terça-feira, 13 de abril de 2010

A SANTA LEI DE DEUS

• Distinção de Leis
• Contraste Entre as Leis – Moral e Cerimonial
• O que é Ab-Rogar a Lei?
• O Que Você Deve Saber Sobre a Lei
• Quando Foi “Enterrada” a Lei Cerimonial ?
• A Verdade Sobre a Mudança da Lei
• “ A Lei e os Profetas, Duraram Até...(?)”
• Lei Moral Antes do Sinai
• A Perfeição Divina
• Exatidão Divina
• Excelência Divina

“Agora é o tempo de mostrar-se o povo de Deus leal aos princípios. Quando a religião de Cristo for mais desprezada, quando Sua Lei mais desprezada for, então deve nosso zelo ser mais ardoroso e nosso ânimo mais inabalável. Permanecer em defesa da verdade e justiça quando a maioria nos abandona, ferir as batalhas do Senhor quando são poucos os campeões – esta será nossa prova. Naquele tempo devemos tirar calor da frieza dos outros, coragem da covardia e lealdade de sua traição.” – E.G. White, Testemunhos Seletos, vol. 2 pág. 31.
“O corpo do homem é governado pela lei natural e seu comportamento pela Lei Moral; estas duas leis devem refletir a harmoniosa vontade de Seu autor.”
“A lei de Deus é divina, santa, celestial, perfeita... Não há mandamento em excesso; não falta nenhum; é tão incomparável que sua perfeição constitui uma prova de divindade.” – Spurgeon (teólogo Batista), Sermon On The Law.
“A Lei é a vontade de Deus, no Decálogo.” – Pr. Carlo Johansson (teólogo Assembleano), Síntese Bíblica do Velho Testamento, pág. 48.
“A lei é uma parte vital do governo divino no mundo em nossos dias... a santa Lei de Deus é um pré-requisito para uma experiência mais profunda da Graça.” – Pr. Harold J. Brokle (teólogo Assembleano), Prosperidade Pela Obediência, pág. 10.
“Os mandamentos representam a expressão décupla da vontade de Jeová e a norma pela qual governa Seus súditos.” – Pr. Myer Pearlman (teólogo Assembleano), Através da Bíblia, pág. 27.
“O Senhor não anulou a Lei Moral, contida nos Dez Mandamentos, e observada pelos profetas. O objetivo de Sua vinda não foi abolir nenhuma parte dela... Todas as suas partes têm de permanecer em vigor para a humanidade de todas as épocas, pois não dependem de tempo, de lugar, ou de outra qualquer circunstância sujeita a mudanças, da natureza de Deus e do homem, e das relações imutáveis que existem ente eles.” – João Wesley, Bible Readings for the Home Circle, pág. 375. (Citado em Segue-me pág. 140). Grifo meu.
“O ritual, ou a Lei Cerimonial, dada por Moisés aos filhos de Israel, contendo todas as injunções e ordenanças que estavam relacionadas com os velhos sacrifícios e serviços do templo, nosso Senhor em verdade veio para destruir, dissolver, e inteiramente abolir. Esse fato traz o testemunho de todos os apóstolos... Essas ordenanças eram transitórias, nosso Senhor as apagou, removeu e pregou na Sua cruz. Mas a Lei Moral contendo os Dez Mandamentos e reforçada pelos profetas, Ele não a aboliu. Não foi o objetivo de Sua vinda abolir qualquer parte dela. Ela é uma lei que nunca pode ser anulada e que ‘permanece como a fiel testemunha no Céu’. A moral (lei) repousa sobre um fundamento diferente dos das Leis Cerimoniais ou rituais... Cada parte dessa lei tem de permanecer em vigor para a humanidade de todas as épocas, visto que não depende de tempo, de lugar, ou de outra qualquer circunstância sujeita a mudanças da natureza de Deus e do homem, e das relações imutáveis que existem entre eles.” – João Wesley (fundador da Igreja Metodista) – Sermon 25, On The Sermon on The Mount, págs. 221 e 228. (Citado em Segue-me, págs. 184-185). Grifo meu.

DISTINÇÃO DE LEIS

Crê, boa parte dos cristãos de hoje que a Lei de Deus foi abolida quando Cristo morreu na cruz. Assim admitem esses irmãos, pelo fato de aceitarem que a Bíblia apresenta apenas uma lei, a Lei de Moisés. Entendem pelo termo “lei”, encontrado nas Escrituras, como definindo todas as leis da Bíblia. Não compreendem a separação delas, e discordam que haja distinção entre as mesmas. Tudo se resume, pensam, na Lei de Moisés. Não aceitam a existência de um código particular, como a Lei Moral (Os Dez Mandamentos), ou a Lei Cerimonial (ritualismo judaico).
O estudante sincero encontra nas Escrituras muitas leis, entre as quais destaco: Lei Moral – os Dez Mandamentos (Êxodo 20:1-17). Lei Cerimonial (Levítico 23). Lei Dietética – de Saúde (Levítico 11). Lei Civil (que regia o governo dos judeus). Leis de Casamento. Leis de Divórcio. Leis de Escravatura. Leis de Propriedade. Leis de Guerra, etc.
Caiu no domínio popular cristão que, quando se menciona ou se lê na Bíblia a palavra lei, tudo se resume na Lei de Moisés, o que não é correto. De fato, existem muitas leis que foram enunciadas, escritas e entregues por Moisés, embora provenham de Deus, e entre elas está a Lei Cerimonial, consistindo de um ritual que os judeus deveriam praticar até a chegada do Messias Jesus. Esse ritual simbolizava o evangelho para os judeus, e compunha-se de ordenanças como: ofertas diversas, holocaustos, abluções, sacrifícios, dias anuais de festas específicas e deveres sacerdotais (II Crôn. 23:18; Lev. 23; II Crôn. 30:16; Esd. 3:2).
Há porém um código particular e distinto, escrito e entregue pelo próprio Deus a Moisés; é a Lei Moral dos Dez Mandamentos, e em nenhuma parte das Escrituras é esta lei chamada de Lei de Moisés. Portanto, estudando com cuidado e carinho, qualquer um encontrará na Bíblia essa variedade de leis.
“Billy Graham, considerado o maior evangelista da atualidade e fundamentalista, assim se expressou sobre a Lei de Deus. Reproduzimos a pergunta específica de um repórter e conseqüente resposta textual, como estão na coluna de um jornal londrino (reproduzidas em Signs of the Times de 23.08.1955, pág. 4).
“Pergunta: Mr. Graham, alguns homens religiosos que conheço, dizem que os Dez Mandamentos são parte da ‘lei’e não se aplicam a nós hoje. Dizem que nós, como cristãos, estamos ‘livres da lei’. Está certo?
“Resposta: Não, não está certo, e espero que você não seja desencaminhado por estas opiniões; é de suma importância compreender o que quer dizer o Novo Testamento quando afirma que estamos ‘livres da lei’. Como é evidente, a palavra ‘lei’ é usada pelos escritores do Novo Testamento em dois sentidos. Algumas vezes ela se refere à Lei Cerimonial – do Velho Testamento, que se relaciona com matéria ritualística e regulamentos concernentes a manjares, bebidas e coisas deste gênero. Desta lei, os cristãos estão livres na verdade. Mas o Novo Testamento também fala da Lei Moral, a qual é de caráter permanente e imutável e está sumariada nos Dez mandamentos.” – A.B. Christianini, Subtilezas do Erro, pág. 63-64. Grifos meus.
Este famoso pregador Batista confirma o que a Bíblia apresenta com enorme clareza. Bem, aguce sua audição agora e vamos consultar, também, o apóstolo Paulo, a respeito do assunto:
I Coríntios 14:21
“Está escrito na lei: Por gente doutras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo...”
Aqui, Paulo não se refere nem à Lei Moral, e muito menos à Lei Cerimonial. Sua referência só pode ser ao Pentateuco ou mesmo a todo o Antigo Testamento, nunca porém a um código definido, como a Lei Moral ou a Lei Cerimonial.
Gálatas 3:10
“Todos aqueles pois que são das obras da lei estão debaixo de maldição... porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as obras que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.”
Aqui, lógico e evidente, refere-se o apóstolo a outra lei. É inegável! Inclusive a define como sendo escrita em um livro.
Há outras passagens contundentes da pena de Paulo que apresenta a diversidade de leis, porém, chamo sua atenção para um fato altamente importante e de real destaque em dois textos:
Efésios 2:15 – “Na Sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças...”
Romanos 3:31 – “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.”
Releia o que disse Billy Graham aí atrás (pág. 75). Agora considere o que escreveu este eminente teólogo:
“O contraste entre as afirmações é nítido quando se chama a atenção para o fato de que Paulo usou a mesma raiz grega para as palavras aqui traduzidas por ‘desfez’ e ‘anulamos’. Esta raiz, katargeo, significa tornar ‘inoperante’, ‘fazer cessar’, ‘afastar’ alguma coisa, ‘anular’, ‘abolir’. Mas o escritor inspirado Paulo diz a uma determinada igreja que a ‘lei’ está desfeita, e a outra igreja exclama: ‘De maneira nenhuma (Deus nos livre é o sentido original)’, ao pensamento mesmo de que a ‘lei’ esteja abolida, e se refere à mesma lei em cada caso? Obviamente Paulo deve estar falando de duas leis diferentes. Esses dois textos são suficientes em si mesmos para expor a falácia de que a Bíblia fala de uma só lei.” – Francis D. Nichol, Objeções Refutadas, págs. 3-4. Grifos meus. Vamos ainda ouvir o apóstolo São Paulo.

Efésios 6:2
“Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa.”
Seria irrazoável, não acha, já que o “mandamento” fora desfeito, Paulo mandar os efésios observá-lo! E há mais, afirma ele ter sua obediência uma alvissareira promessa – vida longa – com saúde e paz; se a lei da saúde também for observada, evidente!
I Timóteo 1:8
“Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela se utiliza legitimamente.”
Percebe, meu irmão! Jamais pode ser boa uma coisa “maldita”. Correto? Também, se é boa e útil, por que ser abolida e desfeita, não é?
Romanos 7:14
“Porque bem sabemos que a lei é espiritual, mas eu sou carnal...”
Note, Paulo toma a minha e a sua palavra agora e diz: “sabemos que a lei é espiritual”. Sabia você isso, irmão? Ou seja: A lei provém do Espírito de Deus. Se sua fonte é tão sagrada, não lhe surpreende vê-la tão rejeitada?
Romanos 7:16
“E se faço o que não quero, consinto com a lei que é boa.”
Observe novamente a afirmação paulina: “A lei é boa”. Não deixa ele brecha para suposições ou interpretações falseadas. A lei é boa disse. Ora, se a lei é boa e contribui para tornar o homem espiritual, não pode nem deve ser anulada, desfeita, interrompida, caducada. Nunca! Concorda? Nunca jamais, você dirá com certeza!
Romanos 7:12
“E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.”
Permita-me repetir as palavras de Paulo mais uma vez: Lei santa, Lei justa, Lei boa. É inegável que Paulo faz alusão a leis diferentes, porque jamais poderia afirmar que uma lei não presta e seja boa ao mesmo tempo. Que foi anulada, e é santa, justa e boa. Que é maldição e que tenha uma promessa de longa vida ao se observá-la.
Romanos 7:22
“Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus.”
Viu? Lei de Deus e não de Moisés. Claro, não é? Que acha o irmão, seja o “homem interior”?
– Sim, é o homem espiritual, o crente fiel e sincero, o homem que não transgride a vontade divina, que não transige com o pecado, e, como Paulo, tem prazer na Lei de Deus.
Romanos 7:25
“Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor, assim que eu mesmo com o entendimento sirvo a Lei de Deus...”
Caro irmão, Paulo já afirmou que a Lei de Deus é santa, justa, boa, espiritual, tinha prazer em guardá-la, e agora dá “graças a Deus por Jesus Cristo” pela oportunidade e privilégio de poder, com todo o seu entendimento, servir à Lei de Deus. Que maravilhoso! Creia isto, sinceramente, amado!
Por conseguinte, é contundente e claro que há distinção de leis na Bíblia. Ninguém deve supor que toda referência à lei nas Escrituras se credite a Moisés como sendo o legislador. De fato, os seus primeiros cinco livros são considerados a “lei”, pois, forma o compêndio mais exato das obrigações mútuas e orientações divinas para o estabelecimento do governo de Deus, Seus métodos e regulamentos.
Mas, é bom saber e, dar lugar à Lei Moral dos Dez Mandamentos, que não foi escrita por Moisés, como se julga, e sim pelo próprio Deus, em tábuas de pedra (Êxo. 31:18). É a única parte das Escrituras que Deus não permitiu ao homem escrever; Ele mesmo o fez, pela primeira e segunda vez, quando Moisés quebrou as tábuas, sobre o bezerro de ouro, ao descer ele do Monte Sinai (Êxo. 34:1,28).
Assim agiu Deus, para patentear a sacrossantidade de Sua lei, bem como chamar a atenção do homem para o fato de Ele próprio tê-la escrito, e mais, sobre pedras, para deixar clara a eternidade, perpetuidade e durabilidade desta lei, que é eterna e gloriosa, como Ele o é.
“Algumas pessoas dão ênfase à distinção entre mandamentos ‘morais’e mandamentos ‘cerimoniais’. As exigências ‘morais’ são aquelas que em si mesmas são justas e nunca podem ser revogadas. Ao contrário, as leis ‘cerimoniais’ são aquelas sobre observâncias, sobre o cumprimento de certos ritos, por exemplo: os mandamentos acerca dos holocaustos e o incenso... As leis ‘cerimoniais’ podem ser ab-rogadas na mudança de dispensação, mas não as leis ‘morais’. É certo que existe tal distinção.” – Pr. O. S. Boyer (teólogo Assembleano), Marcos: O Evangelho do Senhor, págs. 38-39. Grifos meus.

