas estranhas ao mesmo tempo em que estava endemoninhado.
“É interessante notar que, durante os 17 anos que estive no movimento pentecostal, sempre observei, embora sem explicação, que todo médium espírita que ingressava na Assembléia era imediatamente contemplado com aquele ‘dom’. Amigos, continuem observando. A coisa não mudou!
“Conheci uma ‘profetisa’ da Assembléia por nome Odraci. Esta mulher era muito idolatrada pelas outras irmãs, inclusive por minha esposa que também era profetisa. Certa vez, ela testemunhava publicamente algumas visões que tivera, e, em uma delas, fora ‘arrebatada’ até os Céus. Lá viu ‘almas’ de pessoas conhecidas que já ‘dormiam’ no Senhor. Passeou pelas ruas da Nova Jerusalém, depois disse ela que um anjo a conduziu até onde estava Davi, e este lhe deu a Santa Ceia; a seguir, foi trazida de volta à Terra. Bem, a Nova Jerusalém sabemos que existe, é fato bíblico. Sabemos que há ruas e anjos na Cidade Santa, entretanto, a Santa Ceia que ela afirma ter participado da mão de Davi nos Céus, é um fato falso, porque Davi não subiu aos Céus (Atos 2:29, 34). Sabemos que a tática de misturar a verdade com o erro tem origens em Lúcifer (João 8:44). Ele não somente é mentiroso, mas, não se firma na verdade. Aí está a verdade sobre a procedência das visões. Jer. 23:25 e 26.”
A HORA É DE VIGILÂNCIA
No dia 10/11/1985, domingo, sintonizei a Rádio Copacabana, RJ, às 12:30h, o programa era “Jesus o Salvador”. Em dado momento, o pregador, bispo Arlindo, da Igreja Evangélica Monte Sinai, disse: “Num dias destes, chegou lá em nossa Igreja de Monte Sinai, três profetisas de uma igreja aí que não quero citar o nome. Orei por elas, elas se manifestaram e caíram. Então eu perguntei: Qual é o teu nome? Eu sou Satanás respondeu. Eu disse: O que você está fazendo nas igrejas? Ele respondeu: eu toco piano e toco guitarra. Então eu o expulsei e o mandei para o seu lugar no inferno e, aquelas irmãs, chorando, se abraçaram a mim.”
OBSERVAÇÃO: Três profetisas... endemoninhadas!! – Percebeu?
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Jesus disse: “O Senhor te repreenda Satanás” – Zac. 3: 2. Mat. 16: 23. Judas 9.
• Os pastores estão dizendo: “Eu expulsei. Eu expulso. Eu repreendo.”
Jesus disse: “O Senhor te abençoe e te guarde...” Num. 6: 24.
• Os missionários estão dizendo: “Eu te abençôo. Eu vou te abençoar.”
Jesus disse: “Tudo o que pedirdes...em Meu Nome”. João 14: 13.
• Os pastores estão dizendo: “Eu ordeno: sai demônio, sai enfermidade.”
Outros pastores e bispos estão induzindo o povo a trazer em suas igrejas: rosa vermelha, sal grosso, copo, lenço, etc... E o povo é ensinado a centralizar sua fé em tais objetos, quando esta deveria ser canalizada ao grande Deus.
O diabo é mesmo sagaz. Pretendeu destruir a Jesus quando nasceu (Mat. 2: 13-15). Na inquisição, fez tudo para apagar a imagem de Cristo destruindo os cristãos. No Natal, tenta transferir a atenção do povo do presépio para o papai Noel, e, na atualidade, está desviando a atenção de Cristo para os transgressores da Lei de Deus, produzindo milagres mentirosos de manhã, tarde e noite, achatando cada vez mais a fé de pessoas sofridas. Arranca-lhes todo o dinheiro com promessas ilusórias e anti-bíblicas.
Que capacidade de persuasão têm; como humilham, ferem e tripudiam com as palavras. As pessoas passam a ser joguetes sob o fragor das palavras de ordem. São expostas ao ridículo numa demonstração de profundo desamor do “pastor” dirigente, ao obrigar a pessoa a vomitar um demônio; a revelar um segredo familiar para identificar o demônio causador da desgraça na família. A pobre criatura fica oprimida e temerosa porque tudo resume e se restringe a demônios que, se não acometeu-lhe, vai lhe atacar se recusar fazer o que diz o “pastor”. Eu vi isso. Eu ouvi isso. Eu demonstrei minha repulsa por isso, a quem fazia isso.
“Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na Terra. Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o Meu povo assim o deseja: e que fareis no fim disto?” Jeremias 5:30-31.
LÍNGUAS ESTRANHAS?
Jesus garantiu aos Seus discípulos a capacidade de falar outros idiomas como um dom do Céu. Observe:
Marcos 16:17
“... em Meu Nome expulsarão os demônios; falarão OUTRAS LÍNGUAS.”
Esta promessa foi feita exatamente após a grande Comissão Evangélica – IDE (Mar. 16: 15). Portanto, Deus capacitaria os Seus discípulos para pregarem o evangelho a todas as nações, tribos e línguas, com este dom. É inegável que se trata da capacidade de falar outros idiomas sem o conhecer ou havê-lo estudado na escola. E nunca barulhos labiais indefinidos ou estáticos.
A LÍNGUA DO PENTECOSTES
O Pentecostes foi a comprovação irrefragável, cristalina, de que este dom é realmente a capacitação divina para cumprir a ordem de pregação do evangelho.
No Cenáculo, aguardando a promessa de Cristo (Luc. 24:49), estavam quase 120 irmãos reunidos (Atos 1:15) com um mesmo pensamento, um só propósito, ligados por um puro e genuíno amor fraternal (Atos 2: 44-47), uns com os outros e todos ao Senhor. A pureza de Cristo emanava destes discípulos e era vista e sentida pelo povo.
Havia uma ordem para pregar o evangelho a todo o mundo e uma ocasião oportuníssima para tal – a reunião em Jerusalém – de representantes de todas as nações da Terra para assistirem a festa de Pentecostes que, na oportunidade, se processava. O ambiente era altamente favorável, e então cumpriu-se a promessa. Veio o Espírito Santo, capacitando-os com o Dom de Línguas, e, imediatamente, passaram a pregar o evangelho no idioma dos estrangeiros presentes à festa. Ouça:
Atos 2:4, 6, 11
“...começaram a falar NOUTRAS LÍNGUAS... cada um (os estrangeiros em Jerusalém) os ouvia falar em sua própria língua... cretenses e árabes, todos os temos ouvido em nossa própria língua (idioma).”
A glossolália (dom de línguas) do Pentecostes, foi praticamente uma reprodução do milagre ocorrido em Babel (Gên. 11: 1-9), quando Deus, de uma fala única, produziu muitos idiomas. E daí, as pessoas agruparam-se de acordo com o entendimento de cada língua e povoaram a Terra.
Paulo também reconheceu e, ensinou, que o Dom de Línguas é, realmente, a capacitação de falar novas línguas (outros idiomas) pelo poder de Deus, ao mencionar termos facilmente identificáveis, conforme o capítulo 12 de I Coríntios, a saber:
verso 10 – “... e a outro variedade de línguas”
verso 28 – “... variedade de línguas”
verso 30 – “... falam todos diversas línguas”
Com esta verdade meridiana, também concordam os pentecostais. Ouça:
“É claro que se tratava de um dom, um milagre que se operou, quando os crentes, sem haverem estudado, sem conhecerem idiomas, falaram de forma a serem entendidos na linguagem dos que assistiam ao grande acontecimento... Os crentes falaram claramente na língua dos estrangeiros presentes ‘as grandezas de Deus’ (Atos 2: 7-11), e muitos deles se converteram ao serem admoestados pelo Senhor.” – O Mensageiro da Paz, 1/9/54, pág. 5.
O então diretor responsável pela publicação mundial do periódico das Assembléias de Deus, Donald Gee, também asseverou:
“O sinal se tornava ainda mais impressionante quando a providência divina concedia ao crente falar no próprio idioma do descrente, como no dia do Pentecostes. – Acerca dos Dons Espirituais, pág. 77. Citado por Elemer Hasse, em Luz Sobre o Fenômeno Pentecostal.
Finalmente, o festejado intérprete pentecostal Brumback, assim se expressa, a respeito deste envolvente tema:
“Milhares de judeus emocionados desviaram-se do caminho para resolver o mistério do som de uma tormenta naquela manhã calma. Ao ajuntarem-se, encontraram mais outro mistério – as línguas repartidas de fogo sobre as cabeças dos galileus. Mas iam presenciar maior mistério do que o som estranho das línguas flamejantes – o falar em outras línguas. Os observadores ficaram muito perplexos ao notarem que esses galileus, identificados como seguidores de Jesus de Nazaré, não estavam falando o idioma simples da Galiléia, mas ‘em outras línguas’; eram seus próprios idiomas! De fato, quase toda a multidão, ao escutarem, podiam discernir seu próprio idioma ou dialeto falado pelos adoradores extasiados.” – Que Quer Isto Dizer?, págs. 18-19. Citado por Elemer Hasse, idem.
A liderança pentecostal reconhece: O Dom de Línguas é, de fato, falar idiomas estrangeiros sem os conhecer ou os haver estudado. É dom de Deus!
A LÍNGUA DE CORINTO
Como este dom é divino, útil e necessário à igreja, logicamente também dizia respeito aos crentes coríntios, e Paulo queria que tivessem esta capacidade. Disse ele:
I Coríntios 14:5 – “E eu quero que todos vós faleis em (OUTRAS LÍNGUAS...)”
Quanto ao dom, ele é real. Não há dúvidas de que é a condição de falar um idioma desconhecido pelo poder de Deus. Entretanto, os coríntios se “perderam” na busca deste dom. Permito-me dizer que, só lá, naquela igreja, e em mais nenhuma outra, mesmo em todo o Novo Testamento, o Dom de Línguas tornou-se um problema, e ele nunca foi problema na Igreja Cristã.
Esta bênção do Céu, Deus a repetirá quando Lhe aprouver. Esperamos até que, será mais cedo do que se pensa, pois o Evangelho do Reino ainda falta penetrar em 23 países (veja pág. 601), e estes contêm centenas de difíceis línguas e dialetos.
Imagine os cristãos aprenderem tais idiomas e ir lá pregar? Quanto tempo levariam? Deus não pode esperar muito tempo mais para nos tirar deste vale de lágrimas. Certamente Ele dará o dom de línguas para finalizar Sua Obra (Rom. 9:28). Ele precisa fazê-lo. Ele o fará.
Pois bem, examinando alguns aspectos da igreja de Corinto, deparamo-nos com situações realmente desconcertantes, como: dissensão (I Cor. 1:11. 11:18); demandas (I Cor. 6:6-7); adultério (I Cor. 5:1); carnalidade (I Cor. 3:1,3). Que se pode esperar dos carnais?
Não é possível tapar o Sol com a peneira, como é inegável recusar que o ambiente nesta igreja não era, de fato, favorável à descida do Espírito Santo.
Amado irmão, observe a diferença: Enquanto havia unidade perfeita e harmoniosa em Jerusalém, havia discórdia, divisão e contenda em Corinto; e, pior que a demanda entre os membros, predominava a grave imoralidade “não vista entre os próprios gentios” (I Cor. 5:1) , como afirmou Paulo. E havia outros problemas como: prostituição (II Cor. 12: 19-21); véu (I Cor. 11:5-6); cabelo (I Cor. 11: 15-16); usura (II Cor. 11: 8-9); desvirtuação da Santa Ceia ( I Cor. 11), etc... Um competente e estudioso intérprete bíblico afirmou, a respeito disto:
“Se o batismo com o Espírito Santo mantém companhia com libertinos, com a desunião dos crentes e com a perversão do culto cristão, qual é então o padrão para testar a obra do Espírito Santo?” – Dr. Eduardo Heppenstall, prof. de Teologia e Filosofia Cristã da Universidade de Loma Linda, EUA. Atalaia 3/76, pág. 12.
Então, o que houve em Corinto, aquela igreja dilacerada por divisões doutrinárias, sufocada por práticas imorais, destruída pelo orgulho e licenciosidade?
Paulo convenceu-se que aqueles irmãos estavam desvirtuando o dom de línguas, pois procediam contrário ao determinado pelo Espírito Santo. Desejavam o dom a qualquer custo, completamente desarvorados. Mas, o dispensá-lo ou não, compete a Deus (I Cor. 12: 11), e como o ambiente não era propício, por causa das desavenças e carnalidade, desavisadamente emitiam, à esmo, sons “que ninguém entende”. I Coríntios 14:2.
O apóstolo, então, para não ferir os brios dos irmãos, esquivando-se também de magoá-los ou atribuir falsidade a seu dom, canalizou-os para dentro do quarto e os incentivou à oração particular (eles e Deus somente – I Cor. 14:28), ao invés de ficarem fazendo barulho na igreja, contrafazendo um dom que queriam mas não possuíam, por se encontrarem fora dos parâmetros divinos. Diz novamente o professor Heppenstall:
“...quando chegamos a condição espiritual da igreja de Corinto, e quando procuramos interpretar a natureza do dom de línguas, defrontamo-nos com o fato de que algo está radicalmente errado. Pela primeira vez na Igreja Cristã, o falar em línguas tornou-se um problema. Isto levanta a pergunta: Se a manifestação era genuíno dom do Espírito, ou se era uma farsa, uma manifestação demoníaca, ou uma forma de histeria. Se bem que Paulo não denuncie essa manifestação, procura reprimi-la. Ela se havia tornado causa de embaraço. Devemos crer que, no meio de desordem e confusão da igreja, eles eram guiados pelo Espírito?” – Idem.