QUE SERIA DE NÓS SEM A LEI?
No dia 7 de outubro de 1969, a polícia de uma das maiores cidades da América do Norte entrou em greve. Dois homens foram assassinados, quarenta e oito pessoas ficaram feridas em tumultos, foram assaltados sete bancos, houve muitos outros roubos e foram quebradas cerca de mil vitrines no centro da cidade. Os prejuízos excederam a um milhão de dólares.
Que seria de nós sem a lei e sua aplicação? Que seria do mundo e do Universo sem a Lei de Deus e Seu poder moderador?
No decorrer dos séculos, grandes pensadores reconheceram que a Lei Moral de Deus constitui a base de sociedades ordeiras. Quando a Lei de Deus é desprezada, os seres humanos tornam-se vítimas de seu raciocínio subjetivo. O resultado é permissividade destrutiva, libertinagem e degradação moral e ética. Nisto está se transformando nossa sociedade após o adultério ter deixado de ser crime na lei do Estado.

REFLEXÃO
• Se Deus escreveu Dez Mandamentos, quantos Ele quer colocar em nosso coração hoje?
• Amor se expressa pela obediência?
• Cristo poderá salvar um transgressor?
• O homem tem capacidade para corrigir a Deus?
• Se Deus diz Sábado, porque o homem diz domingo?

CONTRASTE ENTRE AS LEIS MORAL E CERIMONIAL

Segundo o breve estudo anterior, é possível que alguém tenha ficado perplexo, pois há textos na Bíblia que positivamente declaram ser a Lei de Deus eterna, e que não muda, e que todos devem obedecê-la. Por outro lado, existem outras passagens que parecem significar que a lei é transitória, que nada aperfeiçoa, é inútil e o crente salvo em Jesus Cristo não tem obrigação de guardá-la.
Dentre todas as leis mencionadas na Bíblia, duas têm destaque preeminente: A Lei Moral e a Lei Cerimonial, fato que muitos, mas muitos irmãos, mesmo, não compreendem, porém é claro em toda a Bíblia.
“A Lei Moral, os Dez Mandamentos, chamamos de Lei de Deus. Esta lei vem da eternidade. Os princípios desta lei são a base do governo de Deus. São imutáveis como o trono de Jeová. A lei é por natureza indestrutível, adaptando-se ao governo de seres morais livres em todos os séculos, em todo o Universo de Deus. Nem um mandamento pode ser tirado do Decálogo. Permanece, todo ele, irrevogado, e assim permanecerá para sempre. Esta lei não pode ser ab-rogada, nem por homens da Terra, nem por seres do Céu. Nem mesmo o Seu autor – com reverência o dizemos – a pode ab-rogar, a menos que mude Sua natureza, e a forma de Seu governo. Disse Jesus: “É mais fácil passarem o Céu e a Terra do que cair um til da lei” (Luc. 16: 17). Portanto, esta lei permanece para sempre. Pelo menos enquanto durar Céu e Terra.
“O mesmo não se dá com a Lei Cerimonial, freqüentemente chamada de Lei de Moisés, que veio a existir depois da queda do homem. Esta lei ‘consistindo em manjares e bebidas, e várias abluções e justificações da carne’ e sacrifícios, destinava-se a chamar a atenção para a primeira vinda de Jesus; em vindo Ele, passou, pois nEle teve seu cumprimento. Aí encontraram-se o tipo e o antítipo; a sombra encontrou o corpo. Quando Cristo, o Cordeiro de Deus, morreu na cruz, ‘o véu do templo se rasgou em dois de alto a baixo’ (Mat. 27: 51). Os serviços do templo deixaram então de ter lugar. O sistema sacrifical cessou, e a lei que a ele pertencia deixou de existir. Foi cravada na cruz (Col. 2: 14). Foi dada para satisfazer condições temporárias, locais, e uma vez que essas condições mudaram em virtude da entrada da nova dispensação, os estatutos cerimoniais não tinham mais razão de ser.” – Folheto nº 22 – CPB.

A seguir, através de inúmeros textos bíblicos, consolidaremos a grande verdade entre as duas leis, especificamente. Você vai notar que, de fato, existe uma distinção entre os dois códigos, e que, com certa facilidade, veremos que os textos que se referem a um não podem referir-se a outro, certo?

A LEI MORAL – É DENOMINADA A “LEI DO SENHOR”
Salmo 1:2 – “... tem o seu prazer na Lei do Senhor. E na Sua lei medita de dia e de noite.
Salmo 19: 7 – “A Lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma...”

A LEI CERIMONIAL – FOI DENOMINADA A “LEI DE MOISÉS”
Neemias 8:1 – “... disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da Lei de Moisés...”
Atos 15:5 – “Alguns, porém, da seita dos fariseus... se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a Lei de Moisés.”

A LEI MORAL – É CHAMADA A “LEI REAL”
Tiago 2:8 - “... se cumprirdes, conforme a Escritura, a Lei Real...”

A LEI CERIMONIAL – É CHAMADA A “CÉDULA DE ORDENANÇAS”
Colossenses 2:14 – “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças...”
Efésios 2:15 – “Na Sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos que consistiam em ordenanças...” (A Lei Cerimonial é chamada também de Lei Ritual).

A LEI MORAL – EXISTIA ANTES DO PECADO DO HOMEM
Romanos 4:15 – “... onde não há lei – também não há transgressão.”
(Logicamente, se Adão e Eva pecaram, é porque transgrediram a lei de Deus. Disso Paulo dá provas cabais e insofismáveis, ao declarar: “Como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte... Mas o pecado não é imputado não havendo lei (Rom. 5:12-13). Fica então claro, que a Lei de Deus existia antes do pecado do homem, no Éden).

A LEI CERIMONIAL – FOI DADA DEPOIS DA QUEDA DE ADÃO
Os símbolos e cerimônias desta lei (Lei Cerimonial) deveriam conduzir os homens ao Messias que viria para resgatar os pecadores. (Leia Hebreus 10:1).

A LEI MORAL – FOI ESCRITA PELO PRÓPRIO DEUS
Êxodo 31:18 – “E deu a Moisés...duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus.”

A LEI CERIMONIAL – FOI ESCRITA POR MOISÉS
Deuteronômio 31:9 – “E Moisés escreveu esta lei, e a deu aos filhos de Levi...”

A LEI MORAL – FOI ESCRITA EM TÁBUAS DE PEDRA
Êxodo 31:18 – “E deu a Moisés... duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra...”

A LEI CERIMONIAL – FOI ESCRITA EM UM LIVRO
Deuteronômio 31:24 – “E aconteceu que, acabando Moisés de escrever as palavras desta lei num livro, até de todo as acabar.”

A LEI MORAL – FOI COLOCADA DENTRO DA ARCA
Deuteronômio 10:5 – “E virei-me e desci do monte, e pus as tábuas na arca que fizera; e ali estão como o Senhor me ordenou.”

A LEI CERIMONIAL – FOI COLOCADA FORA DA ARCA
Deuteronômio 31:26 – “Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca...”

A LEI MORAL – É UMA LEI PERFEITA
Salmo 19:7 – “A Lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma...”

A LEI CERIMONIAL – “NENHUMA COISA APERFEIÇOOU”
Hebreus 7:19 – “Pois a – lei – nenhuma coisa aperfeiçoou...”

A LEI MORAL – É UMA LEI ETERNA
Mateus 5:18 – “... em verdade vos digo que até que o Céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.”

A LEI CERIMONIAL – ERA TRANSITÓRIA
Hebreus 10:1 – “Porque tendo a lei sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas...”

A LEI MORAL – É SANTA, JUSTA E BOA
Romanos 7:12 – “... assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.”

A LEI CERIMONIAL – NADA APERFEIÇOOU OU SANTIFICOU
Heb. 10: 1
“...Nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem a cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.”

A LEI MORAL – É UMA LEI ESPIRITUAL
Romanos 7:14 – “Porque bem sabemos que a lei é espiritual...”

A LEI CERIMONIAL – ERA CARNAL
Hebreus 9:10 – “Consistindo somente em manjares, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne...”

A LEI MORAL – CONTÉM UM SÁBADO SEMANAL
Êxodo 20: 8-11
“Lembra-te do dia de Sábado para o santificar...”

A LEI CERIMONIAL – TINHA SETE SÁBADOS ANUAIS
Levítico 23:27; 23:32
“Mas aos dez deste mês sétimo, será o dia da expiação; tereis santa convocação... sábado de descanso vos será; então afligireis as vossas almas, aos nove do mês à tarde...”

Querido irmão, grave nos escaninhos de sua alma estas duas comparações finais. Entesourai-as no coração e na mente.

A LEI MORAL – NÃO FOI AB-ROGADA (ANULADA) POR CRISTO
Mateus 5:17-19 – “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: Não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o Céu e a Terra passem, nem um jota, ou um til, se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido...”

A LEI CERIMONIAL – SIM – FOI CRAVADA NA CRUZ
Colossenses 2:14 – “Havendo riscado a cédula que era contra nós, nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.”

A LEI MORAL – NÃO FOI ABOLIDA NEM ANULADA PELA FÉ EM CRISTO
Romanos 3:31 – “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma; antes, estabelecemos a lei.”

A LEI CERIMONIAL – FOI DESFEITA OU CANCELADA POR CRISTO
Efésios 2: 15 – “Na Sua carne (Seu sacrifício) desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças...”

Finalmente, lhe digo amado: A Lei Moral não dá instruções ou informações sobre ofertas queimadas, de manjares, páscoa, ereção de altares, circuncisão, ordem sacerdotal, etc. A Lei Cerimonial é que engloba e exige a prática destes ritos.
– Considere estes fatos, com carinho! E não esqueça do isto é!

FALTA DE UNIDADE? CONTRADIÇÃO? EQUÍVOCO?
• “– Os Adventistas e a Lei de Moisés – Dividem a Lei de Moisés em duas partes, uma moral, incluindo os dez mandamentos e a outra cerimonial, compreendendo o resto da lei. Dizem que Cristo aboliu a lei cerimonial, mas a lei moral precisa ser obedecida. Inventaram essa maneira de argumentar, porque viram-se em dificuldade diante da declaração bíblica de que a lei foi abolida por Cristo.” – Pastor Rui Franco (teólogo Batista), Revista Mocidade e Adulto, Edições Brasil Batista, 10 de outubro de 1976. Grifo meu.

• “Devemos fazer distinção entre a lei cerimonial e a lei moral. A lei cerimonial ficou circunscrita ao Velho Testamento. Referia-se a costumes próprios do povo de Israel, alimentação, etc. Não temos nenhuma obrigação, hoje, para com essa lei.
“Há, porém, a lei moral. Esta permanece. Os dez mandamentos, por exemplo, faziam parte da lei, mas permanecem até hoje, porque são princípios eternos, estabelecidos por Deus para as relações humanas.” – Pastor Walter Kaschel (teólogo Batista), Lições de Mordomia, Suplemento da Revista de Jovens e Adultos, Casa Publicadora Batista (teólogo Batista), 4a. impressão, 1964. Grifos meus.

• “Não há tal coisa como duas leis diferentes dadas a Israel. Tal distinção não é mencionada em nenhum lugar da Bíblia.” – Gordon Lindsay (teólogo Assembleano) – Os Fatos Sobre o Sétimo Dia, pág. 39. Grifos meus.

• “As idéias que alguns fazem da Lei de Deus, são errôneas e muitas vezes perniciosas. O arrojo ou ousadia dos tais, chega a ponto de ensinar ou fazer sentir que a Lei já foi abolida e que nenhum valor mais lhe resta, tão pouco tem autoridade para corrigir os costumes e influir na vida do indivíduo... Os que ensinam a mentira que a Lei não possui mais valor ou autoridade, ainda não leram com certeza os versículos que nos servem de texto (S. Mat. 5:17-19). Como se pode dizer que a Lei foi abolida?
“Outros dizem que Jesus não fez mais que afrouxar a Lei. Ora, ainda aí, o absurdo é grande, pois será crível aos que possuem um pouco de senso, que Deus mude a Sua Lei quando Ele é imutável? Não! Tudo pode mudar-se, tudo pode transformar-se ou degenerar-se, porém Deus não muda, nem o Seu poder, nem a Sua glória; os Seus preceitos são eternos.
“Vamos mais longe: Essa Lei é base da moralidade social, e será crível que tal base seja abolida, isto é, que se mate, adultere, furte e calunie? Não! Essa Lei é toda digna de nossa admiração, de nosso respeito e acatamento.
“Jesus veio pôr em prática a Lei e não a abolir. Olhemos todos para esse modelo e peçamos força para obedecer os preceitos divinos.” – S. L. Ginsburg (Ministro Batista), O Decálogo ou Os Dez Mandamentos da Lei de Deus, págs. 4-7, grifos meus.
• “A Bíblia afirma que existe uma só Lei. O que existe, na verdade, são preceitos morais, preceitos cerimoniais, e preceitos civis. É chamada Lei de Deus, porque teve origem nEle. Lei de Moisés, porque foi Moisés o legislador que Deus escolheu para promulgar a Lei no Sinai. Os preceitos, tanto do Decálogo como os fora dele, são chamados alternadamente Lei de Deus ou do Senhor e Lei de Moisés (Luc. 2:22 e 23; Heb. 10:28). São, portanto, sinônimos e, por isso não há distinção alguma (Nee. 8:1, 2, 8, 18). – Pr. A. Gilberto (teólogo Assembleano), Lições Bíblicas Jovens e Adultos, Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2º trim/97, pág. 45.
• “Algumas pessoas dão ênfase entre mandamentos ‘morais’ e mandamentos ‘cerimoniais’ . As exigências ‘morais’ são aquelas que em si mesmas são justas e nunca podem ser revogadas. Ao contrário, as leis ‘cerimoniais’ são aquelas sobre observâncias, sobre o cumprimento de certos ritos, por exemplo: os mandamentos acerca dos holocaustos e o incenso... As leis ‘cerimoniais’ podem ser ab-rogadas na mudança de dispensação, mas não as leis ‘morais’. É certo que existe tal distinção. – Pastor O. S. Boyer (teólogo Assembleano) – Marcos: O Evangelho do Senhor, pág. 38-39.

A LEI E O PECADO
“Quando os judeus rejeitaram a Cristo, rejeitaram a base de sua fé. E, por outro lado, o mundo cristão de hoje, que tem a pretensão de ter fé em Cristo, mas rejeita a Lei de Deus, comete um erro semelhante ao dos iludidos judeus. Os que professam apegar-se a Cristo, polarizando nEle as suas esperanças, ao mesmo tempo que desprezam a Lei Moral e as profecias, não estão em posição mais segura do que os judeus descrentes. Não podem chamar inteligentemente os pecadores ao arrependimento, pois são incapazes de explicar devidamente o de que se devem arrepender. O pecador, ao ser exortado a abandonar seus pecados, tem o direito de perguntar: Que é pecado? Os que respeitam a Lei de Deus podem responder: Pecado é a transgressão da Lei (I João 3:4). Em confirmação disto, o apóstolo Paulo diz: “...Eu não conheceria o pecado, não fosse a Lei...” (Rom. 7:7). – Mensagens Escolhidas, vol. 1 – E.G. White, pág. 229, grifos meus.

O QUE É AB-ROGAR A LEI?

Agora que sabemos qual a lei que foi abolida por Cristo, resta-nos saber a finalidade da Lei Moral, dos Dez Mandamentos. Antes, porém, deixe-me explicar o que é cumprir a lei, porque muitos pensam que, por ter dito Jesus: “Eu vim cumprir a lei”, Ele a cancelou.
Tomemos, por exemplo, uma coisa simples, como uma placa de contramão. Esta placa, feita pelo Detran, consiste de um círculo vermelho com uma faixa branca cortando-o. Em qualquer país do mundo esta placa indica que é proibido ao carro seguir a rua onde ela esteja. Pois bem, então o motorista vai guiando o seu carro e de repente vê à sua frente tal placa. Se ele volta, ou dobra à esquerda ou à direita, ele está cumprindo a “lei” representada por aquela placa que o proibiu de seguir por aquela estrada. Então, cumprir é obedecer aquele regulamento. Como se vê, o cumprir não foi tornar nulo nem cancelar aquele dispositivo que o proibia seguir em frente.
Da mesma forma, o pedestre que vai atravessar uma rua, posta-se então na calçada, e espera que o sinal fique vermelho para os carros; quando isto ocorre, acende-se o sinal verde para ele atravessar tranqüilamente a pista de rolamento. A “lei” é representada ali pelo sinal vermelho para os carros e pelo sinal verde para ele. Se o carro pára ao sinal tornar-se vermelho, está o motorista cumprindo aquele regulamento, a lei do trânsito; e, se a pessoa atravessa quando o sinal está verde para ela, da mesma maneira está cumprindo o requisito legal que determina estas normas.
Agora pergunto: Cumprir é cancelar, inutilizar, acabar? Certamente você responderá que não! Cumprir então é obedecer, neste caso, os estatutos do Detran. Da mesma sorte, qualquer proibição legal, obedecida, é cumprida, por quem a obedece.
Isto acontece com os governos, indústrias, comércios, escolas, universidades, que têm regulamentos e leis. Qualquer cidadão brasileiro que é fiel em suas obrigações no pagamento de seus impostos, e que cumpre as normas e leis estabelecidas para o nosso bem-estar, está livre de sua condenação, mas, tão logo as transgride, fica sujeito às suas penalidades.
Recentemente, em programa radiofônico de maior audiência no Rio de Janeiro, um jurista disse: “A lei cumprida, protege; a lei transgredida, condena”. Que bela verdade disse um homem que nem evangélico é!
Da mesma maneira ocorre com a Lei de Deus. Mesmo sem a explicação apresentada, será ilógico achar que Jesus “cancelou”, “acabou” com Sua própria lei. Primeiro, porque ela é eterna, como é eterno o nosso grande Deus. Sobretudo é o fundamento de Seu governo. Segundo, por ela será julgada toda criatura, conforme as palavras de Tiago 2:12: “Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade”. Terceiro, ela é tão importante e útil que está guardada no Céu. Observe: “E abriu-se no Céu o templo de Deus, e a arca do Seu concerto foi vista no Seu templo...” (Apoc. 11:19). Portanto, estão no Céu, dentro da arca, os originais da santa Lei de Deus, escritos pelo Seu próprio dedo. Isto é muito significativo, irmão. Queira ler: Êxo. 31:18; Deut. 10:5.
Pois bem, a finalidade da Lei de Deus é apontar, mostrar o pecado. A lei é o espelho espiritual do cristão. Se você estiver com o rosto sujo, o espelho mostra a sujeira e, então, o que faz? Lava-se, não é? O mesmo papel desempenha a Lei de Deus; ela mostra onde está sujo na vida do homem. Quando isso ocorre, a sujeira, isto é, o pecado, precisa ser removido.
Fala-se muito que estamos debaixo da Graça. Que a Graça cancelou a lei, etc. Entrementes, afirmo, com base nas Escrituras Sagradas, que a lei jamais pode ser abolida, porque se tal acontecesse não haveria a necessidade da Graça. Sim, Graça é um favor imerecido. É estendida ao homem para justificá-lo de seu pecado, quando ele expressa fé no sacrifício de Jesus.
– Que é pecado? Perguntou Billy Graham, quando de sua campanha evangelística no Rio de Janeiro em seu folheto intitulado: “Que importância você dá a Deus?” Ele mesmo responde: “Pecado é a quebra da Lei Moral... Porque todos nós temos quebrado os Dez Mandamentos...” Ele está certíssimo, porque a Bíblia revela tal verdade com estas palavras: “Qualquer que comete pecado, também transgride a Lei, porque o pecado é a transgressão da Lei” (I João 3:4 – Edição revista e atualizada). Esta é a mais clara e divina definição de pecado.
Não esqueça: a lei funciona como um espelho. Qualquer pecado na vida do homem é apontado por ela, e imediatamente ela o acusa, restando ao homem uma única saída para livrar-se de sua incômoda penalidade: recorrer à Graça de Deus, que é a aceitação do sacrifício de Jesus para sua vida.
Por conseguinte, para haver Graça, necessário é que haja pecado. E para saber se há pecado, preciso é que se tenha um código que o identifique. Por favor, irmão, preste a máxima atenção a este silogismo:
Romanos 4:15; 5:13
“Porque onde não há lei também não há pecado... mas o pecado não é imputado não havendo lei.”
Assim que, se alguém prega que a Lei de Deus foi abolida, forçosamente as pessoas terão de crer também que não existe pecado, e se assim é, todos são justos, e todos se salvarão, possuam ou não fé em Cristo, tenham ou não nascido de novo, sem a manifestação da Graça.
Sim, porque Deus não pode condenar nem destruir aqueles que não pecaram. Aceitando-se que a Lei Moral foi abolida por Cristo, não há mais necessidade de fé e muito menos angustiar-se por causa de uma perdição eterna, em chamas crepitantes, no Juízo Final. Agora observe o que diz o evangelista:
Mateus 1:21 – “E dará à luz um filho e chamará o Seu nome Jesus; porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados.”
Então, como é isso? Jesus nasceu para salvar homens do pecado?
Paulo afirma que, “...Se não há lei, também não há pecado...” (Rom. 5: 13). E se hoje em dia alega-se ter sido a lei abolida, o raciocínio lógico é que, se não há pecado (em virtude do cancelamento da Lei de Deus), não pode haver salvação, pois ela é a conseqüência da conversão do pecador. Se todos, porém, são justos (pois não há uma lei que aponte e mostre pecados), para quê salvação?
Ora, se não há salvação, que necessidade temos de Jesus? Conclui-se pela palavra dos que advogam a tese da abolição da Lei de Deus que – informa o apóstolo Paulo –, “não há pecado”. Não havendo pecado, dizemos nós, todos se salvarão, e o sacrifício de Jesus foi em vão, inútil e desnecessário, e é isso o que Satanás deseja, levando os homens a pensarem que a Lei de Deus foi abolida.
Digo-lhe irmão, fiado na Bíblia, a Lei Moral de Deus existirá sempre, enquanto houver pecado. Permanecerá ela como a expressa vontade de Deus para com o homem. Ela acusará sempre todo aquele que cometer pecado.
Saiba, meu irmão, quando se afirma que estamos livres da lei, isto é, de sua penalidade, fácil é saber se é verdade. Cumprindo os Dez Mandamentos em sua vida, a lei não o acusará. É como estar diante do espelho, e este mostra seu rosto completamente limpo. Mas, embora livre da condenação da Lei de Deus, pela justificação do sacrifício de Cristo, não quer dizer que o cristão esteja livre do pecado; em qualquer tempo que o cristão tornar a cometê-lo, novamente a lei o acusará, e assim acontecerá até a volta de Cristo, quando então, e só então e para sempre, será banido o pecado desta Terra. Depois leia estes textos: I. S. João 1:8,10. João 8:7.
Agora ouça, amado irmão, de que adianta dizer-se justificado, salvo pela Graça, e guardar apenas nove mandamentos, como é o caso de muitos, se a lei é composta de dez? Para estes há uma dura palavra na Bíblia:

Tiago 2:10 – “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.”
Se a Bíblia diz que “pecado é a transgressão da lei”, portanto, mesmo sendo apenas um mandamento quebrado, o pecado torna-se patente na vida do transgressor, pois para Deus o pecado não tem categoria nem tamanho. Pecado é pecado! Ouça:
I João 2:3 e 4 – “E nisto sabemos que o conhecemos, se guardamos os Seus mandamentos; aquele que diz: Eu conheço-O e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso e nele não está a verdade.”
Percebe como é grave a situação? Meu amado, se à luz desta dura palavra, e se a Lei de Deus lhe mostra alguma transgressão, lave-se no sangue de Jesus, seja forte, decida-se. Pois a Bíblia determina:
Eclesiastes 12:13 – “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os Seus mandamentos, porque este é o dever de todo homem.”
Jesus disse ao jovem rico: “... se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos” (Mat. 19:17).
Você irmão, só terá absoluta certeza de que a lei não o acusa, se estiver guardando os Dez Mandamentos de que ela é composta. Esta é a única maneira de certificar-se de estar livre de sua condenação.
Alguém poderá dizer, como já ouvi: “Isso é legalismo”! Eu responderei: “Isso é o que diz a Bíblia”, e eu creio nela. Outros dizem: “Ninguém pode guardar toda a lei”. Assim agem, porque não depositam em Deus suas fraquezas, para dEle receber força. Isso dizem os que limitam o poder de Deus. Isso dizem os cristãos de pequena fé. Isso dizem os que não querem ver os milagres de Deus.
Caro irmão, quer ser vitorioso e forte para poder guardar a Lei de Deus? Leia Filipenses 4:13, Mateus 6:33, Isaías 49:15 e 16. Leia várias vezes. Ore. E o Deus do Céu o abençoará ricamente. Se tomar a decisão de ser fiel a Deus nesta parte da Bíblia, reclame de Deus a Sua bênção. Glória a Deus! Aleluia!