Diante deste desconcertante episódio, Paulo encontrou a única saída sábia e divina que, posta em prática, divisaria o falso do verdadeiro: Ei-la:
I Coríntios 14:13 – “...o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar.” (Edição Revista Atualizada)
Nas demais manifestações deste dom no Novo Testamento, tanto quem falava, quanto quem ouvia, entenderam a língua. Aqui, porém, em Corinto, foi necessário tal orientação em virtude da visível contrafação do dom. Assim que, se não for uma língua interpretável, semelhante a qualquer idioma terrestre, ou não tendo quem a traduza, a língua para nada se aproveita. Estará falando ao ar, trazendo confusão e não edificando a igreja.
I Coríntios 14:6, 14 – “...se eu for ter convosco falando em OUTRAS LÍNGUAS, em que vos aproveitarei... O entendimento fica sem fruto.” (Edição Revista Atualizada)
Sim, irmão, que proveito trarão à igreja, ao indivíduo e ao mundo, a emissão de sons que não se entendem? Paulo deixa claríssimo que o problema é realmente de idioma estrangeiro e não de barulhos e sons desconexos, histéricos, incompreensíveis e esquisitos. E mais, Paulo classifica de indouto aquele que só conhece e fala seu próprio idioma, perto de quem fala outros (I Cor. 14:16). Mais uma prova de que se trata de língua de nações e não barulhos sem sentido, feitos com a boca.
Efetivamente, a língua só é útil quando entendida não só por quem a pronuncia, como por quem a ouve. Caso contrário, não terá nenhum valor. Paulo era um poliglota, isto é, falava vários idiomas (línguas de outras nações), por exemplo: grego (Atos 21: 37,40); hebraico (Atos 22: 2); e mais o aramaico e o latim, entre outros, porque cursou nas melhores escolas judaicas e romanas; mas ele só pregava para os coríntios em seu próprio idioma. Diz ele:
I Coríntios 14:18-19 – “...porque falo MAIS LÍNGUAS do que todos vós...quero (porém) falar cinco palavras na minha própria inteligência... do que dez mil palavras em língua desconhecida.” (Edição Revista Atualizada)
EXEMPLO: Imaginemos Paulo chegar a uma igreja onde todos só falam o hebraico e ele prega em grego. Ninguém entenderá e em nada se beneficiará. Tempo perdido.
I Coríntios 14:10 – “Há, sem dúvida, muitos tipos de vozes no mundo, NENHUM DELES, contudo, sem sentido.”
Observe a clareza do pensamento de Paulo:
“MUITOS TIPOS DE VOZES NO MUNDO” – Isto é: Muitos idiomas (as línguas das nações, dos povos do mundo inteiro).
“NENHUM DELES, SEM SENTIDO” –Ou seja: Cada cidadão conhece a sua língua materna. E os que estudam outras línguas passam a entendê-las, porque todas têm sentido claro para quem as conhece.
N.B. O Papa João Paulo II, é um exemplo vivo e extraordinário desta capacidade lingüística: fala dezenas de línguas (idiomas de outros povos).
I Coríntios 14:7-8
“Da mesma sorte, se as coisas inanimadas (sem vida) que fazem som, seja flauta, seja cítara, não formarem sons distintos, como se conhecerá o que se toca com a flauta ou com a cítara? Porque se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?”
Veja também esta outra ilustração de Paulo. Uma banda de música composta de pessoas que nunca tocaram os instrumentos que têm nas mãos. Que acontecerá? Uma balbúrdia, uma algazarra infernal de sons que ninguém poderá identificar os instrumentos da banda. Compreendeu?
É o mesmo que dizer: – Ó coríntios, estes seus sons (“línguas”) não têm nenhum valor. Ninguém o entende. Vocês estão falando ao ar. Estão fazendo barulho com a boca somente. Esta confusão contagiante não produz nenhuma edificação espiritual, mas apenas emocionalismos e delírio, que são (perdoe-me), manifestações da carne.
É inegável que Paulo está provando que o dom de línguas é a capacitação de falar outro idioma (língua das nações) e não pronunciar barulhos sem sentidos ou sons ininteligíveis – alocuções estáticas. Por conseguinte, no impasse dos coríntios, a preocupação maior não era o falar a língua, mas interpretá-la, conforme instrução paulina. Dentro deste escopo, a língua se constituía em sinal:
I Coríntios 14:22-23
“De sorte que as línguas são um sinal não para os fiéis, mas para os infiéis. Se pois, toda a igreja se reunir... e todos se puserem a falar em outras línguas, e entrarem... infiéis, não dirão porventura que estais loucos?”
Este quadro ilustrativo de Paulo não é difícil de se deparar hoje. Há igrejas nestas condições. Quem pode negar? A reação inequívoca de qualquer não crente ao chegar ali, será esta evocada pelo apóstolo. Mas, por que isso? – Simplesmente por falta de boa compreensão e pela recusa do conselho de Paulo: Não podendo interpretar a língua, fique calado. I Coríntios 14:28.
Ora, se a língua desconhecida (estrangeira) tem que ser um sinal para os INFIÉIS, não pode por isso mesmo levá-los a chamar os cristãos de “loucos”. A língua estrangeira constitui-se em sinal para o ímpio, quando este notar que há no crente a capacidade de falar inglês, aramaico, japonês, sem haver estudado estas línguas. Este é o sinal. Sinal, não de “loucura”, mas, do poder de Deus. Aleluia!
Este sinal foi que levou os crentes partos, medos, elamitas, mesopotâmios etc., a indagarem: “Que quer isto dizer... os temos ouvido em nossas próprias línguas...” (Atos 2:12,11). Aqui no Pentecoste, o Dom de Línguas constituiu-se, sem dúvida, no sinal mencionado pelo apóstolo.
Paulo, em todos os pormenores, estava preocupado com a igreja de Corinto, e querendo evitar que ela chegasse a condição de se tornar um escárnio ou “loucura” para os não crentes, determinou judiciosamente:
I Coríntios 14:27 “...no caso de alguém falar LÍNGUA DESCONHECIDA, que não sejam mais do que dois ou três, e por sua vez, e HAJA INTÉRPRETE.” (Edição Revista Atualizada)
Ao limitar com reservas a disseminação desta língua corintiana e a presença obrigatória de um tradutor, evidencia que o dom que permeava esta igreja não era verdadeiro. Era uma contrafação do Dom de Línguas.
Agora, por favor, amado, preste atenção: qual o papel de um tradutor? Ele ouve a língua estranha (idioma de alguém que está falando) e traduz para a língua dos ouvintes.
Exemplo: Em sua igreja chegou um pastor da França e vai pregar. Se todos conhecerem a língua francesa, não há problema. Caso contrário, é preciso designar alguém que o traduza.
Assim, é necessário entender, definir, aceitar o que claramente vem a ser o Dom de Línguas, qual sua finalidade e atuação, uniformizar-se aos ditames do Espírito Santo (dois ou três – um de cada vez – haja intérprete). Evidentemente que, alvoroço, confusão, gritaria, balbúrdia, algazarra, palavras incompreensíveis, sem lógica, gemidos prolongados, é a contrafação deste dom, e vai desviar a igreja de sua função doutrinária e amedrontar qualquer ímpio que lá chegar. Até mesmo a reação de quem passe próximo a uma igreja onde haja este estado de coisas é escandalizar-se, temer e se espantar.
Paulo estabeleceu estas normas para que os irmãos coríntios não mais insistissem com aqueles barulhos. “HAJA INTÉRPRETE, OU ENTÃO, CALE-SE.” (I Coríntios 14:28). Este é o lema, válido hoje para a Igreja Cristã, por quem Paulo, também tornou-se mártir.
RESUMO: A cidade de Corinto foi reedificada por Júlio César no ano 46 d.C., e tornou-se lugar de reunião de todas as camadas sociais da época. Foi a metrópole da província romana de Acaia, desenvolvendo grandemente o comércio entre a Ásia e a Itália. Por esta razão, era comum existir uma população flutuante, de vários povos, que faziam desta cidade ponto de encontro e trampolim para o mundo. Era um palco de línguas estranhas. (Para você compreender isso, passe um dia no porto de Santos em São Paulo ou no porto do Rio de Janeiro. Quando os navios chegarem de todas as partes da Terra, aproxime-se das pessoas que saltarem. Ouça-as conversarem).
Interessante seria ver os coríntios irem ao cais do Porto, onde milhares de pessoas transitavam, e pregar para elas. Se tivessem se prontificado nesta direção, certamente de lá nos viriam muitos milagres. Glória a Deus. Aleluia! Porém, preferiram ficar dentro da igreja aumentando a confusão, que já havia.
Efetivamente, não tenho dúvidas, os coríntios foram envolvidos nas malhas do maligno, influenciados de alguma forma pela diversidade de idiomas em sua Terra. Como o Dom de Línguas é bíblico e eles o almejavam ardentemente, confundiram-se com seus chilreios e murmúrios, porque estavam fora do plano divino por se acharem em precárias condições espirituais. Eis portanto, para sua análise, as diferenças do Pentecostes e Corinto.
Confirmando com a Bíblia que: proíbe a gritaria nos cultos (Efé. 4:31); recomenda ordem e decência (I Cor. 14: 40); apela à reverência (Heb. 12:28); que dizer da igreja hoje, repleta de pessoas, todos falando ao mesmo tempo línguas “estranhas”, gritando e gemendo? Meu querido irmão, preciosa irmã, ouça o veemente apelo do apóstolo São Paulo:
Romanos 12:1-2 – “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus... transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Não nego, pois já vi, que há entre os que hoje crêem nessas línguas misteriosas, pessoas sinceras e convertidas, e cuja experiência emocional e suas vibrações variam de intensidade de pessoa para pessoa.
Por isso, movido por profundo amor pela sua vida espiritual, é que apresentei este tema e com sincera preocupação, afirmo: As “línguas estranhas”, faladas nas igrejas pentecostais e renovadas, não representam o verdadeiro dom de falar em línguas ocorrido no Pentecostes, conforme descrição de Atos 2, mas tem muita semelhança com o fenômeno emocional de Corinto que, como vimos, Paulo evitou que prosperasse.
A LÍNGUA DE ÉFESO
Atos 19
Qualquer pessoa criteriosa, observa a maneira reservada de Paulo no trato deste dom com os coríntios. Tal fato não se deu com os efésios. O apóstolo encontrou nesta cidade um grupo de cristãos, “uns doze varões” (Atos 19: 7). O cristianismo precisava ser implantado neste foco de adoradores da deusa Diana e dos fazedores de ídolos (Atos 19: 27). Uma cidade pagã, precisando ser evangelizada e doze homens despreparados, e mais, que haviam sido apenas batizados no batismo de João (Atos 19: 3) e nunca ouviram a respeito do Espírito Santo (Atos 19: 2). Era um desafio sem precedentes. Estavam, certamente, fadados ao insucesso.
A primeira e imediata providência seria o rebatismo em nome da Trindade, para poderem receber o poder celestial, e o receberam.
Atos 19:6 – “E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e TANTO falavam em línguas COMO profetizavam.”
Paulo impôs as mãos, e os irmãos não se contorceram, nem abriram a boca num vozerio inconseqüente, emitindo rumores incompreensíveis ou sons ininteligíveis. Não! Eles, pelo poder do Espírito Santo, passaram a possuir estes dons, para edificar a igreja (Dom de Profecia) e falar aos estrangeiros (Dom de Línguas).
Estavam esses irmãos, portanto, capacitados para a implantação do Evangelho do Reino em Éfeso. (Naquele tempo, Éfeso era uma grande metrópole, e seu porto altamente importante lhe dava a prerrogativa de ser “a porta da Ásia Menor”). Deus, pois, os capacitou, não para satisfazer caprichos ou vaidades, ou porque queriam o dom, mas para uma obra definida, necessária e urgente: pregar a Cristo crucificado nesta importante e pecaminosa capital do Continente Asiático.
Ninguém, por conseguinte, deve se valer deste texto para afirmar ser doutrina de que o falar “língua estranha” (sons ininteligíveis) seja sinal ou conseqüência do recebimento do Espírito Santo, pois que, além do Pentecostes, que foi um acontecimento especialíssimo, e de Cornélio em Cesaréia, só há este texto de Efésios em que ocorreu a posse imediata deste dom através do poder do Espírito Santo.
Além do mais, neste caso, também se fazia necessário que esta “posse” fosse semelhante ao Pentecostes, em virtude de a cidade precisar ser evangelizada (cidade que vivia cheia de estrangeiros, com as mais diferentes línguas), e por causa do pleno desconhecimento do Espírito Santo. Ressalte-se que, por outro lado, o Novo Testamento registra 14 casos de derramamento do Espírito e, em nenhum deles foi concedido o dom de línguas (Ver pág 197).
A LÍNGUA DE CESARÉIA
Atos 10
Atos 10:44-47
“E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus. Respondeu, então, Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós, o Espírito Santo?”
A enfática “também receberam como nós” é uma expressão afirmativa, bem como comparativa (Pedro está se reportando à descida do Espírito Santo em Jerusalém, sete anos antes: Atos 2). O Pentecostes repetiu-se com Cornélio, que, efetivamente, havia convidado a todos, especialmente os que se encontravam sob sua ordem e jurisdição, para recepcionarem o apóstolo.
Positivamente, havia entre esses irmãos, pessoas que não falavam o dialeto de Pedro (aramaico). Porém, ao lhes ser dado o Dom de Línguas, o apóstolo pôde distinguir, na reunião, seu próprio idioma, daí sua afirmação: “também receberam como nós”. Pedro só poderia assim assegurar se, de fato, presenciasse agora, um acontecimento semelhante ao Pentecostes. (Era o mesmíssimo dom. Atos 11:15 e 17; 15:8).
Cornélio, inquestionavelmente, além do latim, passou, entre outros, a falar o aramaico, e estava agora, como um cristão fervoroso, apto a testemunhar de Cristo, e falar das grandezas do amor de Deus, em qualquer país, sem a barreira das línguas das nações (Eze. 3:5 e 6).
Em Jerusalém foram os circunstantes que notaram o dom (Atos 2:8); em Cesaréia foi Pedro quem o divisou (Atos 10:46). Sendo Cesaréia uma residência de procuradores romanos, certamente era uma metrópole que abrigava muitos povos, e agora este grupo de crentes estava capacitado para ministrar-lhes as boas novas da salvação.
Este dom só é dado para um fim definido e específico: a propagação do evangelho, e nunca para satisfação própria. Em Cesaréia, deu-se a repetição do Pentecostes, sem sombra de dúvidas. Não foi som sem sentido, ininteligível ou estatizado, o que falaram. Eles receberam o dom para falar idiomas estrangeiros, aos milhares de estrangeiros .
QUANDO O CRENTE RECEBE O ESPÍRITO SANTO?
Conseqüentemente, a doutrina de que só tem o Espírito Santo quem fala línguas, não tem apoio bíblico. O dom de línguas é, inegavelmente, um dos dons do Espírito, mas este dom não é infalivelmente, a única e última prova de quem é batizado com o Espírito Santo.
O que a Bíblia afirma, e com clareza, é que, o Espírito Santo vem ao crente quando ele se converte (Atos 2:38); obedece (Atos 5:32); ora (Luc. 11:13); possui fé (Gál. 3:14). Após o que, passa a morar no crente (I Cor. 3:16), e, este então, produzirá em sua vida os frutos do Espírito (Gál. 5:22).
“Teologicamente, teremos que dizer que ninguém pode ser salvo, nascer de novo, aceitar a Cristo como Salvador, sem, ao mesmo tempo, ter o Pai e o Espírito Santo, pois Deus não Se divide e não há três deuses, mas um só. Ninguém pode ter um terço ou dois terços de Deus! Ou O tem, ou não O tem.” – A.B. Oliver, Movimento de Línguas, pág. 96.
Jesus afirmou da forma mais clara que, quando vem morar em nosso coração, não vem sozinho. Observe:
João 14:21-23
“Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda, esse é o que Me ama; e aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele... e viremos para ele, e faremos nele morada.” (Compare com I. S. João 3:24; 4:13; Rom. 8:9-11).
Efetivamente, quem recebe o Filho, recebe o Pai e o Espírito, pois que são todos um só Deus. Portanto, quando dizemos que temos a Cristo no coração, é o mesmo que afirmar: Temos o Espírito Santo (Gál. 4:6).
Meu caro irmão, ai de nós, como cristãos, se não fôssemos batizados diariamente com o Espírito Santo; não poderíamos vencer o maligno.
A LÍNGUA DOS ANJOS
A “língua dos anjos”, é mencionada uma única vez no Novo Testamento (I Cor. 13:1), e é uma comparação de idiomas feita por Paulo, entre o Céu e a Terra, para enfatizar o fato de que o amor a tudo sublima. Não há tampouco, nenhuma conotação com o pseudo “fenômeno” descrito em I Coríntios 14:2. E, de passagem, deve ficar claro que Paulo também não falava a língua dos anjos, pois afirmou:
I Coríntios 13:1 – “Ainda que eu falasse... a língua dos anjos.”
Essa concessiva “ainda que”, traduz uma negação: portanto, não falava. E tem mais: nenhum ser humano pode falar a língua dos anjos. Paulo confirma, ouça:
II Coríntios 12:2-4 – “Conheço um homem... que... foi arrebatado até o terceiro Céu... e ouviu PALAVRAS inefáveis, de que ao HOMEM não é LÍCITO FALAR.”
Trata-se, outrossim, da “língua dos anjos”, como bem poderia ser a língua dos seres de outros mundos não caídos. Paulo referiu-se aos anjos, pois que estes são de nossa esfera, isto é: estão envolvidos conosco, guardam-nos e protegem-nos, sabem de nossa precária situação e têm conosco alguma afinidade. Já estiveram presentes fisicamente entre nós, conversaram diversas vezes, etc. (Gên. 18:1-22; 32:1-2. Juízes 2:1-4. II Reis 1:3. Mat. 28:5. Atos 12:8-10 etc.). Três deles já me socorreram em situações diversas; um gritou meu nome (em português) e segurou-me o braço. Por isso guardo com o maior carinho, até hoje, uma capa de chuva que usava nesta ocasião. Creio que ali estejam suas marcas digitais. Sobre o ministério dos anjos, se o desejar, leia o meu livro A PONTE DO RIO TANGUÁ.
Por conseguinte, a “língua dos anjos” tem algo em comum com a dos terrestres, dentro mesmo de um definido vocabulário ou construção gramatical. Por isso deu-se sua lembrança, apenas e tão somente como uma comparação, como bem gosta de fazer o apóstolo Paulo. Também a teofania (“aparição ou revelação da divindade, manifestação de Deus”) documentadas na Bíblia, são provas reais de que, a “língua dos anjos”, é compatível com a terrestre. Daí, não é língua estranha.
Quanto à glossolália, não há o que negar, é a capacidade de falar idiomas estrangeiros sem os haver estudado. Portanto, o dom é a glossolália (I Cor. 14:27); e o pseudo “fenômeno” do verso dois (I Cor. 14:2) é um “desvio”, um derivativo dela, pois que, ao afirmar Paulo neste texto – “porque ninguém o entende” – não pode ser atribuído ao genuíno Dom de Línguas, pois este sim, é entendível, como prova o Pentecostes e as claríssimas declarações de Paulo, confrontadas e comparadas com outros textos contextuais.
LÍNGUA CELESTIAL — LÍNGUA SÓ COMUNICÁVEL A DEUS?
A Bíblia não fala dessa “língua” com clareza. Há apenas imagináveis vislumbres, indícios ou relances a respeito, e, em uma igreja, lamentavelmente, bastante problemática – a de Corinto (I Cor. 14: 2). Conseqüentemente, sua aceitação e compreensão varia de pessoa para pessoa. Apenas temos que ficar atentos para não sermos envolvidos nas malhas de Lúcifer. Reitero com veemência que Paulo não era favorável a divulgação desta língua. Proibiu-a claramente. Ouça:
I Coríntios 14:27-28 – “E se alguém falar língua estranha... haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus.”
Efetivamente, “fale consigo mesmo” é uma força de expressão. Na verdade, o que Paulo quis dizer é: “Fique em meditação com Deus”. Qual o valor de, em nossa oração, formular palavras que ninguém entende? – Que benefício trará a quem ouve?
Paulo diz que, temos de orar com inteligência (I Cor. 14:15). Isto é: Com lucidez e clareza. Portanto, não cabe, na igreja, no lar ou em outro lugar qualquer, o crente abrir a boca e proferir palavras que ninguém e, nem mesmo ele entende, porque só faz isso aquele que é débil mental. (I Coríntios 14:23).
Portanto, não há “língua celestial” na Bíblia. Língua é uma forma clara de se expressar. Os coríntios é que, contrário a Paulo, “criaram” um som estranho, sem nexo, sem sentido, sem nenhum valor, uma algaravia que contagiava a todos, daí Paulo pôr ordem na igreja, dizendo com firmeza: “Haja intérprete, ou então, cale-se”. I Coríntios 14:27-28. (Estes sons chegaram até nós hoje, no século vinte, batizados com estes nomes: “língua celestial, estranha e dos anjos”).
Há pessoas hoje que começam a pregar e, de repente, repetem frases feitas de “línguas estranhas”. E os demais ficam embevecidos, entusiasmados, alegres, excitados, se contagiam logo. Mas, irmãos, o que diz Paulo? “Se não houver intérprete, fique calado.” (I Cor. 14:28). Então, pergunto-lhe:
• Aquelas frases de “língua estranha” tem algum valor?
• Não! Não! Não! Não! A Bíblia as codifica de “vã repetição”. (Mateus 6:7).
Perdão, amado! Reconhecer a verdade não é pecado. Trata-se de puro exibicionismo, manifestação satânica ou descontrole do sistema sensor (mental).
Há outros que começam a orar e, de repente, repetem as frases feitas de “línguas estranhas”. Frases curtas. Sempre frases curtas de “línguas estranhas” proferidas em meio ao sermão ou oração (veja págs. 249-250). É um hábito que não tem nenhum valor, porque ninguém entende, e Paulo é claro, veja:
I Coríntios 14:16 – “...como dirá o que ocupa o lugar de indouto, o amém, sobre a sua ação de graças, visto que não sabe o que dizes?”
I Coríntios 14:9 – “Assim também vós, se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Porque estareis como que falando ao ar.”
Irmão, pode haver clareza maior? Por favor, não recuse a Palavra de Deus! Não se deixe levar pela persuasão e emoção. Use a verdade de Deus para quebrar os grilhões da corrente magnética, da vibração da multidão criada pelos destros atores carismáticos com suas tonitruantes frases de efeito dentro das casas de culto. Você é muito precioso para Jesus.
Paulo diz que, tais línguas estranhas não tem nenhuma utilidade, “indoutos falando ao ar”. É o mesmo que uma pessoa desmiolada, virando a cabeça para trás, começasse a cuspir para o ar.
Que pena! Milhares de pessoas sinceras estão sendo enganadas. Crendo no erro pensando ser Verdade! Que pena! Que pena! As pessoas que falam “línguas” hoje, sem perceberem, ficam repetindo frases estáticas, observe! Deus condena a “vã repetição” (Mat. 6:7).
RECEBEU
Estas pessoas receberam o Dom de Línguas dado pelo Espírito Santo:
Os 12 discípulos no Pentecostes (Atos 2:1-13.
Os 12 efésios (Atos 19:2-7).
Cornélio em Cesaréia (Atos 10:44-47).
Para estes não há barreira de línguas; por isso, não precisam de intérprete. Hoje, havendo necessidade, Deus o repetirá. ADQUIRIU
Este, aprendeu na escola algumas línguas. Ex: inglês, francês, alemão, aramaico, etc.
Ao chegar em alguma igreja em que todos falem tais línguas, tem liberdade para pregar, pois não há a barreira lingüística.
Porém, em alguma igreja que não falem essas línguas, preciso será um intérprete. Se não houver, fique calado. Não pregue. QUER DE QUALQUER MANEIRA
Este, produz sons ininteligíveis, estáticos, sem sentido. Nem o intérprete, nem ninguém entende a “língua”.
Este “dom”, o apóstolo Paulo proibiu na igreja. I Cor. 14:28.
OBSERVAÇÃO
Interessante é que Paulo afirmou: “FIQUE CALADO NA IGREJA”. Mas, as pessoas insistem em fazer o contrário, multiplicando as frases estáticas de línguas estranhas. E pior, agora está aumentando o número dos que repetem estas frases. O culto se torna um delírio generalizado, uma gritaria estridente, uma loucura desenfreada e perigosa, abafando a voz do apóstolo que disse: “fique calado”, “fique calado”, “fique calado!”
• Sinceramente, como aceitar que tal “barulho” é o sinal do Espírito Santo? Abram os olhos, amados, por favor!
CURIOSIDADE
As igrejas que hoje têm como doutrina principal falar “línguas estranhas”, seguindo ao “pé da letra”, o que entendem dos SONS dos coríntios, deviam também determinar que, todas “as mulheres estejam caladas na igreja... Porque é indecente que as mulheres falem na igreja”. I Coríntios 14:34-35.
Eis aí criado o impasse, pois que, na atualidade, parece que as mulheres falam mais “línguas estranhas” que os homens nas igrejas pentecostalistas renovadas.
OUTRO PROBLEMA
Afinal: homem e mulher; negros, brancos e amarelos, não foram todos alcançados pela Cruz e são livres em Cristo Jesus? Esta exortação de Paulo às mulheres o coloca em posição discriminatória, fazendo acepção de pessoas?
• Não! Ele é contra tal atitude. Eis as provas:
Romanos 2:11 – “Porque para com Deus, não há acepção de pessoas”.
Efésios 6:9 – “E vós senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no Céu, e que para com Ele não há acepção de pessoas”.
Então, há contradição na Bíblia?!
• Não! Paulo está apenas dando conselhos para “estabelecer ordem à confusão reinante” na igreja de Corinto por causa do “desvio” do Dom de Línguas.
O DOM PERFEITO
Feliz é a igreja que possui o dom de profecia, pois além de ser o mais importante, somos instados pelo apóstolo Paulo a buscá-lo. I Coríntios 14:1. – Por quê?
• Porque edifica a igreja (I Coríntios 14: 4).
• É sinal dos fiéis (I Coríntios 14: 22).
Dois rapazes evangélicos conversavam numa fila de caixa do Supermercado Sendas-Barreto, Niterói/RJ, quando, um deles, que “malhava” um pregador, disse: “Ele quando prega a Palavra não convence ninguém, só quando fala língua estranha, convence!”
Aquele rapaz confirma com clareza meridiana a grande verdade de que o Espírito Santo nada tem a ver com estes movimentos carismáticos, envolventes, sedutores, contagiantes que mencionam o sacrossanto Nome do Senhor Jesus.