SANTIDADE NO SANTUÁRIO
Para o gentio – O acampamento era santo
Para o israelita – O pátio era santo
Para o sacerdote – O primeiro compartimento era santo
Para o Sumo Sacerdote – O segundo compartimento era santo
No segundo compartimento – A Arca era santa
Na Arca – A lei era santa
Na Lei – O quarto mandamento é santo (contém a assinatura de Deus)
O gentio – podia entrar no acampamento para fazer negócio, mas não poderia passar a noite
O pecador – podia entrar no pátio só para levar oferta
O Sacerdote – podia entrar no lugar Santo só em serviço
O Sumo Sacerdote – podia entrar no santuário, só no Dia da Expiação

Hoje, porém, todos podem, no Sábado, entrar no Santuário para encontrar-se com o Todo-Poderoso. Amém!

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE A LEI CERIMONIAL

Quando você, irmão, repete as palavras de João: “... Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29), bem pode desconhecer suas raízes que, reportadas ao passado, alcançam o Éden. Esta expressão singela e sublime provém do âmago da Lei Cerimonial – o Sistema Provisório judaico.
Após a transgressão expressa à vontade do Criador, Adão experimentou, traumatizado, o impacto da morte de um cordeirinho, para sua pele servir-lhe de agasalho. Aquele animalzinho a seus pés, inerte, sem vida, era uma cena dantesca jamais experimentada; fugia à sua percepção. Indagativo imagina: Não viverá mais? Por que morreu? Esses pensamentos devem tê-lo perseguido por todo o tempo em que, agasalhado com a pele da indefesa vítima, protegia seu corpo da friagem noturna. Para Adão, o cordeiro morto foi uma experiência amarga, porém compreendia agora que a transgressão ocasiona a morte.
Sim, as palavras divinas: “... no dia em que nela tocares (árvore da ciência do bem e do mal) certamente morrerás” (Gên. 2:17), encontram ressonância nos escaninhos de sua alma. A morte, desconhecida para Adão, transforma-se em um espectro terrificante.
Por outro lado, Adão compreende também que o cordeirinho morto é um símbolo do Salvador que Deus prometeu enviar para resgatar o homem da maldição do pecado. O sangue que corria do indefeso animal morto prefigurava o sangue imaculado do Filho de Deus, que um dia morreria de braços abertos em uma cruz, como emblema eterno de vitória.
Com o pecado, interrompeu-se temporariamente o relacionamento íntimo que Adão e Eva entretinham com o Senhor “... pela viração do dia... ” (Gên. 3:8). O Céu distanciou-se da Terra, e esta, que deveria ser uma extensão do Céu, ficou separada da família celestial, por um grande abismo.
Entretanto, o amor de Deus não deixaria o homem só, e, já que pessoalmente não poderia privar de Sua companhia, manifestar-Se-ia ao Seu povo de outra maneira. Daí ordenar a Moisés: “E Me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êxo. 25:8). Este santuário era comumente chamado de tabernáculo. Era uma tenda com paredes de madeira, tendo o forro quatro camadas de materiais. Media 6x18m, e o pátio 30x60m. Era uma casa móvel. Quando de sua construção, Israel jornadeava pelo deserto. As tábuas não eram pregadas uma à outra, mas separadas e cada uma delas ficava em pé por meio de uma base de prata. O pátio era cercado com cortinas que pendiam de pilares fixos em base de cobre (Êxo. 38:9-20).
“O edifício inteiro, conquanto formoso e magnífico em suas linhas, revelava sua natureza transitória. Destinava-se a servir somente até ao tempo em que Israel se estabelecesse na Terra Prometida e um edifício de natureza mais estável pudesse ser erigido.” – O Ritual do Santuário, M.L. Andreasen, pág. 22.
Como de fato aconteceu mais tarde, com o suntuoso Templo de Salomão, substituído pelo de Zorobabel e este pelo de Herodes, que foi destruído no ano 70 d.C., em cumprimento à profecia de Nosso Senhor (Mat. 24:2).
O tabernáculo possuía dois compartimentos, separados por uma riquíssima cortina, também chamada véu. O primeiro compartimento era maior e chamado Lugar Santo, e tinha três utensílios: a mesa dos pães da proposição, o castiçal com 7 lâmpadas e o altar de incenso. O segundo compartimento era menor e chamava-se Lugar Santíssimo. Nele somente existia uma peça de mobiliário – a Arca do Concerto. Era em forma de caixa e media 1,00 x 0,60cm, mais ou menos. Sua cobertura chamava-se propiciatório. Sobre ele havia dois querubins (anjos) de ouro em “obra batida”, ficando um de cada lado, cobrindo-o com suas asas. Exatamente sobre o propiciatório, Deus Se comunicava com Seus filhos (Êxo. 25:22). Dentro da arca estavam as duas tábuas de pedra onde Deus havia escrito, com Seu próprio dedo, os Dez Mandamentos.
No pátio defronte existia uma pia gigante, onde os sacerdotes lavavam as mãos e os pés antes do serviço religioso. Também ficava no pátio o altar dos holocaustos. Nele se efetuavam todas as ofertas sacrificiais. Media mais ou menos, 3,00 x 3,00 m, com 1,50 m de altura e todo coberto de bronze (Êxo. 27:1).
Pronto o tabernáculo, foi estabelecido o sacerdócio, e, este recaiu sobre a tribo de Levi, sendo consagrados a este ministério Arão e seus filhos. Foi determinado o cerimonial, que consistia de ofertas queimadas, pacíficas, de manjares, pelo pecado e pelas culpas. Mais o serviço diário, o holocausto da tarde e da manhã, ininterruptamente; o dia da expiação e as festas de santas convocações, que eram em número de sete, conforme encontradas em Levítico 23; e os dias em que caíam, eram considerados sábados, por serem feriados religiosos revestidos de toda a solenidade e santidade do Sábado do sétimo dia da semana (Isa. 1:13, 14; Osé. 2:11).
Estas festas eram: A páscoa, e dela só podia participar o israelita que entrou para o judaísmo pelo ritual da circuncisão. Festa dos pães asmos, festa das primícias (Pentecostes), memória da jubilação (festa das trombetas), dia da expiação, primeiro dia da festa dos tabernáculos e o último dia desta festa.
Anexo a todo este cerimonial complexo e esplendoroso, estava o ritual da circuncisão que, dentre todos, parece aquele a que mais se apegaram os judeus.
No primeiro compartimento, ministrava o sacerdote, diariamente. No Lugar Santíssimo (2º compartimento), ministrava apenas o sumo-sacerdote, e uma só vez ao ano, no dia da expiação, o Yom Kipper (Yom Kippur – 10º dia do 7º mês).
Assim, caro irmão, resumido, apresentei-lhe este conjunto maravilhoso de cerimônias e ordenanças estatuídas por Deus, revestidas de um profundo significado e todas sendo sombra e figura do Messias Jesus e de Sua obra expiatória e redentora do homem. (Leia Heb. 7-9).
Entre todas as cerimônias, destaco a mais impressionante, bela e terrível pelo seu significado, cuja exigência era o derramamento de sangue. Trata-se do Sistema Sacrifical. Era o seguinte: Quando algum israelita pecasse, ele deveria morrer, pois assim reclamava a lei. Veja:
Ezequiel 18:20 – “... toda alma (pessoa) que pecar, essa morrerá.”
Entrementes, Deus permitia que o pecador trouxesse ao templo uma oferta (animal), pelo seu pecado, que se transformaria em um substituto e morreria em seu lugar. O primeiro requisito do ritual do sacrifício consistia em o pecador colocar o animal sobre o altar no pátio do tabernáculo, diante do sacerdote, colocar suas mãos sobre a cabeça do animal, confessar seu pecado e, a seguir, com suas próprias mãos, imolar a indefesa vítima. Com isso, desejava Deus incutir na mente de Seu povo que, o perdão só pode ser obtido unicamente pela confissão e intercessão do sangue. Também visava o Senhor ensinar, através desse ritual marcante, a repulsa pelo pecado. Queria Deus que a aversão ao pecado fosse tão grande que os homens procurassem evitá-lo.
“Nenhuma pessoa normal tem prazer de matar um animal indefeso e inocente e isso de modo especial se compreender que é por causa de seus próprios pecados que o animal deve morrer.” – O Ritual do Santuário, M.L. Andreasen, pág. 43.
Essa era uma das grandes lições do Sistema Sacrifical: ensinar o sacerdote e o povo em geral a aborrecer e a fugir do pecado. Porém, a maior lição que o Senhor desejava impor é que um dia o verdadeiro Cordeiro morreria por ele e nós: Jesus Cristo.
Belo, horrível e impressionante como era esse ritual, deveria produzir nos circunstantes o arrependimento e a tristeza pelo pecado, fato que, lamentavelmente, tornou-se raro.
Esse Sistema Sacrifical era, para os judeus, o seu evangelho. Evangelho que profetizava claramente o advento do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” João 1:29.
Positivamente, às 15:00 horas de uma sexta-feira, há 20 séculos, Jesus, pendente na cruz, exclama entre gritos lancinantes: “... Está consumado...” (João 19:30). Morria para dar vida a milhares que nEle crêem. Miraculosamente rasga-se o véu do templo que separava o lugar Santo do Santíssimo, de alto a baixo (Luc. 23:45); o cordeirinho que estava amarrado sobre o altar para o sacrifício da tarde solta-se, por mãos invisíveis, e foge, deixando o sacerdote espavorido, enquanto lá, no Gólgota, o centurião romano exclama: “...Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus” (Mar. 15:39). Toda a natureza demonstra repulsa pelo quadro pavoroso. O Sol retirou sua luz, os elementos entraram em comoção, provocando estranhos terremotos. O vento sibilava furiosamente. Era o Criador que morria.
Assim, amado irmão, chegou ao fim a Lei Cerimonial, cravada ali naquela cruz sangrenta. Todo aquele sistema ritualístico que prefigurava este inolvidável acontecimento do Calvário cessava, tornando-se obsoleto, porque Jesus veio, morreu e venceu, e disso certifica Paulo ao declarar:
Colossenses 2:14 – “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.”
Efésios 2:15 – “Na Sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças...”



Assim como as professoras ensinam as crianças com figuras e flanelógrafos, o Senhor Deus expôs o grande Plano da Redenção através do santuário e seus símbolos. Os pães da proposição significavam que “Jesus é o pão da vida” (João 6:48).
O candelabro com 7 lâmpadas acesas significava que “Jesus é a luz do mundo” (João 8:12). O incenso queimado no altar, sua fumaça simbolizava os méritos de Cristo.
A função de sacerdote seria desempenhada por Jesus ao ascender ao Céu, e a de Sumo Sacerdote após o ano de 1844, quando se deu a purificação do santuário celestial (Heb. 4:14).
Sim irmão, tais detalhes revelam o glorioso Plano de Redenção da raça humana. O salmista tem razão ao afirmar: “O Teu caminho ó, Deus, está no Santuário...” Salmo 77:13.