I CORÍNTIOS 14:2
“Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque NINGUÉM ENTENDE, e em espírito FALA DE MISTÉRIOS.”
Os irmãos pentecostais fazem deste texto a fortaleza inexpugnável para provar as “línguas estranhas” que falam. Interessante, a palavra “estranha”, aqui neste verso, adquire para eles uma aura de mistério, algo impenetrável, ininteligível. Dizem, por isso, ser a língua dos anjos ou língua celestial.
Não se deve esquecer entretanto que, o vocábulo “estranha” é uma adição especial dos tradutores (não consta do original) e o sentido que queriam dar é de desconhecido ou estrangeiro.
EXEMPLO: Uma pessoa estranha, não quer dizer que seja misteriosa, anormal, esquisita ou extraordinária, mas, simplesmente que é desconhecida.
Bem, este texto não pode, de forma nenhuma, ser isolado do contexto geral que focaliza o assunto, por força da honestidade bíblica. E, a sua interpretação também carece de nossa parte, santa humildade para alcançar a profunda sabedoria do apóstolo São Paulo.
Realmente, o “... nosso amado irmão Paulo tem em suas epístolas coisas difíceis de entender, que os indoutos e ignorantes torcem, como também as demais escrituras, para sua própria perdição”. II Pedro 3: 15-16. Por isso, é impreterível que usemos a regra áurea na interpretação da Bíblia, qual seja: deixar que “as coisas fáceis de entender derramem sua luz sobre as difíceis.”
Antes de mais nada, transcrevo o que disse um dos maiores líderes pentecostais – Brumback – referindo-se ao Dom de Línguas:
“Quem já viu o verdadeiro, reconhecerá por certo o falso. Falar OUTRAS LÍNGUAS VERDADEIRAS como o Espírito Santo concede que fale, excede grandemente a imitação falsa e fanática.” – Que Quer Isto Dizer, pág. 102. Grifos meus. Citado por Elemer Hasse.
Observe que este afamado escritor pentecostal admite haver o falso e o verdadeiro, isto é, as manifestações divinas e as da carne, juntas, na igreja. Daí, todo cuidado é pouco na aceitação do que se pensa ensinar o texto de I Coríntios 14:2.
Pois bem, o verdadeiro Dom de Línguas é a capacitação divina de se falar um idioma estrangeiro para pregar o evangelho, sem havê-lo estudado na escola e, isto é, circunstancialmente, visto e provado em Atos 2: 5-11 e ratificado pelos já citados líderes pentecostais Brumback e Donald Gee. Entenda, por mais estes textos, o que é língua estranha:
Isaías 33:19 – “Não verás mais este povo cruel... de língua estranha que não se pode entender.”
Ezequiel 3:5-6
“Por que tu não és enviado a um povo de estranha fala, nem de língua difícil... Nem a muitos povos de estranha fala, e de língua difícil, cujas palavras não possas entender...”
Portanto, língua estranha que “não se pode entender” é o idioma de uma outra nação, cuja língua desconhecemos. Contudo, ela deixa de ser estranha para aquele que a aprender na escola.
Amado, o problema todo de I Coríntios 14:2 reside em duas expressões:
• Ninguém entende.
• Fala de mistério.
“NINGUÉM ENTENDE” – não está se referindo a todos os moradores da Terra, sabe por quê?
• O verdadeiro Dom de Línguas é entendível por aquele que fala e por quem ouve. O Pentecostes é a insofismável prova. Atos 2: 5-11. Todos os presentes à festa ENTENDERAM as línguas faladas.
• Se um crente falar uma das 3.000 línguas existentes no mundo, haverá alguém que a entenderá; quando nada por aqueles que pertencem ao seu grupo lingüístico, ou seja, seus patrícios e conterrâneos. Portanto, já não será “estranha” para estes.
OBSERVAÇÃO:
Se ninguém entende, ninguém mesmo (no Céu e na Terra), senão só Deus, como afirmam, então os amados irmãos pentecostais equivocam-se ao dizer que se trata de língua dos anjos pois que, dentro da premissa lógica – ninguém entende –, os próprios anjos não a entenderiam!!!
Tampouco poderão afirmar (como o fazem Emílio Conde em O Testemunho dos Séculos, págs. 50, 51, 115, 139, 140, 152, e 156; Brumback em Que Quer Isto Dizer, págs. 102-103) que aqui e ali se falou uma língua estranha que alguém entendeu. Afinal – ninguém entendeu, diz o texto sagrado.
Veja que, pelos escritos dos autores pentecostais acima, prenuncia-se uma divergência, senão contradição entre os que advogam a tese da “língua estranha”. Por isso mesmo, reitero a você, amado, que temos de usar o bom senso, a humildade e a sinceridade de uma criança no entendimento deste texto, comparando-o com o contexto geral do capítulo. A dificuldade desaparece e o entendimento preciso do texto aflora ao ser colocada duas palavrinhas no texto: Veja:
“Ninguém NA IGREJA entende.”
EXEMPLO: Numa igreja onde só há quem fale português, chega um crente da União Soviética. Em dado momento, ele começa a orar na língua russa. Nenhum dos presentes entende o que ele está falando, só Deus compreende porque foi Quem criou todos os idiomas. Para os demais, portanto, o russo “fala de mistérios” enquanto ouvem sem nada entender.
Só o russo se edificou em sua oração a Deus, ninguém mais (I Cor. 14:4). Pode até acontecer de alguém dizer “amém”, porém, o fará simplesmente por impulsos emotivos, em virtude do seu desconhecimento deste idioma.
Paulo classifica de indouto aquele que diz “amém” ao ouvir uma oração ou uma pregação em língua estrangeira que não conhece (I Cor. 14: 16). E ele tem razão; como pode alguém concordar com alguma coisa que não entende?
Outrossim, fica claro que, a língua russa, conquanto estranha para muitos, é um idioma existente, falado na Rússia e em muitos outros países e por aquele que o aprendeu na escola. Não é, portanto, “som sem sentido”, sem nexo, estático, imperfeito ou misterioso. É um idioma. Uma língua estrangeira.
“PORQUE O QUE FALA LÍNGUA ESTRANHA”
(no exemplo, é o russo orando)
“NÃO FALA AOS HOMENS”
(porque ninguém na igreja fala o idioma russo)
“SENÃO A DEUS; PORQUE NINGUÉM ENTENDE”
(a oração do russo só era entendida por Deus apenas)
“E EM ESPÍRITO FALA DE MISTÉRIOS”
(a súplica do russo era mistério para os demais, porque ninguém falava esta língua na igreja, mas não era mistério para Deus).
Toda a dificuldade seria contornada se houvesse, na reunião, um crente apenas que falasse o idioma russo. Ele então funcionaria como tradutor para os demais, e, assim, a língua deixaria de ser estranha, o mistério também desapareceria e todos seriam confirmados na fé.
Assim pois, os coríntios não estavam falando um idioma estrangeiro como um dom do Céu, pois que, esse só é dado para um fim específico – pregar aos estrangeiros – e nunca para satisfação pessoal ou porque se quer, a todo custo, por capricho ou para simples exibicionismo.
O certo é que, Paulo, ainda que de maneira velada, estranhou o que estava acontecendo na igreja de Corinto. Não aprovou ele, de forma nenhuma, aqueles sons, por isso que, por orientação do Espírito Santo, para evitar a confusão generalizada, deu estes mandamentos:
•“Falem dois ou quando muito três, durante a reunião.”
•“Cada um por vez.”
•“Não havendo intérprete esteja calado na igreja.” I Cor. 14: 27-28.
Esta é uma prova inequívoca de que aquela língua não tinha a aprovação de Paulo. Ele foi benévolo com os coríntios, não desejando dizer que seu dom era falso ou estranho; orientou-os apenas para que estivessem alertas, pois que, o verdadeiro Dom de Línguas é diferente; não precisa da interferência humana (tradutores) porque Deus é perfeito. Atos 2:4, 6-11.
Irmãos, estes mandamentos são válidos, hoje, da mesma forma que o foram naquela ocasião. O Espírito Santo ainda é a autoridade na igreja. O Espírito Santo está vigilante e muito entristecido por ver o mesmo fenômeno de Corinto hoje nas igrejas, e as pessoas acharem que seja Ele o autor. Observe:
O que acontece nas reuniões pentecostalistas hoje? Dezenas de pessoas, todas ao mesmo tempo, falando as chamadas “línguas estranhas”. Ninguém consegue manter o controle. Pelo contrário, em muitas igrejas, a ordem é gritar mais, gemer mais, se emocionar mais, pois que, assim entendem estar agradando ao Espírito Santo, ou quando nada, permitindo-se por Ele ser usado.
Ó, irmãos, é um equívoco. O desejo do Espírito Santo é outro. Ele não agiria de uma forma em Corinto e de outra forma no Brasil. Não, amados, lamentavelmente os Seus mandamentos são transgredidos. Parece que as pessoas não querem mesmo dar ouvidos à Sua voz cálida: “não havendo intérprete, cale-se”.
Sim, amado, a sinceridade me obriga a afirmar, e o faço por amor, creia: As gritarias ensurdecedoras de dezenas de pessoas balbuciando e gemendo com um zumbido dirigido, são manifestações da carne, “... pois não está sujeita a Lei de Deus, nem em verdade o pode estar”. Romanos 8: 7. Eu estou à vontade para dizer isso, porque tenho o apoio dos líderes pentecostais mencionados neste capítulo, que foram claros ao definir a “imitação falsa e fanática” do Dom de Línguas.
Diante disso, digo-lhe, com respeito e amor, não existe na Bíblia,“língua estranha”, “língua dos anjos”, nem “língua celestial”. O que há foi esta dificuldade criada em Corinto, pela contrafação do verdadeiro Dom de Línguas.
Provado está que, a condição espiritual da igreja de Corinto não favorecia a doação do Dom de Línguas pelo Espírito Santo (leia a pág. 233). Todavia, eles o queriam de qualquer forma. E quem faz ou deseja algo do Céu pela sua própria vontade, na carne, pode ser envolvido com facilidade pelo engano do diabo.
VERDADEIRO DOM DE LÍNGUAS – Capacidade de falar outros idiomas sem os haver estudado na escola. Recurso divino para facilitar a pregação do evangelho aos estrangeiros.
FALSO DOM DE LÍNGUAS – Palavras complicadas, esquisitas, místicas, incompreensíveis, proferidas por alguém em delírio, em “transe”, ou mesmo em estado normal (neste caso é pura vaidade, condicionamento da mente, ou exibicionismo).
Na ânsia de falar “línguas”, muitos crentes, sem o perceberem, excitam as suas emoções, estimulam-se com veemência e emotividade, fustigam e ativam mesmo os nervos* “com o fim de precipitar desenlaces emocionais, para produzir soluços e gemidos estáticos, ou risos arrebatados, o chamado ‘riso santo’... contudo, denominar o produto destes arrebatamentos (os soluços e gemidos) de línguas, é confusão, porque soluço e gemido não é língua. Muito menos línguas. Língua é um sistema de linguagem pelo qual os seres, dotados de inteligência, se comunicam e se entendem.” – Luz Sobre O Fenômeno Pentecostal, Elemer Hasse, p. 99.
O supracitado, fiel adventista do Sétimo Dia, Elemer Hasse, nos dá a respeito, um esclarecimento oportuno por experiência própria, haja vista, ter sido um profundo estudioso da matéria, tendo pleno conhecimento dos bastidores pentecostais. Com relação às línguas aí faladas, e, por ele ouvidas, diz:
“A diferença de suas algaravias residia em produzir, ora sons guturais, ora nasais e outras vezes sibilante; numas predominando as sílabas ‘lá’ e ‘que’, noutras ‘ma’ e ‘si’, em desenfreado descontrole, mais ou menos o seguinte: ‘Laralaque, laque, laque! Lique! Lique! Lique! Lique! Salalaque, mamauá, meneasiri, si – sis – si – si – sisi... cára, cá, cá, que!’ etc. São assim, com variantes, as estruturas centrais das chamadas ‘línguas estranhas...!”’ – Idem, pág. 156.
Estas línguas não contêm substantivos, verbos, adjetivos nem outros componentes lógicos da linguagem humana. Por favor, o que é isso, então?
EXEMPLO: Se eu lhe disser:
“Páter Remond Ro En Tóis Uranóis”.
Você entenderia? Dirá que estou falando língua estranha? Bem, esta frase quer dizer: “Pai nosso que está no Céu”, em grego, um idioma conhecido. Aqui há concordâncias verbais traduzíveis, conquanto pareça e seja “língua estranha”.
O Dr. Tancredo Vilhena Sobrinho esteve, a convite de amigos, antes de ser Adventista do Sétimo Dia, em duas reuniões às quais assim descreveu:
Primeira:
“Comparecemos... numa noite de verão de 1944... a uma reunião no interior paulista, em igreja de um desses grupos religiosos que proliferam em toda parte... Alguém orava em voz alta, súplice e quase chorosa, em meio a... ‘glórias’, ‘aleluias’, ‘améns’, ‘glórias a Jesus’, proferidas por toda a congregação... A oração... era secundada por fervorosas confirmações de ‘batiza ó Pai’, ‘batiza agora’, ‘dá-me o selo’, ‘batiza sim’,... até que um dos presentes desatou a engrolar exatamente isto:–‘ tabititi, tabititi, tabititi (muito repetido), maralá, maralá, maralá, maralá. Siquiá, siquiá, siquiá.’ ”
Segunda:
“Em julho de 1948, numa cidade menor, próxima daquela... vindo de São Paulo um notável médium especializado em efeitos de materializações espíritas, realizava práticas para seus adeptos... fomos para lá... De repente, um dos médiuns começa a fungar. Está ocorrendo a incorporação, isto é, um espírito chegou e entrou no médium... Um dos presentes... começa a articular palavras repetidas... mais ou menos assim: Macaliti, macaliti, macaliti (ou provavelmente ‘nacaliti’ pois o som não era muito distinto, embora alto). Izabu, izabu, izabu. Macaliti, macaliti... Lambantã, pororó, ciquidi.’ ” – Revista Adventista, 10/76.