A VERDADE SOBRE A MUDANÇA DA LEI MORAL

Aproximadamente há dois milênios atrás eclodiu no espaço, pela boca de Pilatos diante de Jesus, a milenar pergunta registrada em João 18:37 e 38: “...que é a verdade?”Pilatos quis saber o que é a verdade, estando diante dela, sem, contudo, dela fazer caso. A busca da verdade é a tônica desta geração desencontrada. Churchill disse certa ocasião: “De vez em quando os homens tropeçam na verdade e bem depressa se levantam, como se nada houvesse acontecido.”
O profeta Isaías, pela inspiração divina, diz que, “... a verdade anda tropeçando pelas ruas...” (Isa. 59:14 e 15). A busca da verdade que fazem hoje os que dizem almejá-la é feita apenas por parte. A verdade está ao alcance de todos e são muitos os que passam por ela, não fazendo nenhum esforço por obedecê-la. Fecham o coração, ouvidos e olhos. Rejeitam assim a oportunidade de descobrir o que é a Verdade. É necessário encontrar a verdade, e Jesus assegura:
João 8:32
“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”
Conclui-se então que, se a verdade liberta, o homem efetivamente está preso. E, preso a quê? Ao pecado, aos vícios, erros, à ignorância, preso a alguma religião por tradição, sentimentalismo, obrigação ou camaradagem.
A verdade de cada um assume proporções grandiosas quando em choque com outras verdades. São as verdades particulares de cada qual. E são defendidas com todo ardor. E há até os que se sacrificam para defender a verdade que aceitam. Daí a grande necessidade de encontrar a verdade que só Deus tem e pode santificar, libertar, trazer paz, felicidade e salvação.
É comum ouvir-se cristãos, das mais variadas Igrejas Evangélicas, defenderem fervorosamente a idéia de que possuem a verdade, o que em parte é aceitável. Assim levantam-se todos a uma voz e gritam: “Nós estamos com a verdade!” Não descreio, porque Jesus Cristo é a verdade. Deus é a verdade. A Bíblia é a verdade. E quem se fundamenta nestas verdades pode enunciar possuí-las. – Mas... pergunto: É somente isso a verdade de Deus? O que é a verdade para Deus?
Antes de continuar, irmão, raciocine comigo: O que é uma casa? Certamente, para ser uma casa, é preciso que se tenha: piso, paredes, teto, compartimentos, etc... Havendo apenas paredes e piso, não se pode dizer que seja uma casa. O máximo que se pode admitir é ser uma casa incompleta.
Uma árvore também, para ser considerada como tal, terá que ter raízes, tronco, folhas, etc. Tendo apenas raízes e um tronco quebrado ou cortado não é em si mesma uma árvore, mas um pedaço de árvore. Assim, irmão, a verdade que Deus deseja que o homem encontre é um conjunto de verdades que em si forma a verdade pura e cristalina que restaura, liberta, santifica e salva. E, esta verdade completa, é apresentada pela Bíblia como sendo um conjunto de cinco partes, que formam, portanto, a verdade total de Deus.

Primeira – Deus é a verdade (Isa. 65:16).
Segunda – Jesus Cristo é a verdade (João 14:6).
Terceira – O Espírito Santo é a verdade (João 16:13).
Quarta – A Bíblia é a verdade (João 17:17).
Se você irmão, tem, crê e vive estas verdades, está no caminho, mas... ainda lhe falta alguma coisa, e esta é a:
Quinta – A Lei de Deus é a verdade (Sal. 119:142).
Eis aqui, amado, a verdade completa, apresentada pela santa Bíblia. Mas, lamentavelmente, uma verdade deste conjunto glorioso está sendo desprezada. Uma destas verdades santificadoras foi lançada por terra (Dan. 8:12), e poucos são os que a têm levantado, reconduzindo-a ao seu devido lugar.
A Lei de Deus dos Dez Mandamentos tem sido ridicularizada e desdenhada, e isso para alegria de todos os demônios. O profeta Daniel, quase 600 anos antes de Jesus nascer, profetizou esta atrocidade dizendo:
Daniel 7:25
“E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a Lei...”
Sim, a Lei de Deus foi alterada, arrancaram de lá o Sábado e colocaram em seu lugar um dia espúrio, estranho à Palavra de Deus. Todas as desculpas e suposições podem ser levantadas para a defesa do cancelamento do Sábado como dia santificado de guarda, porém, ficará patente, sempre e eternamente, que ele foi cancelado pelo homem e não por Deus.
Sim, digo-o outra vez, uma destas verdades está lançada ao chão e disso os cristãos sinceros e leais têm que se conscientizar. Deus espera que nos levantemos em favor de Sua santa Lei.
Caro irmão, nada existe de mais precioso que andar na luz. Quando isso ocorre, fogem as dúvidas e intranqüilidades. A verdade borbulha quando exposta e submetida ao crivo das Escrituras. E ela só deixará de ser uma teoria para o cristão, quando este, humildemente, ao descobri-la, decidir observá-la, mesmo perseguido ou chacoteado. O cristão que se prepara para o Céu não se intimida nem se envergonha de tomar decisões firmes ao lado da verdade global de Deus.
Muitos hoje, despercebidamente, ensinam que não importa o que se creia, desde que seja sincero. Este é um pensamento criminoso que não tem base escriturística. Ninguém será salvo, crendo numa mentira, mesmo que o faça com toda a sinceridade de seu coração.
Em tempos de ignorância (desconhecimento da verdade divina) Deus tolera o que, de outro modo seria pecado, mas, chegando a luz, a vontade de Deus fica às claras, e há perigo em fazê-la pela metade, e quem o afirma é Jesus, ouça:
João 15:22
“Se Eu não viera, nem lhes houvera falado, não teriam pecado, mas agora não tem desculpa do seu pecado.”
O conjunto global que compõe a verdade completa de Deus foi fragmentado, modificado, e isso não é novidade para os cristãos que conhecem as profecias da Bíblia, porque está escrito no livro do profeta Daniel, com clareza meridiana, que tal fato se daria:
Daniel 8:12
“...e lançou a verdade por terra, fez isso e prosperou.”
Veja você, irmão, que tal declaração merece crédito, primeiro porque é bíblica; segundo, porque é confirmada pela história universal. Observe:
No ano 31 d.C. deu-se a morte de Jesus, e nesta época, a Verdade completa de Deus estava de pé, ou seja: não tinha sido ainda “lançada por terra.”
No ano 58 d.C., a Igreja Apostólica mantinha ainda de pé esta verdade sacrossanta, embora Paulo advertisse profeticamente:
Atos 20:29-30 – “Porque eu sei isto, que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho; e que dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.”
No ano 62 d.C., ainda continuava de pé a verdade, e neste ano Paulo assevera com todo zelo, instruindo os discípulos que alguém se atreveria contra a verdade de Deus para lançá-la por terra. Note:
II Tessalonicenses 2:3-4
“Ninguém de maneira alguma vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição; o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.”
No ano 100 d.C., a verdade ainda continuava de pé. Foi por volta deste ano que morreu João, o último dos apóstolos, outro defensor intransigente da verdade completa.
A verdade global de Deus vai avançando intacta pelos anos, apesar da apostasia do 2º e 3º séculos. A partir, porém, do 4º século, o cumprimento das profecias de Daniel e Paulo vai ocorrer. Fique atento.
Na primeira parte do 4º século, o imperador romano Constantino diz que se convertera ao cristianismo, porém isso não passou de manobra política, com interesses pessoais, porque (dizem), de fato, seu coração permaneceu pagão. No ano 321, exatamente aos 7 de Março, Constantino, o Grande, lavra o seguinte edito:
“Que os juízes e o povo das cidades, bem como os comerciantes, repousem no venerável dia do Sol; aos moradores dos campos, porém, conceda-se atender livre e desembaraçadamente aos cuidados de sua lavoura, visto suceder freqüentemente não haver dia mais adequado à semeadura e ao plantio das vinhas, pelo que não convém deixar passar a ocasião oportuna e privar-se a gente das provisões deparadas pelo Céu.” – Corpus Juris Civillis Cord. Liv. 3, Tit. 12,3
O original encontra-se na Biblioteca de Harward-College (Univ. Livre de Cambridge, EUA)
Esta foi a primeira lei original do domingo na Terra e modelo de todas as leis dominicais que se seguiriam. Este edito uniu a Igreja Cristã e o Estado Romano. Fundiam-se o poder político e o religioso. Estava aberto o caminho para a fraude. A verdade global de Deus começa a perigar, e o domingo inicia sua escalada para enganar a cristandade, tomando o lugar do santo Sábado do Senhor.
Havia cristãos, porém, que guardavam o Sábado e o domingo paralelamente. Assim satisfaziam a “gregos e troianos”, e outros, para livrarem a pele, obedeciam ao imperador que, dando rédeas aos seus planos, revelando zelo e temor que o povo viesse adorar deuses pagãos (?), trouxe para dentro da Igreja Cristã imagens da virgem Maria, de Cristo e dos apóstolos. “Os dias de festa dos pagãos foram dedicados ao serviço de Deus”. Entre estes, o destaque era para o “deus Sol”, que, do dia de domingo se fez senhor, tornando-o santo e reverenciado pela cristandade até hoje.
Os antigos antepassados da humanidade adoravam o Sol no primeiro dia da semana. O deus Sol, era como o chamavam. O Egito, foi, na antiguidade, o foco central de adoração ao Sol, que recebeu o nome de Amon-Rá.
Os gregos e romanos também adoravam o Sol – o deus Mitra, no primeiro dia da semana. Os babilônios dedicavam o primeiro dia da semana ao culto do Sol. No ano 274 a.D., o imperador Aureliano também “adotou o culto do Sol como a religião oficial do Império Romano”, do qual Constantino também era adorador. O primeiro dia da semana foi assim dedicado ao culto do sol – Sol Invicto, que por isso era chamado no Latim dies solis – dia do Sol. O vocábulo inglês para domingo é SUNDAY e quer dizer: Dia do Sol.
Não há dúvidas que a observância do domingo como dia santo tem suas raízes e origens no paganismo.
Leia como famosas Enciclopédias confirmam isto. No artigo domingo, dizem:
“A mais antiga documentação da observância do domingo como imposição legal é o edito de Constantino, em 321 d.C., que decreta que as cortes de justiça, os habitantes das cidades e o comércio em geral, devessem repousar no domingo (venerabili die solis), excetuando-se apenas os que se empenhavam em trabalhos agrícolas.” – Enciclopédia Britânica, Nona Edição.
“Constantino, o grande, fez uma lei para todo o Império (321 d.C.), estatuindo que o domingo fosse observado como dia de repouso em todas as cidades e vilas; mas permitindo que os camponeses prosseguissem em seus trabalhos.” – Enciclopédia Americana.

Com sua licença, abro um parêntese especial para dizer-lhe que o próprio Cardeal Gibbons, primaz da Igreja Católica Romana nos Estados Unidos, afirmou:
“Podereis ler a Bíblia do Gênesis ao Apocalipse e não encontrareis uma única linha que autorize a santificação do domingo. As Escrituras ordenam a observância do Sábado, dia que nós nunca santificamos.” – Faith of Our Fathers, pág. 89. Grifos meus.
Finalmente irmão, no Concílio de Laodicéia, no ano 364 d.C., a Igreja Romana transferiu definitivamente a solenidade do Sábado para o domingo, agora como dia santificado e obrigatório para todos os cristãos. Está portanto cumprida a profecia (Dan. 8:12; 7:25). Eis o referido decreto:
“Os cristãos não devem judaizar [guardar o Sábado], ou estar ociosos no Sábado, mas trabalhando nesse dia; o dia do Senhor (domingo), entretanto, honrarão especialmente, e como cristãos não devem, se possível, fazer qualquer trabalho nele. Se, porém, forem apanhados judaizando, serão separados de Cristo.” – Cânon 29 do Concílio de Laodicéia.
A verdade foi assim lançada por terra. Isto é: a Lei de Deus, escrita por Seu próprio dedo, duas vezes, em tábuas de pedra, foi alterada pelo homem e hoje são milhões os que aceitam essa infeliz modificação.
O poder profetizado por Paulo em II Tessalonicenses 2:3 e 4, modificou os Dez Mandamentos a seu bel-prazer. Como quis, alterou, trocou, retirou, mudou, transferiu, “pintou e bordou” com a única parte da Bíblia que Deus não permitiu o homem escrever; e os cristãos, que deveriam posicionar-se contra, aceitaram, em parte, este crime cometido contra a Lei de Deus. Ora, aceitando parte, também é uma contribuição à destruição do todo (Tiago 2:10).

Veja, a seguir, as duas leis e, sinta como o homem se colocou acima de Deus, depois decida. Se for correto, aceite a lei maior... a de Deus.
Prepare-se.

A LEI DE DEUS FALSIFICADA PELO HOMEM
Segundo o Catecismo da Doutrina Cristã, pág. 9,
Edição Oficial, 1930.
I
Amar a Deus sobre todas as coisas.
II
Não tomar Seu santo nome em vão.
III
Guardar domingos e festas.
IV
Honrar pai e mãe.
V
Não matar.
VI
Não pecar contra a castidade.
VII
Não furtar.
VIII
Não levantar falso testemunho.
IX
Não desejar a mulher do próximo.
X
Não cobiçar as coisas alheias.

= 46 Palavras
Suprimido o segundo mandamento, ficaram nove; para completar os dez, dividiu-se o décimo em dois. Foi trocado o Sábado pelo domingo, modificou-se o primeiro mandamento, para que coadunasse com a retirada do segundo. Que fantástico cumprimento profético!
Daniel 8:12; Daniel 7:25; II Tessalonicenses 2:3 e 4.

“A igreja após trocar o dia de descanso do Sábado dos judeus, ou o sétimo dia da semana, para o primeiro dia, fez o terceiro mandamento e se refere ao domingo que seja mantido sagrado como o Dia do Senhor.” – Enciclopédia Católica, Vol. 4, pág. 153.

A LEGÍTIMA LEI DE DEUS – Êxodo 20:3-17
I
Não terás outros deuses diante de Mim.
II
Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na Terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia em milhares aos que Me amam e guardam os Meus mandamentos.
III
Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão.
IV
Lembra-te do dia de Sábado para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o Sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro de tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os Céus e a Terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o Senhor o dia do Sábado e o santificou.
V
Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na Terra que o Senhor teu Deus, te dá.
VI
Não matarás.
VII
Não adulterarás.
VIII
Não furtarás.
XI
Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
X
Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

280 Palavras

Será que este poder religioso que iludiu os cristãos achou-se maior que o Rei? Lançou-Lhe a pecha de incúrio? Achou que Deus deveria ser suscinto, ou Se fez multiplicador de palavras? Incrível!

DEUS É SUA LEI É
Santo
Justo
Bom
Eterno
Imutável Lev. 19:2
Sal. 145:17
Sal. 34:8
Isa. 40:28
Tia. 1:17; Mal. 3:6 Santa
Justa
Boa
Eterna
Imutável Rom. 7:12
Rom. 7:12; Sal. 119:172
Rom. 7:12 e 16
Sal. 119:144; Mat. 5:18
Sal. 89:34

OBSERVAÇÕES:
Profecia de que a lei de Deus seria mudada........................Dan. 7:25
O transgressor da Lei de Deus, consciente, até
sua oração é abominável ....................................................Prov. 28:9
Quem será justificado? Os que ouvem ou os que
praticam (guardam) a lei? ..................................................Rom. 2:13
Requisito básico para quem pretende ensinar a verdade.......Isa. 8:20
Os hinos 138 e 468 do Cantor Cristão falam da Lei de Deus (Êxo. 20:3-17)

CURIOSIDADE:
A Primeira Igreja Batista de Niterói distribuiu recentemente o folheto “Os Dez Mandamentos”, com carimbo-convite (guardo no arquivo um exemplar). Consideremos:
Distribuir tal literatura, inda mais com o carimbo da igreja, com dia e hora de culto, é sinal contundente de que aquela mensagem é certa, e é o que a igreja deseja para quem irá recebê-la. Ora, imaginemos que alguém recebe um destes convites, e vai ao culto. Por fim, vê que aquela igreja, apesar de distribuir uma literatura onde realça a vigência e santidade do Sábado bíblico, como confirma o folheto, ao dizer no rodapé: “Esta seleção bíblica é parte das Escrituras Sagradas – Êxodo 20:1-17”. No entanto, a Igreja Batista guarda o domingo! Como dizer isso aos visitantes?
Se a igreja disser que o referido folheto está errado, cairá em contradição, pois então estaria dando uma mensagem errada. Se afirmar que o Sábado foi mudado por quaisquer motivos, a contradição continua, pois não existe nenhuma passagem na Bíblia que consigne tal modificação.
Então, que dirá a igreja? Que a lei foi abolida? Mas como? Distribuir literatura cuja mensagem está revogada, inda mais com carimbo indicativo do dia e hora do culto?
O Sábado não foi cancelado, nem abolido! A lei, sim, foi alterada, e os evangélicos sabem disso, mas não se decidem a tomar posição definida em favor do Autor da lei.
Que não seja assim com você, irmão! (Leia algo interessante na pág. 137).

SÓ RELEMBRANDO:
Que é pecado? – Resposta: “Transgressão da Lei de Deus” (I João 3:4 – Versão Rev. e Atualizada).
Dizem que Jesus aboliu a Lei de Deus. – Paulo porém diz: “... onde não há lei, não existe pecado” (Rom. 4:15; 5:13).
A Bíblia fala que Jesus salvará o povo de seus pecados (Mat. 1:21). – Entretanto, abolida a lei, o pecado desaparece; sem pecado, todos tornam-se justos, não há então necessidade de salvação. Não havendo salvação, Jesus para nada vale, e Seu sacrifício foi em vão. Vê o engodo satânico?!
Que os cristãos ergam o estandarte ensanguentado do Filho de Deus, posicionando-se ao lado de Sua santa Lei, com coragem e bravura.

PARA FIXAR
Somente três coisas fez Deus com Suas próprias mãos:
O homem (Gên. 2:7), a mulher (Gên. 2:21), e a Lei Moral (Êxo. 31:18).
Quando o homem pecou, Jesus morreu em seu lugar, para satisfazer a exigência da lei, provando a eternidade deste código moral de conduta. Nada o pode mudar. Ninguém o pode alterar. Deus o fez para nortear e proteger o homem, e isso para todo o sempre (Isa. 66:22 e 23; Mat. 5:17 e 18).
“O nosso amor a Deus encontra a sua manifestação na observância aos mandamentos de Deus... Obediência aos mandamentos de Deus em imitação de Cristo... Assim sendo, ele (o apóstolo João) ordena aos homens que dêem prova do seu conhecimento de Deus. Para saberem de certo se têm ou não o conhecimento de Deus, a prova é simples – guardam os mandamentos de Deus?” – Pr. Myer Pearlman (teólogo Assembleano), Através da Bíblia, págs. 344, 341. (referindo-se a I João 2: 2-6 e 5: 2-3). Grifos meus.
Os huguenotes, albigenses e valdenses, que recusaram veementemente a mudança da Lei de Deus, guardaram o Sábado, mais de mil anos depois que a Igreja Romana o subverteu, pois estes povos preservaram as Escrituras em sua pureza original.
Na Etiópia, no Século XVII, o Sábado era observado como memorial da criação.
“Os Dez Mandamentos são um código de princípios, não de regras e regulamentos, de ‘faça isto’ e ‘não faça aquilo’. Deus deseja que esses princípios se tornem os princípios evidenciados em nosso caráter.” – Lição da Escola Sabatina, nº 7, 24/8/1984.

CONTRASTE ENTRE AS DUAS LEIS

LEI MORAL
1 – Proclamada pelo próprio Deus (Êxo. 20:1,22).
2 – Escrita por Deus (Êxo. 31:18; Deut. 9:10).
3 – Escrita em tábuas de pedra (Êxo. 31:18).
4 – Entregue por Deus, Seu escritor, a Moisés (Êxo. 31:18).
5 – Depositada por Moisés “dentro da arca” (Deut. 10:5).
6 – Tem que ver com preceitos morais (Êxo. 20:3-17).
7 – Mostra o pecado (Rom. 7:7).
8 – Seu quebrantamento é pecado (I João 3:4).
9 – É preciso “guardar toda lei” (Tiago 2:10).
10 – Porque “devemos ser julgados” por esta lei (Tiago 2:12).
11 – O cristão que guarda esta lei é bem-aventurado (Tiago 1:25).
12 – “Lei perfeita da liberdade” (Tiago 1:25 comp. Tiago 2:12).
13 – Paulo tinha prazer nesta lei (Rom. 7:22 – comp. c/ Rom. 5:7).
14 – Estabelecida pela fé em Cristo (Rom. 3:31).
15 – Cristo devia “engrandecer” a lei, e fazê-la gloriosa (Isa. 42:21).
16 – “Sabemos que a lei é espiritual” (Rom. 7:14 comp. c/ v. 7).
17 – É estabelecida na dispensação evangélica (Rom. 3:31).
18 – É uma lei eterna, inab-rogável (Mat. 5:18).
19 – Não pode ser mudada (Luc. 16:17).
20 – Contém um Sábado semanal (Êxo. 20:8-11).
21 – Contém um Sábado que continuará, mesmo na eternidade (Isa. 66:23).

“Nós não podemos compreender a salvação sem entender a Lei de Deus...Deus revela Sua vontade, no tocante ao procedimento do homem, por meio dos mandamentos que lhe apresenta... O propósito da lei é fazer com que os homens sintam sua necessidade de Jesus Cristo e do Seu evangelho de perdão... Pela lei vem o conhecimento do pecado. Os homens precisam buscar a Deus, reconhecendo-se pecadores, ou seja, criaturas que sabem ter desobedecido a lei e o governo de Deus, reconhecendo-se verdadeiros inimigos do próprio Deus pelo desrespeito às Suas leis.” – Pr. Harold J. Brokle, ( teólogo Assembleano), Prosperidade Pela Obediência, págs. 14, 15, 16, 17.
“Os mandamentos de Deus são cercas, por assim dizer, que impedem ao homem entrar em território perigoso e dessa maneira sofrer prejuízo para sua alma.” – Pr. Myer Pearlman (teólogo Assembleano), Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, pág. 91.
“O Decálogo – o fundamento do pacto é o mais essencial da lei, como também a condição para vida e felicidade.” – Pr. Carlo Johansson (teólogo Assembleano) Síntese Bíblica do Velho Testamento, pág. 116.


LEI CERIMONIAL
1 – Anunciada por Moisés (Êxo. 24:3).
2 – Escrita por Moisés (Êxo. 24:4; Deut. 31:19).
3 – Escrita em um livro (Êxo. 24:4,7; Deut. 31:24).
4 – Entregue por Moisés, seu escritor, aos levitas (Deut. 31:25 e 26).
5 – Depositada pelos levitas “fora da arca” (Deut. 31:26).
6 – Trata com matéria cerimonial e ritual (Lev. 23).
7 – Prescreve ofertas para o pecado (Ler todo o livro de Lev.).
8 – Não há nenhum pecado em quebrá-la; foi abolida (Efé. 2:15; Col. 2:14).
9 – Os apóstolos não deram ordens para guardá-la (Atos 15:24).
10 – Não seremos julgados por esta lei (Col. 2:16).
11 – O cristão que guarda esta lei não é abençoado (Gál. 5:1-6).
12 – O cristão que guarda esta lei perde a liberdade (Gál. 5:1,3).
13 – Paulo classificou-a de jugo de servidão (Gál. 5:1 ver Atos 15:10).
14 – Abolida por Cristo (Efé. 2:15).
15 – Cristo riscou “a cédula que era contra nós...” (Col. 2:14).
16 – “Lei do mandamento carnal” (Heb. 7:16).
17 – Foi abolida na dispensação evangélica (Efé. 2:15).
18 – Constitui-se em mera sombra das coisas futuras (Heb. 10:1)
19 – Foi mudada por necessidade (Heb. 7:12).
20 – Continha Sábados anuais (Lev. 23:24, 27, 32, 39).
21 – Abrigava sábados cerimoniais que cessaram na cruz (Col.2:14-17).

“Os Dez Mandamentos foram escritos em tábuas: uma em relação a Deus e outra em relação ao próximo. Na primeira tábua as diretrizes que nos ensinam a reverenciar a Deus e na segunda a respeitar ao próximo. São princípios eternos de Deus, portanto, imutáveis.” – Pastor Fanini (Teólogo Batista), Dez Passos Para Uma Vida Melhor, pág. 21.
“O homem não pode entender verdadeiramentte a cruz de Cristo sem primeiro entender a Lei de Deus. O pecado é a transgressão da lei ... e esta declara que estamos sob sentença de condenação. O homem é um criminoso diante do tribunal de juízo de Deus... Quando olhamos para a cruz e vemos Cristo morrendo ali, somos admoestados pelas Escrituras a nos ver, não só perdoados por causa do sangue derramado, mas também condenados à morte com Cristo. Aqui a lei e a cruz combinam em divina harmonia. Tanto a lei como a cruz de Cristo condena à morte o velho eu egoísta.” – Haroldo J. Brokke, A Lei é Santa, págs. 136-137.

QUANDO FOI “ENTERRADA” A LEI CERIMONIAL?