Eis pois, a origem comum do fenômeno glossolálico, numa sessão espírita e num Templo Pentecostal e, agora, no catolicismo, de forma impressionante. O livro Católicos Pentecostais informa que padres, freiras e leigos, estão, também, falando em línguas normalmente. Continue lendo, logo conhecerá esta língua.
Bem, tais línguas são de cinco décadas atrás, e ouvidas por pessoas distantes uma da outra, e tem uma semelhança tremenda, conquanto ocorrerem em dois pólos diametralmente opostos. Agora, perceba as línguas de hoje:
“Cantaialas, alarraias, raleluias ele cantaialas, glória cantaiala, narraias laia lanarraias.”
Marta Anderson (Pentecostal).
“ALABAXÚ, ALABAXÚ, ALABAXAIA, ALABAXAIA - SURILABATAI”
(Pentecostal)
Notou a diferença das línguas estranhas faladas por irmãos pentecostais, num espaço de 50 anos entre si? Não houve uniformidade entre as línguas, muito embora o Espírito Santo seja perfeito. Por isso, as línguas relatadas por Elemer Hasse e Dr. Tancredo Vilhena, se assemelham tanto que deve preocupar os sinceros.
Agora, ouça as línguas faladas no candomblé, e veja a incrível semelhança com as línguas pentecostais, predominando a sílaba “ma” e “lá”:
“Terra de Cantarinamaia. Rimaracaxô Select manaios.”
Um querido irmão, egresso do candomblé, hoje membro atuante da Igreja Adventista do Sétimo Dia, disse que, realmente, lá se falam línguas idênticas, tremendamente semelhantes; e outro afirmou que “MANAIOS” é origem de outra palavra que quer dizer: árvore da mata. No candomblé, prosseguiu, MATA está muito ligada com Exu, que é Satanás.
O Dr. Fernando Pretti, funcionário do Governo do Espírito Santo, foi, durante onze anos, membro super atuante da Igreja Pentecostal Maranata. Relatou no livro que escreveu e editamos – A IGREJA DO MONTE, sua incrível conversão à Igreja Adventista do Sétimo Dia onde está há três anos. No dia 4/1/1996, esteve em minha casa e mencionou as línguas que se falam na Igreja Pentecostal Maranata:
“I Uandalamarrai I Chirrai Sirraz (Balabarrás)
I Ulaissí, Ôh Surriei”
Ele disse que todos lá falam estas línguas, mas fez questão de frisar: “A língua Balabarrás era exclusiva minha.”
– Então eu lhe perguntei: O que ela quer dizer?
– Ele respondeu: “Não Sei!”
As línguas do Movimento Carismático Católico são produzidas após cantarem uma linda canção pedindo que o Espírito Santo desça como o fogo, na hora da oração pela cura. A pessoa que as fala e interpreta, o faz em nome de Jesus, em nome da virgem Maria e em nome de outros santos, que menciona à medida que fala. As línguas soam bastante repetitivas e intermitentes, assim:
“SHALABABALALA... BABALABABALA... BALABAIAM... BALABAIAM... BALABAIAM...”
No dia posterior à reunião que estive, conversei com a pessoa que falou tais línguas e pedi-lhe que as repetisse para mim. Ela informou ser impossível, pois era um influxo do Espírito Santo quando descia na reunião.
Então lhe falei: No início do século este “dom” era uma reivindicação apenas pentecostalista, depois foi visto no espiritismo e agora no meio católico carismático. Ela então me disse: “Os cristãos vão se unir. Não diz a Bíblia que haverá um só rebanho e um só pastor?” (A propósito, leia algo interessante na pág. 347).
Meu amado, leia com carinho e tire as conclusões corretas:
Tiago 1:17 – “Toda a boa dádiva e todo o DOM PERFEITO vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.”
Agora ouça o que disse Robert J . MacDonald discursando para os fideicomissários, dirigentes e delegados da Septuagésima Sétima Convenção Anual Espírita:
“Um dos mais recentes fenômenos observados no campo da religião é o interesse pela glossolália (dom de línguas estranhas), que já atinge as Igrejas Protestantes tradicionais... Quando o espiritismo moderno surgiu, em 1848, muitos médiuns de então, experimentaram o fenômeno, e até hoje ele segue manifestando-se em certa extensão em nosso meio.” – The Summit 07 Understanding (O Clima da Compreensão Espiritual), Novembro de 1964. Todo cuidado é pouco, não acha?
O saudoso Pastor Roberto Rabelo, orador emérito da Voz da Profecia, conhecido, amado e respeitado pelos evangélicos em geral, afirma o seguinte:
“Competentes lingüistas têm ouvido centenas de gravações destes sons e opinam que eles nada têm em comum com qualquer das três mil línguas faladas na Terra. Um deles, de fama mundial, o Dr. William Welmers, professor de línguas africanas da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, diz:
‘Até o presente nenhum lingüista identificou qualquer emissão ‘destes sons’ como qualquer língua humana real, existente hoje, no passado ou no futuro’ (These Times, 4/70 p. 11). O professor Welmers, que é cristão, crê também que elas não representam línguas dos anjos. Citamo-lo de novo:
‘Mesmo uma língua celestial se ela for traduzível, deve mostrar algo das características da linguagem como a conhecemos. Deus não é irracional, e a linguagem humana existe simplesmente por que fomos criados à Sua imagem.’” – Atalaia 3/76, pág. 11.
Efetivamente, não foi glossolália, não foi língua dos anjos e não foi língua Celestial, o som que os coríntios emitiram, e sim, as mesmas línguas monossilábicas ouvidas em reuniões carismáticas de hoje, instigados por um descontrole total de suas emoções. E o que é pior, correndo o grande perigo de serem enlaçados pelas artimanhas e ciladas de Satanás. E hoje, milhares caem na esparrela de Lúcifer, indo pelo mesmo caminho dos coríntios. Que você não seja um destes.
OBSERVAÇÃO CURIOSA:
I Coríntios 14:21
“Está escrito na lei: Por gente DOUTRAS LÍNGUAS, e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim não Me ouvirão, diz o Senhor.”
Este texto entrou neste famoso capítulo 14 de I Coríntios como uma ilustração feita por Paulo para deixar claro que, quando ele menciona o termo “línguas” quer se referir a idioma e nunca a sons sem sentidos. Se não for assim, este verso está perdido (frase anacoluta), pois não tem nenhuma ligação lógica com o pensamento discorrido pelo apóstolo. Meu amado, o Dom perfeito vem do Alto (Tiago 1:17). Logicamente, o dom imperfeito vem de baixo. Por favor, medite nisto com carinho, lendo todo o capítulo com calma.
ENCONTRO ÍNTIMO COM DEUS
Não questiono que cada crente tenha seu “encontro íntimo” com o Senhor. Conforme as circunstâncias, podemos nos “embriagar” de Deus, experimentando momentos de profundo prazer espiritual, que se dá como um sentimento expressivo, entusiasmo agudo e momentâneo, porque nós fomos feitos para Deus, e só nEle encontramos completa satisfação. Isso ocorre bastante comigo.
Entendo também que esta ânsia por Deus, varia de intensidade de pessoa para pessoa no vigor de sua faixa etária. A experiência pessoal com Cristo é inexplicável, pois é vivida e sentida bilateralmente: o crente e Cristo.
Alguns são de vibração intensa. Sua comunhão com Deus é um amplexo vibrante; não raro trata-se de pessoas muito emocionáveis e impulsivas. Porém, não se perde o controle mental se o Espírito Santo atua em sua vida.
Na verdade, quando fechamos a porta de nosso quarto (Mat. 6:6) e, a sós com o Pai Celeste, podemos entreter uma maior e melhor comunhão; e dependendo do estado d’alma e do sentimentalismo de cada um, podem ocorrer momentos de indizível gozo. E, neste supremo deleite podemos nos alegrar muito, traduzindo os anseios de nosso coração nas vibrações do mais profundo de nosso ser, porém, desacompanhados de contorções, explosões, convulsões ou empurrões; muito menos palavras ininteligíveis.
Assim como o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis (Rom. 8: 26), não será demais que, no ápice de nossa comunhão com Deus, Ele nos inunde de gozo, satisfação plena, paz confortante, confiança, tudo isso em meio a copiosas e benfazejas lágrimas.
Nós devemos nos colocar em condições para que as delícias deste “encontro íntimo” ocorra conosco. Se acontecer, será uma experiência a mais em nossa vida cristã. Se, contudo, não ocorrer, não nos fará falta, pois que não as buscamos como se nos faltasse alguma coisa para nos confirmar como cristãos verdadeiros, reais herdeiros do Rei Jesus, ou para sermos salvos.
Nunca devemos buscar nada do Céu através de emoção para fortificar nossa fé. Fé não é emoção. A emoção geralmente é aproveitada por Lúcifer para criar suas sutis contrafações.
Compreendo também que, só devemos buscar esse “encontro íntimo” no recesso do lar, a sós com Deus, longe de tudo que se possa tornar motivo de vanglória, escárnio, exibicionismo ou vaidade.
Ao agirmos assim, uma coisa fatalmente ocorrerá, mesmo que não experimentemos todo o gozo deste profundo colóquio com o Senhor: iremos fortalecer o processo vital da oração particular (sangue da vida espiritual). E não será sem tempo, advertir que, ainda ali, há possibilidade segura de Satanás interferir e enganar o crente, pois ele tem acesso ao quarto do cristão, caso este não ande em toda a Verdade, de maneira que os anjos de Deus levantem uma “barreira de fogo” ao seu redor. Com esta “cobertura”, estará o crente protegido e em condições de ouvir a voz cálida e suave do Espírito Santo. Aleluia! Glória a Deus!
ÊXTASE PENTECOSTAL
Sintonizei a Rádio Metropolitana, num domingo às 14:00 h, no culto da Igreja Pentecostal do Rev. Davi Miranda. Quando este homem iniciou a oração que durou mais de trinta minutos, todos começaram a gritar fazendo incrível alarido, nada se ouvindo. Apertei o rádio ao ouvido para, pelo menos entender a oração; e as palavras dele soavam assim:
ôôôôôôaleluuuuuuuuuuuuuiaaaa abençôôôôôa
meu Deuuuuuuuuuuus, etc.
Entre os gemidos emitidos, e, em meio à oração, soltava impressionantemente uma gargalhada estranha e horripilante. E a multidão batia palmas e gritava freneticamente.
Crêem estes irmãos pentecostais, que tal barulho é a atuação do Espírito Santo enchendo-os do poder, e daí para falar línguas, é um pulo. (Aconselho-o a ler meu livro BABILÔNIA E SUAS FILHAS, onde encontrará subsídio a mais para esclarecimento deste tema).
Uma jovem explicou como as pessoas em uma igreja pentecostal que ela freqüentava se tornavam “cheias do espírito”. Disse ela:
“Todos os que nunca tiveram sido ‘cheios’ sentavam-se juntos a frente em fileiras com quase nenhum espaço entre as pernas, de sorte que, praticamente se tocavam uns aos outros. Aqueles que tinham mais experiência assentavam-se atrás. O regente de música ficava em uma plataforma e os dirigia em coros. Dentro em breve, aqueles que estavam na parte de trás eram ‘cheios do espírito’. A seguir, fileira por fileira, os iniciados começavam a falar línguas.” – Lição da Esc. Sab. 3/86.
Outros descrevem isso como uma corrente elétrica que se inicia no pé e sobe para a cabeça, produzindo reações e sensações completamente fora de controle. Como você vê, tudo premeditado por pessoas que descobriram ser a mente altamente influenciável e, por isso mesmo, podem acioná-la para seus propósitos. É lamentável! É uma pena! Mas... é a verdade!
Entrei numa dessas igrejas, em um domingo à noite. Tão logo assentei-me, o ventilador que ficava próximo, apresentou defeito. Chegou alguém para consertá-lo, enquanto o pastor pedia a um diácono para orar. Como de praxe, todos participaram, gemendo, gritando e clamando.
O interessante é que, enquanto todos oravam, o pastor, pelo microfone, e em voz alta, dava orientações sobre o ventilador. Até que, finalmente disse: “Pare, deixe ficar...” Ao mesmo tempo, várias pessoas transitavam para lá e cá e outros abriam e fechavam os olhos, etc. Percebi que o barulho tem mais valor que a reverência nestes locais. E que a intenção é envolver a todos em arroubos de emoção.
O que acontece nestas reuniões é um contágio generalizado, que é muito natural. A rigor, não se sorri em velório, nem se chora em festa de aniversário. Onde há um grupo de pessoas sorrindo a tendência natural é sorrir. Da mesma forma, onde há pessoas chorando, fatalmente todos, ou muitos, chorarão. O estado emotivo contagia até mesmo os insensíveis.
Todo ser humano tem uma vasta região subliminar que envolve a instabilidade nervosa, por isso ocorrem as vertigens, alergias ou pranto descontrolado; “visões”, enunciações vocais involuntárias (línguas estranhas) que, em realidade, são crises emocionais.