Mateus 24:2 – “... Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.”
Mateus 24:15 – “Quando pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda.”
A profecia de Mateus 24 é impressionante. Afinal, foi pronunciada pelos santos lábios do Senhor Jesus. Foi o último sermão do Senhor Jesus. Se você quiser conhecê-la em detalhes, leia meu livro O Sexto Milênio.
O último procurador romano na Judéia (64-66 d.C.), foi Géssio Floro. Homem mau e injusto, cometeu muitos abusos e crimes em Jerusalém e noutras cidades da Palestina, fazendo nascer tremendo ódio entre os judeus que se insurgiram contra ele, criando grupos rebeldes e também criminosos. Roma teria de enviar exércitos para combater estes revoltosos. E o fez. Sitiaram Jerusalém.
Em 7/11/66 d.C., o General romano Céstius Gallus, sem nenhuma razão aparente, retira-se de Jerusalém com seus exércitos. Era o sinal que os discípulos, orando durante 35 anos, esperavam (Mat. 24:15-21). Os judeus foram no encalço do exército em fuga, atacando-o pela retaguarda e matando seis mil soldados. Os cristãos então fugiram de Jerusalém para a cidade de Perla, no além Jordão. Não foi nem Sábado nem inverno (Mateus 24:20). Estavam a salvo. Logo, Jerusalém caiu em poder de grupos fanáticos e extremados, que, sem o saber, estavam apressando a ruína total da cidade.
Nero, Imperador romano, aborrecido com a derrota de Céstius Gallus, nomeou um de seus melhores generais, Vespasiano (Tito Flávio Vespasiano) que, com 60 mil homens, muito alimento, máquinas de guerra (aríetes e lançadoras de pedras), rumou para a Terra Santa.
No ano 70 d.C., o General romano Vespasiano, veio resoluto para destruir Jerusalém sem piedade. Porém, recebeu um comunicado que deveria retornar para assumir o trono de Roma pela morte de Nero. Tito (Tito Vespasiano Augusto), seu filho, assume o comando vindo mais tarde a ser um dos maiores Imperadores romanos. Tito marchou sobre Jerusalém, chegando lá no mês de abril de 70 d.C. Jerusalém foi retomada, por Tito, conforme informa o historiador judeu, Flávio Josefo, no dia 8/09/70 d.C.
Tito pediu que preservassem o Templo, a todo custo. O diabo queria contestar a profecia de Jesus: “Não ficará aqui, pedra sobre pedra que não seja derribada.”
Um dos seus soldados, porém, lançou uma tocha sobre uma janela do Templo, as cortinas incendiaram-se e logo tudo era fogo. O ouro das paredes, derreteu-se e foi infiltrando-se entre as pedras.
Os soldados, então, moveram os blocos de pedra, a fim de pegarem aquela riqueza. E assim, as palavras de Cristo se cumpriram nos mínimos e precisos detalhes. O preço pago por tanta intolerância foi 1.100.000 judeus mortos, entre homens, mulheres e crianças.
Sessenta e cinco anos após esta destruição e dispersão da nação judaica, Bar Kochba, no ano 135 d.C., organizou um movimento a fim de restabelecer o cerimonialismo judaico. Imediatamente começou a reconstruir o Templo, mas o exército romano sufocou a insurreição e interrompeu a obra.
Mais tarde, em 380 d.C., o Imperador Juliano, rebelando-se contra o cristianismo, decidiu reconstruir o Templo para provar que a profecia de Jesus de que “não ficará aqui pedra sobre pedra”, não era verdadeira.
Prometeu proteção e riqueza aos judeus que o ajudassem na execução do projeto. Porém, ele não contava com uma sucessão de ocorrências sobrenaturais que o levaram ao abandono da tarefa impossível.
“Juliano, o apóstata”, como passou a ser reconhecido, foi mortalmente ferido no campo de batalha. Reunindo as últimas forças, clamou: “Ó Galileu, Tu venceste!”
Mais tarde, o Império Otomano se apossou de toda a área onde estava o templo na qual erigiram duas Mesquitas. Estão lá ainda hoje.
Meu amado, por ocasião da páscoa no ano 70 d.C., se deu a grande destruição de Jerusalém, e o majestoso Templo Herodiano, considerado por muitos a oitava maravilha do mundo, tornou-se a sepultura de um Sistema Religioso que havia de desaparecer após a morte do Senhor Jesus. A Lei Cerimonial, com todos seus ritos envolventes e impressionantes, foi ali enterrada para sempre.
“Mateus 24:20: Jesus instruiu Seus discípulos a observar o Sábado, durante a grande tribulação, relacionada com a destruição de Jerusalém, que se daria quarenta anos após Sua ressurreição. A mesma instrução se aplica ao povo de Deus no tempo do fim, tendo que enfrentar seus inimigos.
“Esse texto é parte da interpretação da profecia de Daniel a respeito do poder da ‘ponta pequena’ (Mat. 24: 15. Dan 8: 13, 14, 25. 9: 27. 11: 31. 12: 11). A atuação da ponta pequena vai até o tempo do fim. Como os cristãos enfrentaram Roma pagã no ano 70 e ainda observaram o Sábado, também o povo de Deus dos últimos dias deve enfrentar os inimigos e prosseguir observando o Sábado.
“Apocalipse 14: 6-7: A mensagem do primeiro anjo é o evangelho eterno. Ela inclui a instrução de que devemos adorar ‘Aquele que fez o Céu, a Terra, o mar, e as fontes das águas.’ (v. 7). Essa é uma óbvia menção ao quarto mandamento. ‘Porque em seis dias fez o Senhor os Céus e a Terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou (Êxo. 20:11).’” – Lição da Escola Sabatina, 3/96, pág. 4.

“A LEI E OS PROFETAS, DURARAM ATÉ... (?)”

Os bons e sinceros irmãos que militam hoje sob as mais diversas bandeiras denominacionais, que ainda não descobriram a verdade da Lei de Deus em seu esplendor magno, admitem e crêem que ela findou na cruz, estribando-se para isso em Colossenses 2:14 “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.”
Por outro lado, há também os que ensinam que a lei durou até a posteridade, que é Cristo (Gál. 3:16). E outros, afirmam que o fim da lei se deu com o advento de João Batista, e para tanto citam: “A lei e os profetas duraram até João...” Lucas. 16:16.
Depreendemos daí, lamentavelmente, que os que pregam a abolição da Lei de Deus, sequer chegam ao acordo mútuo, uma unidade. Se houve três abolições intercaladas no tempo, a qual deve basear-se o crente para firmar sua fé?
A coluna basilar para uns é que foi até João. Para outros findou com Jesus. Afinal, quando foi exatamente que a Lei de Deus foi abolida, ou “cessou de vigorar?” Porque a premissa lógica é que, “se durou até João, já estava abolida e nada mais teria Jesus que abolir”, correto? – Além do que, ouça o que diz o verso seguinte: Luc. 16:17 “E é mais fácil passar o Céu e a Terra do que cair um til da lei.”
Novamente, lembro a você meu irmão, para descobrir a Verdade que o versículo quer ensinar, não o isolemos do contexto, senão podemos nos enganar. Sabe, é impossível recusar que, após João, houve profetas. Observe:
Atos 2:17-18 – “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do Meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e vossas filhas profetizarão... e também sobre os Meus servos... e profetizarão.”
Atos 19:6 – “E impondo-lhes Paulo as mãos... profetizavam.”
Atos 21:9-10 – “E tinha quatro filhas donzelas, que profetizavam. E demorando-se ali... chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo.”
I Coríntios 14:29,32 – “E falem dois ou três profetas... E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.”

Pela leitura destes textos do Novo Testamento, fica comprovado que depois de João houve profetas, efetivamente.
Quanto à existência e permanência da Lei de Deus após João, é um axioma. Senão, veja: Depois de Lucas registrar: – “A lei e os profetas duraram até João...”, um moço rico procurou Jesus com estas palavras: “Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?” (Mat. 19: 16). Ouça o que disse Jesus:
Mateus 19:17 – “...Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos.”
Estas são palavras de Jesus e ninguém pode negar que estes mandamentos são os do Decálogo. Quer ver? Jesus afirmou para o moço:
“Não matarás” — 6º mandamento
“Não cometerás adultério” — 7º mandamento
“Não furtarás” — 8 º mandamento
“Não dirás falso testemunho” — 9º mandamento
“Honra teu pai e tua mãe” — 5º mandamento
Mateus 19:18-19

Já me disseram que Jesus cancelou o Sábado, porque não o repetiu para o moço rico guardar. Meu amado, ouça o que vou lhe dizer com solenidade agora:
Se pelo fato de Jesus não ter dito ao moço – “Lembra-te do Sábado, para o santificar”, Jesus cancelou este mandamento; então o Mestre fez pior, ao omitir a proibição daquilo que é repulsivo para Ele próprio e para Seu Pai, que é a idolatria, admitindo a negação do próprio Deus. Sim, porque Jesus também não recitou para o moço: – “Não terás outros deuses diante de Mim;... não farás para ti imagens de escultura...”
Por estas omissões de Jesus, deixaremos de cultuar a Deus, ou estamos livres para adorar ídolos? Lógico que não! Então, não podemos aceitar uma declaração e negar a outra, certo? Como vê, é coisa séria entrar na vida, por isso Jesus estabeleceu a condição: obediência aos mandamentos da Lei Moral!
Sabe, aquele moço era um israelita fiel na guarda do Sábado, como aliás, todos os judeus religiosos o eram. Para eles, o mandamento do Sábado era o de maior valor, porque eram desamorosos até mesmo com seus pais, avarentos, indiferentes às necessidades dos pobres e grandemente cobiçosos. Por isso, Jesus mencionou para o moço, somente os mandamentos da segunda tábua de pedra que escreveu com Seu dedo, no Monte Sinai, e que apresenta nossa obrigação para com o próximo.
Quanto ao Sábado, estavam todos certos, é o dia de guarda, Jesus não precisaria relembrar-lhe. Jesus apenas focalizou o que negligenciavam em Sua lei. Isso é maravilhoso! Glória a Deus. Aleluia!