A mente é fantástica. Você esquece, por exemplo, algo passado em sua infância. Porém, não fica apagado em sua lembrança; apenas desaparece de sua memória, ficando alojado no subconsciente.
Tais recordações podem aflorar à nossa consciência naturalmente ou em estado de profunda emoção, transes psíquicos, sonhos, etc. Uma pancada na cabeça pode fazer alguém esquecer muita coisa, ou relembrar fatos que havia esquecido por completo. Não é sem motivos que é na mente onde atua o Espírito Santo. Ela é fantástica.
A propósito, destaco do livro Forças Misteriosas Que Atuam Sobre a Mente Humana do Dr. Fernando Chaij, editado pela Casa Publicadora Brasileira, cuja leitura aconselho aos irmãos, este precioso parágrafo, da pág. 239. Grifos meus.
“Um clima de excitação geral e forte sugestão coletiva pode curar muitas doenças de natureza histérica ou neurótica. A ciência sabe que neuroses podem produzir no corpo toda espécie de irregularidades funcionais. Até cegueira e paralisia podem ter causa puramente emocional, e tais disfunções podem desaparecer instantaneamente se algo atingir o subconsciente com impacto, visto ser a raiz de muito trauma psíquico.”
A mente é o mais perfeito “computador” existente. Ela funciona com a exatidão de uma máquina fotográfica, captando tudo que alcancem os olhos. A mente é onde atua o Espírito Santo. É ela que comanda toda reação de nosso corpo.
Todos os nossos sentimentos normais, emoções profundas, anseios frenéticos, advém do cérebro por vias naturais; porém, podem sofrer a falsificação de Satanás. Por isso, temos que zelar por nossa mente, trazendo-a sempre cativa a Cristo, com pensamentos nobres e puros; sentimentos de alegria e gratidão, etc.
Há pessoas que vivem à cata de emoções diferentes. Um jovem evangélico me disse ter descido certa ocasião uma ladeira de bicicleta e de olhos fechados, logrando sentir emoções diferentes. Felizmente está vivo.
De igual forma, o arroubo, emocionalismo e êxtase são, para muitos crentes pentecostais, a razão de sua fé. A satisfação de intensa excitação nervosa ou psíquica levando-os a extasiarem-se, é o que anseiam dentro de sua religião. Por isso que, quando ele vai à outra igreja não pentecostal, diz ser uma reunião fraca, fria, sem poder, etc. É porque sua mente se acostumou com aqueles excitamentos, e tudo que for contrário não lhe satisfaz. Sua mente não consegue alcançar mais nada que não seja excitável ou barulhento. (A mente tem estas características: ela pode ser induzida, sugestionada, cauterizada... todo cuidado é pouco, com ela).
TRANSE
Transe é o transpasse psíquico de arrebatamento, do estado consciente para o subconsciente. O arroubo então chega a alcançar o clímax, o ponto máximo, que é a linha de passagem de um estado d’alma para outro. É o seguinte:
A pessoa se excita de emoção em emoção, clamando, gritando, chorando, implorando, gemendo. De repente há o desequilíbrio mental. As emoções ficam descontroladas e a pessoa neste “gozo” faz caretas, trejeitos, ri, chora, grita e geme; então ocorre a dificuldade em articular as palavras. Aí surgem as “línguas estranhas”.
Em tal estado, tudo pode acontecer; por vias normais e sobrenaturais. Pelo lado normal (físico) a pessoa extravasa seus arroubos de emoção (muitos gritos, choro, sorrisos, etc.); pelo lado espiritual, o maligno aproveita o estado emocional e lança sua contrafação. (Há fatos comprovados de crentes que, nestas circunstâncias – cheios do “espírito” – até crimes cometeram. Os jornais noticiaram).
Os crentes de temperamento muito forte chegam com mais facilidade ao clímax do transe. E deste estado contagiante ninguém escapa, ou pelo menos quase ninguém, porque os mais emocionáveis contagiam os menos emotivos.
Fato singular é que as pessoas que foram espíritas ou têm tendências neuróticas e histéricas, ao entrarem para uma igreja de fé pentecostal, falam línguas na primeira reunião (isto é uma realidade comprovada); o que não ocorre com crentes de temperamento pacato e que não têm a facilidade de se emocionarem. Amado, isso é fruto de pesquisa. Fatos comprovados.
PORTAS FECHADAS PARA FACILITAR
Você já pode ter ouvido alguém dizer:
• “O irmão fulano quase foi batizado com o Espírito Santo. Eu o estava observando. Se ele tivesse orado um pouco mais, teria recebido o batismo”. Isto equivale dizer:
• “Se ele tivesse se excitado um pouco mais, teria caído em transe.”
Você sabe porque há aquelas reuniões pentecostalistas de portas fechadas, só para eles? Alguém observou que isto ocorre porque, se tiver um descrente ali, poderá perturbar ou impedir de o crente chegar ao ápice ou êxtase de sua “emoção diferente” (“batismo do espírito”).
Ora, ficaria o Espírito Santo inibido de manifestar-Se só por causa da presença de um estranho? – Aí está a razão porque creio que tais manifestações são inteiramente carnais.
O que ocorre é, que, todos sabemos que pessoas estranhas inibem nossos sentimentos, sufocando assim, lágrimas e sorrisos.
Outro fato a considerar é que, sem entusiasmo, barulho, grito ou gemido, não há o desencadeamento emocional. Quando não há muita música e muita excitação, há menos “batismos”.
As pessoas então ficam anos praticando este ritual: Gritos + barulho + gemidos = emoções fortes que resultam em “línguas”. E a mente, assim, vai sendo deteriorada.
Para facilitar a excitação e precipitar o transe, os crentes são ensinados com insistência a não “resistir” ao Espírito Santo, a “entregar-se”, a “deixar a mente vaga”, etc. Ouvi dizer que tais conselhos são os mesmos do espiritismo e do hipnotismo. Fui conferir e é verdade mesmo!
PORQUE É DIFÍCIL PARAR DE FALAR LÍNGUAS?
Depois de anos repetindo a “língua”, o sistema nervoso passa a funcionar como uma chave elétrica – “liga” e “desliga” – automaticamente.
Em muitos casos há uma deterioração da mente pelo excesso desta prática, de modo que a pessoa se torna incapaz de controlar seu sistema nervoso. Sempre que ela deseja se expressar em seu idioma natural, o órgão da fala desanda em língua estranha. Nesses casos, há necessidade de um reexercício da mente. Uma reeducação mental.
Um irmão que foi de uma dessas igrejas renovadas (que se tornou Adventista, lendo o Assim Diz O Senhor), disse haver lá uma senhora que, constantemente enrolava a língua, soltando uma imensidão de estranhos sons, que ninguém entendia. Isto acontecia quase que involuntário à sua vontade. O diácono então, conhecedor que era do fenômeno, tocava-lhe ordenando-a a calar-se, o que ocorria de imediato. Ela “ligava” e o diácono “desligava”.
Querido irmão, a Verdade pura do Criador, pela atuação do Espírito Santo, tem que entrar no coração através das faculdades mentais pelo processo racional do pensamento, e produzir mudanças radicais na vida. Deteriorar a mente é plano de Satanás, para que ela não alcance a Verdade que liberta, salva, traz paz e gozo no Espírito Santo.
CULTO RACIONAL
A religião de que o homem precisa entrar em transe para sentir gozo espiritual, alegria, contentamento, e penetrar uma “nova realidade”, não se coaduna com os princípios cristãos, porque, tais emocionalismos e êxtases são, fundamentalmente, reminiscências dos cultos pagãos do passado que a Bíblia relata haver Deus ordenado sua destruição total (I Reis 18:22-39). Hoje, entretanto, imperceptivelmente, o diabo está misturando o santo com o profano, o certo com o errado, o calmo e equilibrado com o nervoso, irritadiço e barulhento. Lamentavelmente, existem cultos rotulados de evangélicos que mais parecem cerimônias pagãs do remoto passado, ou, quando nada, muito se assemelham.
Os cultos pagãos (religiões de mistério) praticados pelos magos do velho Egito e feiticeiros primitivos, eram rituais com muita música e participação física de seus adeptos, coletivamente. Não diferem também hoje, senão veja:
As tribos africanas promovem seus rituais com danças exaustivas, intenso ruído de tambores, bebidas e provas de força e coragem.
Os faquires da Índia, misturam mágica e sofrimento (cama de pregos); encantamentos e manuseio de serpentes venenosas, com muita música, canções, bebidas e cerimônias.
As modernas sessões de espiritismo, consistem em uma mesa grande onde, os adeptos, assentados, começam a cantar músicas (pontos) batendo palmas intermitentemente.
No candomblé, os tambores rufam, acompanhados de outros instrumentos musicais, com palmas, batidas de pé, rodopio do corpo, cabeça para frente e para trás, etc.
Na umbanda , a “gira” (cerimônia), geralmente se inicia com invocações das falanges (linhas dos santos) através de “pontos cantados” (cânticos com ritmo marcado por atabaque – tambor).
Todos esses rituais são extremamente contagiantes porque exigem a participação física do adepto ao compasso de estridentes e ritimadas músicas, fazendo-o chegar ao transe espírita que é, sem sombras de dúvida, produzido pelos espíritos de demônios (Apoc. 16:14).
Agora, responda o irmão com sinceridade: Não ocorrem coisas semelhantes nas igrejas renovadas e carismáticas? E no catolicismo? Quem está imitando quem?
Como vê, irmão, o culto que temos de oferecer ao Senhor tem que ser um culto racional (Rom. 12:1), isto é, com raciocínio e inteligência; sim, que expresse também nossa gratidão e alegria, e esta se completa com a música, mas... a música é para louvar a Deus e não para levar ao delírio e êxtase frenéticos.
A música que tem a propriedade de excitar e “mexer” o corpo, a cabeça, os ombros, o pé... FORA COM ELA – esta música é do maligno. A música divina e que deve fazer parte de nossa adoração é aquela que enleva o crente espiritualmente. Que o faz sentir-se junto a Deus, em suaves acordes de melodia eterna.
Portanto, nosso culto não pode, jamais, assemelhar-se às múltiplas formas de rituais explorados pelo diabo.
Ademais, levando-se em conta que nossa mente é por demais influenciável pela sua própria estrutura, temos que trazê-la cativa aos princípios santificadores, subjugando-a ao Senhor em santidade e reverente adoração, porque, música altissonante, ruído intenso, palmas, luzes, rituais e cerimônias emocionantes e excitadas são artifícios que facilitam romper as barreiras da realidade cotidiana e entrar em transe, pois tais artifícios, são potencialmente capazes de provocar alterações no nosso sistema sensor. Abra os olhos amado, e...
Leia a página seguinte com atenção e carinho.
“Há no ministério homens que obtêm êxito dominando os espíritos por meio de influência humana. Eles jogam à vontade com as emoções fazendo os ouvintes chorar, e dentro de alguns minutos sorrir. Com um trabalho desta espécie, muitos são, por impulso, levados a professar a Cristo, e supõe-se haver um maravilhoso reavivamento; mas, ao sobrevir a prova, o trabalho não perdura. Os sentimentos são excitados, e muitos são levados com a onda que parece dirigir-se para o Céu; mas, na forte corrente da tentação, volvem atrás, como um galho flutuando. O obreiro se engana a si mesmo, e extravia seus ouvintes.” – Ellen Gould White.
PARAPSICOLOGIA, diz o dicionário: “Ciência que estuda experimentalmente os fenômenos ditos ocultos, considerando-os fenômenos psíquicos.” Ouça o que a parapsicologia diz sobre as “línguas”:
“O chamado fenômeno glossolálico, ocorre em casos coletivos (reuniões) e em casos individuais (fora das reuniões). Em qualquer caso, não passa de um condicionamento psicológico que acaba extravasando. Nas reuniões há uma excitação coletiva, avivada, por sugestões verbais, sermões, mensagens, orações, ‘glórias’ (no caso pentecostal), que forma uma ‘corrente’ mental, denominada campo magnético. Os mais sugestionáveis têm o cérebro induzido pelas impulsões do inconsciente, o qual tem armazenada a idéia obsedante de manifestar o ‘dom’, ou ser ‘selado’, como dizem. Então sobrevém o êxtase psíquico, e a pessoa fala coisas sem nexo. Extravasou-se o condicionamento. Ao sair do transe, sente um alívio indescritível, que supõe ser o ‘gozo do Espírito Santo’. Satisfez a doutrina e seu desejo.
“Nas reuniões espíritas, o mecanismo difere um pouco. A concentração, pelo silêncio, produz uma tensão-ambiente, que todos percebem. O ar parado e pesado, indica que algo vai ocorrer, e predispõe à expectativa. O campo magnético já se formou, desta vez sem os estímulos verbais. A idéia dinâmica leva o sensitivo (médium) ao transe, com fungações, algumas perturbações motoras, e depois o extravasamento num linguajar que, praticamente não difere do pentecostal. Outras vezes ocorrem ‘incorporações’ e o médium fala mensagens claras e inteligíveis. Pode ocorrer, embora rarissimamente, que o sensitivo fale língua estrangeira conhecida, mas isto situa-se noutra área que refoge ao caso que estamos considerando.
“O fenômeno das línguas extáticas também ocorre numa pessoa fora das reuniões. Neste caso, o indivíduo fica condicionado pelo monodeísmo (idéia fixa, de falar línguas, no caso), e forma, em torno de si, ainda que inconscientemente, uma aura ‘magnética’. Forma seu campo mental com o pensamento concentrado em falar línguas, em ser ‘selado’, e esse pensamento se vitaliza e se planifica com orações persistentes em busca do ‘dom’. Haverá um dia em que se romperá o represamento do inconsciente, extravasa-se o condicionamento e ocorrerá o fenômeno. É o transbordamento da energia contida. E fala coisas que ignora, em expressões desconexas, articuladas em sílabas geralmente repetidas.” – RA, 10/76.
PENTECOSTALISMO CATÓLICO
Meu irmão, será que não podemos visualizar o maior acontecimento da história, isto é, a vinda gloriosa do Senhor Jesus cercado de todos os anjos? Será que tudo que a mídia apresentou recentemente a respeito da posição tomada pelo Vaticano, não o leva a uma profunda reflexão religiosa? Tenho algo para você, leia:
“ ‘Cresce o Pentecostalismo na Igreja Católica.’ A cada domingo, pelo menos 50.000 brasileiros renegam uma parte do sono matinal para acompanhar as orações que a Renovação Carismática – uma corrente pentecostal fundamentalista da igreja – leva ao ar às 8:30 h pela Rede Bandeirantes de Televisão... Os carismáticos já passam de 2 milhões e mantêm comunidades de preces em todo o território nacional. A Renovação ainda conta com um programa semanal na Rádio São Paulo, que é retransmitido por outras 52 emissoras...
“CURAS – Durante suas reuniões, os carismáticos alegam manter um contato direto com o Espírito Santo. Essa aproximação da divindade lhes daria poderes de cura, profecias, discernimento... Outro fenômeno nessas sessões é o exercício do dom de línguas – locução e interpretação de preces e dialetos extintos ou desconhecidos... Hoje, 135 das 245 dioceses brasileiras já aprovam oficialmente os trabalhos de Renovação Carismática. Mais de 1.500 sacerdotes já passaram pelos cursos e retiros promovidos pela organização... O bispo de Formosa, em Goiás, Dom Victor Tielbeek, afirma que a Renovação é um caminho de retorno aos ensinamentos bíblicos,... mas nem por isso descuidamos dos mandamentos da igreja e do louvor à figura de Nossa Senhora.” – Veja, 23/3/88. Grifos meus.
CONFUSÃO PERIGOSA?!
As Igrejas Pentecostais e renovadas tem, nas suas lideranças, pessoas que unanimente afirmam ser a Igreja Católica Romana, uma igreja herética, idólatra e “mariólatra”. Mas,... como será agora?
Esta igreja que combatem, está também produzindo curas, exorcismo, milagres, êxtases, línguas estranhas, revelações “divinas”, palmas e danças nos seus cultos. E como dizem, o agente é o Espírito Santo, porém, com a mediação de Maria.
Amado, faria o Espírito Santo alguma coisa contrária à vontade de Jesus? É inegável que há um engodo satânico solapando a fé de milhares de pessoas sinceras.
PRESTE ATENÇÃO: Comentando no Jornal Espírita de 6/91, o decréscimo de adeptos do catolicismo romano e a evidente preocupação da Igreja Católica, o Sr. Durval Ciamponi, encabeça sua matéria com o expressivo título: “ESPÍRITOS AGORA ENTRAM NA IGREJA”. Disse ele: “Com o movimento amplo do espiritismo e sua crescente aceitação pelo povo; o crescente movimento das Igrejas Pentecostais (que aceitam as manifestações mediúnicas, sob a égide do Espírito Santo);... Para evitar a fuga dos fiéis a igreja busca o misticismo e o sincretismo religioso. Conforme (diz) o bispo Dom Aloisio Sinésio Bom. – ‘O Globo’, de 18/4/91: ‘Isto significa valorizar experiências místicas, utilizar elementos das religiões orientais e até realizar rituais de cura.’”
O Sr. Durval concluiu: “O movimento carismático nada mais é que um conjunto de práticas espíritas: captação e doação de fluídos, mediante cura por imposição de mãos (passe).” Grifos meus.
Meu irmão, esta autoridade espírita está dizendo simplesmente que, o que ocorre no Centro Espírita, é o mesmo fenômeno que acontece nas Igrejas Evangélicas Renovadas e agora invade a Igreja Católica em sua área carismática.
Analise, confronte os fatos e veja se não está mais igual que parecido. Pois é!
Aliás, isto não é novo nem novidade. Um espírito maligno já, ao tempo de Paulo, ardilosamente tentou confundir e enganá-lo operando maravilhas, confessando, inclusive, o Nome de Jesus e dando testemunho do Altíssimo. O apóstolo, porém, discernindo tratar-se do diabo, expulsou-o em Nome de Jesus. Atos 16:16-19.
O Espírito Santo foi dado para “guiar a toda Verdade” (João 16:13); se o espírito que está fazendo milagres, curas, sinais, prodígios e produzindo línguas estranhas não revelar ao povo que o Sábado é o Dia do Senhor e que a alma é mortal, não pode ser jamais o Espírito de Deus. João 14:26. Preste atenção:
CATÓLICOS ESPÍRITAS EVANGÉLICOS
Línguas Estranhas
Libertação
Curas
Exorcismo
Revelação Divina
Batismo no E. Santo falam
pregam
fazem
praticam
dizem ter
ensinam falam
pregam
fazem
praticam
falam
pregam
fazem
praticam
dizem ter
ensinam
Meu amado irmão pentecostal, meu querido irmão católico pentecostal, como vê, há nisto tudo algo muito comum. O que está ocorrendo por trás de tudo isto? Eu sei que você já começa a desconfiar desta igualdade. Sabe, a segurança está somente na obediência à Palavra de Deus. Não tema em decidir ao lado da Verdade.
PENSE NISTO: Se o que separava católicos e evangélicos já não existe mais, podemos visualizar passos largos na caminhada para um decreto religioso, sancionado pelo Estado, onde o domingo, com o apoio dos crentes, vai tornar-se a pedra de tropeço. Aí então estará formada a “imagem da besta” (união da igreja e do Estado, usando o poder secular para alcançar objetivos religiosos – Apoc. 14:9), então caberá a você, procurar a Igreja da Verdade, que mantém a Verdade, por amor à Verdade.
Há, no mundo, um processo silencioso, para a união das igrejas. Muitos evangélicos, membros de tais igrejas garantem: “Não nos uniremos!” Partindo da premissa de que o arcabouço doutrinário fala mais forte e, se nele há uniformidade na sua própria base (domingo - imortalidade da alma), como recusar esta união? Grave isto:
“Papa quer cristãos unidos no ano 2000” – O Globo 22/05/1995. “...O porta-voz do Vaticano Joaquin Navarro-Valls afirmou que o Papa ‘quer eliminar as distâncias cavadas nas lutas históricas’ para a união dos cristãos no limiar do terceiro milênio...’”
No dia 24/11/96 o líder mundial dos Batistas, esteve com o Papa. O Jornal do Brasil publicou a foto de ambos e o Pastor Fanini disse: “... As diferenças entre a fé batista e a fé católica são menores do que se imagina...”
“Em nova Encíclica, Papa defende união de cristãos” – O Globo 31/05/1995. “O Vaticano divulgou ontem a 12ª. encíclica do Papa João Paulo II, Ut unum sint (Que todos sejam um), dedicada totalmente ao ecumenismo. Nas suas 114 páginas, o Papa afirma que o compromisso da Igreja Católica com a unidade de todos os cristãos é irreversível... Mas o problema mais complicado, a que a encíclica dedica mais de dez parágrafos, é o da primazia do Papa sobre a igreja universal. João Paulo II reconhece que esse é um tema delicado para a maioria dos cristãos, mas lembra que, nos evangelhos, Pedro aparece como o chefe e porta-voz do colégio de apóstolos designados por Jesus. Como sucessor de Pedro, o bispo de Roma – isto é, o Papa – deve assegurar a comunhão de todas as igrejas. Ele tem o dever de advertir, alertar, declarar às vezes que uma ou outra opinião são incompatíveis com a unidade da fé; deve falar em nome de todos os bispos e, em determinadas circunstâncias, pode declarar que uma doutrina é fé...” – (Grifos meus).
Compreende como é “irreversível” esta união!
E como será conquistada? As profecias se cumprirão fatalmente. Aqui, um prenúncio do desfecho final. Ouça:
O Globo – 2ª edição, 8/7/98, pág. 30.
“O Papa João Paulo II lançou ontem um apelo... aos católicos do mundo inteiro: que voltem a considerar o domingo um dia sagrado... O apelo do Papa foi feito em Carta Apostólica de cem páginas, intitulada ‘Dies Domini’ (Dia do Senhor)... Em nome de todos os cristãos, o Pontífice pediu para que todas as legislações civis levem em conta o dever... de santificar o domingo.” – Grifos meus.
Em sua encíclica Veritatis Splendor (O Esplendor da Verdade), o Papa João Paulo II, dirigindo-se especificamente aos bispos disse: “A oposição aos ensinamentos dos pastores da Igreja não pode ser vista como legítima expressão nem de liberdade cristã nem de diversidade de dons espirituais. É proibido violar tais preceitos. A eles devem submeter-se todos, não importa a que custo.” Percebeu?! Ouça mais:
“LEI DOMINICAL NOS EUA? – Vida moderna, tempos de liberdade. Ditadura, nem pensar. Passado, nunca mais!?? Mas, se de repente tivéssemos uma guinada de 180 graus na História e retornássemos ao totalitarismo medieval, como você reagiria?... Chega-nos a notícia de que os Estados Unidos terão, em breve, talvez já no próximo mandato que se inicia em Janeiro de 97, uma nova constituição, com profundas alterações nos direitos individuais. Os autores da proposta alegam ser a liberdade responsável pela imoralidade crescente no país. E pela primeira vez discutirão, tentando colocar em prática, assuntos relacionados com a religião, tema antes evitado de se misturar com política.” – Jornal O Estado do Paraná, 01/05/96.
Anote o que disse o presidente mundial dos Adventistas, Pastor Robert S. Folkenberg, em Agosto/96, Edição Especial do From The G.C. President:
“ALERTA LEGISLATIVO: No dia 16 de Julho, a liderança da Câmara dos Deputados revelou sua tão esperada revisão da assim chamada emenda da ‘igualdade religiosa’ à Constituição dos Estados Unidos (HJR 184). A emenda proposta é expressada em termos benignos mas representa um ataque às noções fundamentais da liberdade religiosa e da separação da igreja do estado ao requerer do governo que subsidie difusamente atividades sectaristas e entidades e que autorize práticas potencialmente coercivas tais como sancionar oficialmente a oração nas escolas e o reconhecimento governamental da religião.
“A emenda proposta porá por terra a prática consagrada da neutralidade governamental nas questões religiosas e a substituirá por um favoritismo estadual à religião. Como tal, essa proposta ameaça a liberdade religiosa de todos os americanos ao perturbar o delicado equilíbrio entre as relações igreja-estado que tem se comprovado ser um grau sem paralelos de proteção para todas as fés, por mais de 200 anos. Espera-se a votação para setembro! Essa iniciativa deve captar a atenção dos Adventistas do Sétimo Dia dada nossa compreensão dos eventos dos últimos dias como descritos nos capítulos finais do livro O Grande Conflito e o capítulo sobre Liberdade Religiosa no livro Serviço Cristão [Ambos de E. G. White].
“De acordo com a informação e análise provida por Wintley Phipps e Alan Reinach, o Departamento de Deveres Cívicos e de Liberdade Religiosa da Associação Geral e União do Pacífico, respectivamente, essa emenda proposta irá efetivamente anular a Cláusula Sobre Igreja Oficial, na Constituição, permitindo ao governo reprimir, controlar e desacreditar a religião nos seguintes termos:
“1) A emenda autoriza (a nível federal, estadual, municipal, regional, etc.) os oficiais do governo a atuarem em sua capacidade oficial para favorecer uma fé religiosa sobre a outra. Os estudantes das escolas públicas podem estar sujeitos ao ensino religioso, quer ou não sua fé seja ensinada. O princípio da regra da maioria irá esmagar os direitos e liberdade das minorias. Isso é dominação religiosa e não igualdade religiosa. Assim cada nível do governo pode experimentar uma intensa competição entre as religiões que buscarão uma condição de favorecimento tendo suas crenças e práticas promovidas pelo governo.
“2) O governo pode declarar a América, ou qualquer porção disso, uma nação ou Estado ou Município Cristão, ou Mórmon ou Nova Era e promover as tais práticas e ensinos da fé dominante. As minorias religiosas em cada comunidade poderão ser pressionadas a se mudarem e viverem onde poderão ser maioria a fim de proteger sua liberdade religiosa. Purificação religiosa? Uma outra Bósnia?
“3) O governo poderá ser requerido a financiar a religião, sujeitando inevitavelmente os grupos religiosos à regulamentação, monitoração e prestação de contas. Atualmente, os grupos religiosos podem e, de fato, recebem fundos para serviços não-sectaristas, especialmente os serviços sociais desde que não façam proselitismo ou estejam engajados em atividades sectárias. A emenda, inicialmente, permitiria às igrejas promoverem sua religião com os fundos governamentais.
“4) Os fundos governamentais para grupos religiosos inevitavelmente conduzirá à uma competição pecaminosa por dinheiro. Uma vez que o governo não pode financiar a todos, os grupos mais fortes provavelmente receberão uma porção desproporcional dos fundos provendo uma vantagem injusta em sua capacidade de competir no mercado das idéias.
“5) A emenda violará a liberdade de consciência dos contribuintes, uma vez que serão compelidos a financiar religiões nas quais descrêem.
“6) A emenda dá a entender que proíbe a discriminação governamental contra os indivíduos devido as suas crenças ou práticas religiosas. Mas tal discriminação já está proibida na Cláusula do Exercício da Liberdade e da Lei de Restauração da Liberdade Religiosa.
“A emenda, falsamente, alega ‘esclarecer’ a lei existente. Antes, ela pode lançar a lei em meio a uma confusão de miríades de demandas judiciais e conflitos. A Constituição já protege contra os abusos que se está buscando ‘corrigir’ por meio dessa emenda. Verdadeiramente a oração voluntária sempre foi permitida nas escolas públicas. As pregações e atividades religiosas já estão protegidas da coerção governamental.
“Ao requerer tratamento igual para as religiões e atividades seculares, os grupos religiosos podem perder muitos dos benefícios atualmente desfrutados sob muitas provisões legais. Os grupos religiosos podem ficar sujeitos às leis de não-discriminação, requerendo que se engajem em atividades que estarão em conflito com suas crenças.
“Para informações adicionais, contatem Wintley Phipps do Departamento de Deveres Cívicos e de Liberdade Religiosa da Associação Geral: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD – 20904, USA; Telefone: (301) 680-6000.”
Vai anotando isso aí:
Tempos atrás uma comitiva Adventista visitou o então presidente dos EUA, Ronaldo Reagan. Este, informou que a plenitude de liberdade ameaça a estabilidade do país. Que os EUA ganharam a guerra atômica contra o Japão, mas está perdendo a guerra econômica com este pequeno país. Que a dívida interna dos EUA é muito grande. Que o desequilíbrio econômico prejudica os pobres. Que a soberana Constituição americana não pode continuar intocável.
Disse mais o presidente Reagan: Que os muçulmanos guardam a sexta-feira. Que os judeus e Adventistas o Sábado e os Católicos e Protestantes o domingo. Que o sucesso do Japão é o trabalho, e uma nação endividada não pode deixar de trabalhar três dias por semana. Tudo verdade! Isto equivale dizer: O domingo será o motivo para equacionar este grave problema mundial. – Quem viver, verá!
Tomás de Aquino, eminente católico do século 13, ensinou algo que nunca foi repudiado. Ouça:
“Em relação aos hereges, dois pontos devem ser observados: um, quanto a eles, e outro quanto à igreja. Quanto a eles, há o pecado, pelo qual devem ser separados da igreja pela excomunhão e também afastados do mundo pela morte... Se falsificadores de dinheiro e outros malfeitores são condenados à morte pela autoridade secular, muito mais razão com relação aos hereges, depois de convencidos da heresia, não somente serem excomungados como também mortos.” – Tomás de Aquino, Summa Theologica, Parte 2 da 2ª Parte, Questão XI, Artigo 3º.
Herege, para este teólogo, é todo aquele que insiste em viver de acordo com a Bíblia e não de acordo com a tradição.
Existe, hoje, uma enorme pressão nos EUA para reduzir a separação entre Estado e igreja. O tempo para o desfecho derradeiro no conflito entre o bem e o mal se aproxima. Logo, todos terão que optar: Verdade ou Inverdade.
– Que é a Verdade? Leia as páginas 114, 115.
Três grandes poderes no fim do tempo tentarão subverter a Verdade e destruir o Seu povo. São eles:
“O dragão (Apoc. 12), a besta semelhante ao leopardo (Apoc. 13:1-10), e a besta semelhante ao cordeiro (Apoc. 13:11-18). Em geral, no Apocalipse, são chamados de ‘o dragão’, ‘a besta’ e ‘o falso profeta’ (Apoc. 16:13). O dragão é Satanás (Apoc. 12:9), que usou o império romano (verso 4) e a igreja medieval (versos 6, 14 e 15) na tentativa de destruir a Cristo e Seu povo. A besta semelhante ao leopardo de Apocalipse 13:1-10 representa o papado, tanto em sua fase medieval, quanto no final dos tempos. A besta semelhante ao cordeiro (Apoc. 13:11-18) representa o protestantismo apostatado o qual, em cooperação com o papado, irá provocar o governo dos Estados Unidos para aprovar leis religiosas em oposição às verdades bíblicas.” – Lição da Escola Sabatina, nº 9, 3º Trim./96, pág. 2.
Agora, ouça o que está no jornal O Globo de 05/08/96.
“O Senado aprovou ontem o projeto do senador Pedro Simon (PMDB-RS) que cria o número único de registro civil, pelo qual cada cidadão será identificado em todas as suas relações com a sociedade e organismos governamentais e privados.
“Cinco anos após a promulgação da lei que passará antes pela Câmara, os números dos atuais documentos perderão a validade. Documentos como certidão de nascimento, carteira de identidade, carteira profissional, título de eleitor, CIC/CPF, carteira de motorista, passaporte, conta bancária, cartão de crédito, certidão de casamento ou separação, registro no INPS, PIS/Pasep, FGTS e até certidão de óbito deverão ter um extenso número. Todos terão que refazer seus documentos dentro deste prazo.
“A atribuição de um número para cada pessoa vai facilitar o controle e dificultar fraudes na Previdência Social, por exemplo. Se o cidadão morreu, o número morre com ele, não pode ser ressuscitado para outro cidadão.
“– Modéstia à parte, esse meu projeto é fantástico. É o ovo de Colombo. Essa super-abundância de números, cada qual para uma finalidade, é irracional e contra-producente. A convivência com essa pletora de números deixa o cidadão aturdido – defendeu o autor do projeto.”
Agora anote o que extraí do livro O Grande Conflito:
“... Quando, porém, a observância do domingo for imposta por lei, e o mundo for esclarecido relativamente à obrigação do verdadeiro Sábado, quem então transgredir o mandamento de Deus para obedecer a um preceito que não tem autoridade maior que a de Roma, honrará desta maneira ao papado mais do que a Deus. Prestará homenagem a Roma, e ao poder que impõe a instituição que Roma ordenou. Adorará a besta e a sua imagem...” – Pág. 449, Ellen G. White.
“Como o Sábado se tornou o ponto especial de controvérsia por toda a cristandade, e as autoridades religiosas e seculares se combinaram para impor a observância do domingo, a recusa persistente de uma pequena minoria em ceder à exigência popular, fará com que a minoria seja objeto de execração universal.” – Pág. 615, Ellen G. White.
E os direitos humanos tão popularmente defendidos? A liberdade de consciência? E os líderes religiosos que se gabavam de nunca ceder a pressões eclesiásticas contra qualquer credo? Meu amado, lembra-se do que disse o Sumo Sacerdote Caifás para a violenta turba em Jerusalém? Ouça-o: “Convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação.” S. João 11:50. Este é o destino glorioso da Igreja de Deus – o pequeno rebanho, nos momentos finais da história do pecado. “Lembre-se de que Jesus morreu às mãos de pessoas que professavam ser religiosas”. – Lição da Escola Sabatina, 11/6/98.
O profeta Sofonias falou que um decreto sairia em situação idêntica, e então as pessoas deveriam se congregar entre o povo de Deus. Sofonias 2:1-2: “Congrega-te, sim, congrega-te ó nação... Antes que saia o decreto e o dia passe como a pragana...”. Os acontecimentos finais serão rápidos e logo esta igreja militante se tornará a igreja triunfante, sob a égide de Seu Grande Comandante – o Senhor Jesus. Glória a Deus. Aleluia!
Trouxeram aqui na Editora ADOS, dia 26/5/96, um convite, formato ofício, letras grandes de computador: (Copiei na íntegra, parágrafos, aspas, letras bold, vírgulas e parêntesis).
PENTECOSTES NA ENGENHOCA
Vamos louvar o nosso “DEUS” glorificado em seu filho “JESUS”que veio derramar sobre nós o “ESPÍRITO SANTO”.
Venha... pois devemos ver o que nos une, e não o que nos separa: não importa a sua denominação, nós te amamos e queremos te chamar de “IRMÃO”, no dia 26 de maio (domingo) de 09 às 18:30 encerramento com a missa carismática na igreja MÃE DA DIVINA PROVIDÊNCIA te aguardamos com carinho.
Renovação Carismática Católica
GRUPO DA DIVINA PROVIDÊNCIA
AS PROFECIAS DO DR. FRITZ
Observe este artigo da Revista Destino, nº 66/94, pág. 4.
“Além de realizar curas milagrosas, com a ajuda de seres extraterrestres, o espírito do Dr. Fritz faz revelações impressionantes, que vão marcar a passagem para a Nova Era.
“Há quase dez anos, o espírito do Dr. Fritz, um médico alemão que morreu em 1918, realiza curas fantásticas por meio do pintor de paredes João Perez... mais que esses milagres, o que chama a atenção no trabalho realizado pelo Dr. Fritz são as mensagens que transmite nas suas palestras. Nelas, esse mensageiro do astral afirma que a Terra vai passar por mudanças climáticas, numa espécie de purificação necessária para a construção de um mundo novo, no qual a violência e o medo não terão lugar... as curas serão feitas sem instrumentos cortantes, apenas com energia de seres de luz e Et’s... de acordo com o Dr. Fritz já existe uma nave-laboratório instalada a 4 mil metros acima (da Terra) e, sob ela, há uma pirâmide de cristal transparente. Esta nave projeta energia para a pirâmide, que por sua vez, emite raios capazes de curar qualquer tipo de enfermidade. O médico explica que, por estar numa dimensão diferente da nossa, esses objetos só podem ser vistos por pessoas sensitivas.
“O Dr. Fritz afirma que os seres que estão por trás destas naves viveram um processo semelhante ao nosso, e também obtiveram ajuda de habitantes de outros planetas.
“E a ajuda que recebemos deles é necessária porque a Terra está vivendo um momento de transmutação, o final de um ciclo. Por isso, além de proporcionar alívio físico aos doentes, ele procura utilizar as curas como um instrumento para modificar o modo de pensar das pessoas... De acordo com o médico, esses seres vão reencarnar em outro planeta, ainda desconhecido, onde ficarão por mil anos.
“Quando há muitas pessoas para serem atendidas, o Dr. Fritz atua no chacra cardíaco de cada paciente, uma forma de tratamento que age sobre doenças de qualquer parte do corpo. Em situações especiais, quando for necessário um atendimento em massa, será possível medicar as pessoas sem nem mesmo tocar nelas, apenas com a ajuda dos extraterrestres. Quanto ao tempo de cura, ele varia de pessoa para pessoa: para umas, a cura ocorre instantaneamente; para outras, demora algum tempo. E há também aquelas que não conseguem ser curadas, por terem um débito cármico a resgatar.”
Amados, vivemos em um momento histórico. Deus está Se antecipando para que Sua Igreja avance vitoriosamente. Derrubando muros e rasgando cortinas de ferro, acabando com os “aparteides” seculares, abrindo caminho para a vitória final. Pense bem: Quem poderia imaginar que o “Kremlin” se tornasse um Centro Evangelístico, onde Cristo é exaltado como o Salvador? Logo, muito breve, o conflito final se dará, e, então, prepare-se: Você verá tantas maravilhas que só não se deixará enganar se estiver firmado em toda a Verdade de Deus. Aleluia
A medicina avança modernizando equipamentos e descobrindo drogas potentes para a cura que, efetivamente, aumenta a longevidade do ser humano. Todavia, os governos não priorizando a saúde deixam o povo a mercê de sua própria sorte.
Quando faltar o pão, nem a religião dará jeito. Conflitos e revoltas explodirão. Amargura, tristeza, decepção e doenças, especialmente de fundo neurológico, causadas pela carência total, tornarão as pessoas sensíveis aos “ventos de doutrinas”. Então Lúcifer sabe, definitivamente, que chegou a hora de ceifar. Afinal, um povo sofrido, relegado à própria sorte, não quer saber de onde venha a solução de seus problemas. Por isso, Lúcifer fará das curas “...um instrumento para modificar o pensamento das pessoas”, como ele mesmo garantiu ao Dr. Fritz.
Descrer que Lúcifer não realiza curas, e, curas sobrenaturais é recusar a luz do Sol ao meio-dia. Há contundentes relatos bíblicos que provam sua tremenda capacidade pela: hipnose, persuasão, mentira, engodo e fraude, realizar curas, milagres, sinais e maravilhas. Confira na Bíblia:
“A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios de mentira.” II Tes. 2:9.
“E não é maravilha, porque o próprio Satanás, se transfigura em anjo de luz.” II Cor. 11:14.
“E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do Céu à terra, à vista dos homens.” Apoc. 13:13.
“E Faraó também chamou os sábios e encantadores e os magos do Egito fizeram o mesmo com seus encantamentos...” Êxo. 7:11-12.
“Porém os magos do Egito também fizeram o mesmo com seus encantamentos: de maneira que o coração de Faraó se endureceu, e não os ouviu, como o Senhor tinha dito.” Êxo. 7:22.
“Então saiu Satanás da presença do Senhor, e feriu à Jó de tumores malignos, desde a planta do pé ao alto da cabeça.” Jó 2:7. (Se o diabo põe a doença, pode tirá-la!)
“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.” Mat. 24:24.
Logo, muito em breve, as curas, milagres, sinais e maravilhas de Satanás deixarão de existir para dar espaço aos milagres, curas, sinais e maravilhas de Deus, definitivamente. A contrafação luciferiana cairá impotente diante da majestade de Deus. Para o fim, será um passo rápido. Aleluia.
Cabe a nós, amados, como representantes do Céu, baluartes da Verdade, viver uma vida consagrada, santa e separada. Coloquemo-nos no altar Divino para que, revestidos do poder do Espírito Santo, sejamos os instrumentos que Deus usará para Se revelar ao mundo neste momento final. A vitória é nossa pelo Sangue de Jesus. Amém. Glória a Deus!
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