AGORA PERGUNTO-LHE:
Se a Lei foi abolida, ou vigorou até João Batista apenas, por que ordenaria Cristo obediência a esta Lei abolida? E mais: como poderia o Mestre estabelecer a guarda desta Lei como norma para a salvação?
Se a lei duraria somente até João, porque Paulo reconhece e estabelece a santidade dela, a necessidade dela, e a apresenta como a única maneira de se detectar o pecado? Ouça:
Romanos 7:12 – “E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom...”
Romanos 7:22 – “ ...segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus...”
Romanos 7:25 – “... assim eu mesmo com o entendimento sirvo a lei de Deus...”
Romanos 5:13 – “...mas o pecado não é imputado, não havendo lei...”
Romanos 8:7 – “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus...”
O apóstolo amado, João, é mais claro e contundente, veja:
I João 2: 4. 3: 4 – Edição Revista
“Aquele que diz: Eu conheço-O e não guarda os Seus mandamentos (a lei) é mentiroso, e nele não está a verdade...Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei; porque o pecado é a transgressão da lei.”
A verdade é clara, não é irmão? A Lei de Deus não foi abolida! Os mandamentos permanecem inalterados! Isto é real na vida de todos os cristãos, apenas há um pequeno equívoco que se revela em grande falta de fé, possivelmente. Quer ver?
Você, meu amado, é membro de uma igreja evangélica, fiel, ativo, missionário e amigo de todos.
– Você guarda o primeiro mandamento? – Claro que sim!
– O segundo? – Claro que sim!
– O terceiro? – Claro que sim!
– O quinto? O sexto? O sétimo? – Claro que sim!
– O oitavo, nono e décimo? – Claro que sim!
Percebeu, você demonstra que a Lei de Deus não foi abolida. Ela foi, sim, alterada, modificada. Mas Deus não apóia isto. Se Ele fez Dez Mandamentos, ninguém pode mudar. Afinal... Deus é O criador! Quer ver como isto é uma verdade bíblica insofismável? Ouça:
Tiago 2:10
“Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.”
A verdade, amado, é que na matemática do Céu, dez, menos um, é igual a zero. Portanto, a Lei de Deus não terminou com a pregação de João, mas havia uma profecia de que ela seria mudada, alterada (Daniel 7:25). E cumpriu-se.
Este assunto, meu irmão, é pessoal, carece de fé, por isso envio-lhe com ternura a Hebreus 11:6, e Paulo lhe diz: “...Sem fé é impossível agradar a Deus...” Use a fé, meu irmão, e reclame a palavra empenhada do nosso Deus e Ele o ajudará a pôr esta fé em prática, na obediência, por amor. Não temas!
Então, como vamos entender o versículo de Lucas 16:16 que menciona: “A lei e os profetas duraram até João?” Voltemos ao texto; leia-o . Verifique com cuidado e bastante atenção como está grifada a palavra “duraram”. Observou? Está grifada no texto, isto é, escrita com as letras de forma diferente das demais, um pouco inclinadas. O tradutor a colocou assim para chamar a atenção dos leitores de que ela não consta do original grego.
Agora, ouça como Mateus deixa clara e explícita a verdade que Jesus queria ensinar:
Mateus 11:13
“Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.”
A “lei e os profetas” formam uma expressão que designa os ensinos do Antigo Testamento (João 1: 45), incluindo o Pentateuco e os escritos de todos os profetas, porque “os escritos do Antigo Testamento constituíam o primeiro guia do homem para a salvação. Estes escritos eram tudo que os homens tinham em matéria de revelação. O evangelho veio, não para abolir os escritos antigos, mas para suplementá-los, reforçá-los e confirmá-los. O evangelho veio, não para ser colocado no lugar do Antigo Testamento, mas em acréscimo a ele.” – A.B. Christianini, Subtilezas do Erro, pág. 97.
Logo, quis o Mestre dizer que, até João Batista, todas as Escrituras dos profetas, referentes à Sua primeira vinda, contidas nos livros do Antigo Testamento, com o Seu advento, batismo e ministério, encontraram cumprimento in-loco.
Até João Batista, a lei e os profetas (escritos do Antigo Testamento) indicavam, através da palavra escrita, dos símbolos e do Sistema Sacrifical (sombras de Jesus), sim, indicavam o tempo em que o Reino de Deus seria anunciado, e, de fato, com a pregação do Reino, novo tempo raiava. O próprio João Batista, com clareza, afirmou: “... Arrependei-vos porque é chegado o Reino dos Céus...” Mateus 3: 2.
O tempo há milênios profetizado, e com ansiedade esperado, tem seu cumprimento. O Messias chegou. Jesus semelhantemente pregou: “O tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo...” (Marcos 1: 15). Daniel é um dos profetas messiânicos que mais profundamente e com muitas minúcias focalizou o surgimento do Messias, especificamente no capítulo nove de seu livro.
“Desde então, isto é, desde a proclamação do Reino de Deus por João Batista, luz adicional e supletiva tem estado a brilhar sobre a vereda da salvação, e não havia escusa para os fariseus, ‘que eram avarentos.’” – Idem.
Para sedimentar a verdade cristalina de que a Lei de Deus não “durou” até João, que Jesus estendeu sua vigência milênios além de João; que ela transcende o Céu e a Terra, o Mestre declarou:
Mateus 5:18 – “Porque em verdade vos digo que, até que o Céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da Lei...”
Portanto, enquanto a abóbada celeste cobrir nossa cabeça, e nossos pés pisarem o solo terrestre, é um sinal patente de que a Lei de Deus permanece, sempre e eternamente. Amém!
PENSE:
Paulo previu que as profecias indicavam ser Roma quem atentaria contra a Lei de Deus; por isso sua epístola aos Romanos é um hino de exaltação à Lei Moral.
Uma senhora evangélica foi chamada à Comissão de sua igreja a fim de ser excluída do rol de membros, em razão de estar em adultério.
Ao tomar conhecimento da sentença, replicou entusiasmada: “Em que vocês se basearam para concluir que eu adulterei?”
“A senhora transgrediu o sétimo mandamento da Lei de Deus”, argüiram-lhe.
Irritada, acometeu a irmã: “Se a Lei de Deus está em vigor para condenar o adultério, porque não está em vigor para se guardar o Sábado?”
Esta experiência ocorreu literalmente. Tire suas conclusões!
“Antes da queda, a lei destinava-se a proteger Adão e Eva, evitando que incorressem em dificuldades. O relato que temos daquele tempo indica que a lei era muito simples. Continha uma proibição: Manter-se afastado e não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se houvessem seguido esse simples preceito, jamais lhes sobreviria algum problema. Essa lei era a salvaguarda da harmonia entre Deus e Suas criaturas.
“Com a entrada do pecado, a lei tornou-se muito mais específica, e suas funções foram ampliadas. A violação de certas regras de conduta num lar também impõe o acréscimo de outros regulamentos. Acontece a mesma coisa com a sociedade.” – Lição da Escola Sabatina, 9/83.

A LEI MORAL ANTES DA QUEDA DE LÚCIFER, DA QUEDA DE ADÃO E DO SINAI

“O caráter de Deus não muda (Mal. 3:6; Heb. 13: 8; Tia. 1: 17). Nos tempos eternos, antes que nosso mundo fosse criado, Deus já era perfeitamente justo. Ele estava em perfeita conformidade com a lei da vida, por Ele estabelecida. Essa lei define Sua maneira de ser e a dos seres perfeitos criados por Ele. Se a Lei de Deus pudesse ser abolida ou mudada, o padrão de Seu caráter também seria mudado. Em tais circunstâncias, Ele não poderia ser reconhecido como tendo uma justiça imutável. A Lei de Deus é tão imutável quanto o Seu caráter justo. Lúcifer e um terço dos anjos pecaram contra Deus (II Ped. 2: 4; Apoc. 12: 4, 7-10). Paulo diz: ‘Onde não há lei, também não há transgressão.’ Rom. 4: 15. Portanto a Lei de Deus existia antes que o nosso mundo fosse criado.” Lição da Escola Sabatina, 28/7/96.
A Lei Moral (os Dez Mandamentos) também já existia desde o Éden, representada primeiramente pela árvore da ciência do bem e do mal, que Deus proibiu tocar – Gênesis 2:17; 3:3. Era essa lei transmitida oralmente de pai para filho através do ensino familiar – Êxodo 13:9. Também era conhecida e praticada na casa do patriarca Jacó, o que se denota da atitude de seu filho José, ao declarar, quando assediado pela impura mulher de Potifar:
Gênesis 39:9 – “Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanho mal, e pecaria contra Deus?”
Da mesma forma, Tamar, a nora de Judá, foi acusada de adultério (Gên. 38:24). Claramente se vê que o adultério é a quebra do sétimo mandamento da Lei Moral e isto é pecado. Portanto, antes de Deus escrever a Lei Moral em pedras, com Seu próprio dedo, Ele já exigia sua observância de forma clara. Leia: Êxodo 16: 4, 5, 22, 23, 25, 26, 29. No Sinai, então, entre trovões e relâmpagos, foi ela dada ao povo de forma escrita, como definitivo código de conduta.
“Não se deve pensar que não existia nada destes mandamentos antes de Moisés. Foram escritos nas mentes e nas consciências dos homens desde o princípio.” – Pr. Orlando S. Boyer (teólogo Assembleano), Pequena Enciclopédia Bíblica, pág. 198.

REFLEXIONE
• Será que a Lei só era boa e perfeita para o povo do passado?
• Por acaso o povo do passado é diferente do povo atual?
• Faria Deus alguma coisa imperfeita que precisasse de modificações humanas?
• O que Deus faz é perfeito e dura para sempre?

A PERFEIÇÃO DIVINA

Quando um amado irmão afirma que a Lei Moral foi abolida, que caducou, que nada aperfeiçoa e não presta, certamente ele o faz por desconhecer alguns traços de caráter do maravilhoso Jeová. Sabe, Deus não fez somente a Lei Moral.
Procure contemplar o Céu à noite, de um lugar onde não haja luzes acesas. Você saberá porque Davi compôs o Salmo 19.
Pois bem, dirija seu olhar para uma espessa faixa branca leitosa que se estende quase no centro do firmamento. É a nossa Via-Láctea, uma esteira de milhões e milhões de estrelas. A nossa Via-Láctea é uma nebulosa (“agrupamento de estrelas indistintas”). Tem ela uma circunferência de nada menos que 900 milhões de anos lumínicos, ou seja: se fosse possível voar com a rapidez da luz (300 mil quilômetros por segundo), levaríamos 900 milhões de anos para atravessá-la. O diâmetro dela é de trezentos e doze quintilhões, e duzentos quatrilhões de quilômetros (312.200.000.000.000.000.000). Em nossa Via-Láctea existem 350 milhões de sistemas solares (inclusive o da Terra) com seus Sóis, Planetas e Satélites.
Há também no infinito a linda nebulosa Cyranus que é formada por cinco milhões de Vias-Lácteas.
Existem catalogadas pelos astrônomos onze mil nebulosas. Destas, mais de mil já foram exploradas com potentes telescópios que revelaram nelas, milhões de sistemas solares.
Júpiter, o maior Planeta de nosso sistema solar é 1330 vezes maior que a Terra.
O Sol (que é uma estrela de quinta grandeza) se fosse partido, daria 64 milhões de Luas iguais à nossa.
Na Constelação do Órion há quatro grandes estrelas: Entre elas, Rigel, a gigante branca, é 10.000 vezes maior que o Sol. A gigante vermelha, Betegeuse, é 250 vezes maior que o Sol.
Na Constelação do Boieiro está Arturus a estrela mais bonita do Céu, e é 24 vezes maior que o Sol. Ela viaja, conforme informação dos astrônomos, a quase 113 quilômetros por segundo. Um ano luz é aproximadamente 9.460.800.000.000 (nove trilhões, quatrocentos e sessenta bilhões e oitocentos milhões) de quilômetros. Esta é a distância percorrida em um ano, por um raio luminoso.
Arturus está a 32,6 anos-luz de distância da Terra. Isto quer dizer o seguinte: Se você tem 33 anos de idade, olhe para o Céu nesta noite. Olhou? A luz que você está vendo saiu de Arturus exatamente quando você nasceu, e chegou hoje.
Na Constelação do Escorpião a super gigante vermelha Antares, é 390 vezes maior que o Sol.
Na Constelação de Touro, está Aldebaram 35 vezes maior que o Sol. E que dizer de Canopus, a brilhante estrela que, para igualar seu brilho, precisaríamos de 80.000 Sóis iguais ao nosso?
Na Constelação de Andrômeda, a estrela Alpheratz forma com mais duas companheiras um diâmetro maior que a nossa Galáxia.
O centro de nossa Galáxia contém cerca de 100 bilhões de estrelas semelhantes ao nosso Sol, e há mais de 100 bilhões de Galáxias no Universo conhecido. Esta Galáxia onde vivemos, se desloca à velocidade aproximada de 790 mil quilômetros por hora. Apesar dessa velocidade incrível e inconcebível, nossa Galáxia precisa de 200 milhões de anos para dar uma volta completa, dizem os astrônomos. Pasme agora: Existem, no Universo, mais de um bilhão de Galáxias como a nossa.
Aí pelo espaço infinito, dizem os astrônomos que já existem ao alcance dos telescópios, dez trilhões de estrelas.

Com reverência e louvor ao grande e Onipotente Deus, concluo dizendo-lhe: estes miríades de corpos celestes seguem garbosamente em suas órbitas, não se chocando um com o outro, porque obedecem a leis perfeitas, fixas e imutáveis. Leis que Deus criou para reger o Seu vastíssimo Universo. Tudo em seu curso certo. Nada perdendo sua trajetória. Deus é perfeito. Sua Lei é perfeita.

EXATIDÃO DIVINA

• Por que o inverno, primavera, verão, outono, ocorrem ininterruptamente?
• Por que as frutas nascem sempre em suas estações próprias?
• Por que as plantas nascem onde existe terra?
• Por que as flores desabrocham em suas épocas certas?
• Por que um minúsculo sêmen segue um ciclo de nove meses em um ventre materno para depois nascer uma linda criança?
• Por que os cientistas podem prever um eclipse com absoluta exatidão com anos de antecedência?
• Por que sabem os astrônomos que o Cometa Halley vai passar sobre a Terra a tal dia, hora, mês e ano?
É porque o Senhor Deus Jeová fez leis perfeitas para comandar toda a Sua maravilhosa criação. Glória a Deus. Aleluia!

EXCELÊNCIA DIVINA

A Terra gira em torno de seu eixo a uma velocidade de 1600 quilômetros por hora. Porém, se ela girasse a uma velocidade de apenas 160 quilômetros por hora, os nossos dias e noites seriam dez vezes mais longos do que são hoje.
E, assim, toda a vegetação terrestre seria arrasada pelo Sol no seu curso interminável do dia. E se sobrasse alguma coisa durante o dia, seria exterminada pelas geadas que proporcionaria a longa noite.
A Terra é uma bola e nós estamos pelo lado de fora dela seguros pela força atrativa da lei da gravidade. Se esta lei de gravitação deixar de existir, nós desapareceremos no espaço cósmico.
O Sol é uma bola de fogo com uma temperatura superficial de 6.648 graus centígrados. Ele foi criado para aquecer nossa Terra, promover a saúde das plantas e de nossos ossos. E ele está à distância da Terra o suficiente para cumprir à risca esta ordem divina.
Imagine você, se o Sol desse metade apenas de seu calor, viraríamos todos blocos de gelo. E se nos aquecesse apenas metade mais do que nos aquece, tudo seria reduzido a cinzas.
Se a Lua saísse de seu lugar e se aproximasse 75 quilômetros de distância da Terra ao invés daquela que foi colocada por Deus no espaço, os nossos mares se transformariam em gigantescas e tremendas marés e submergiriam os Continentes duas vezes por dia; e as montanhas não demorariam a ser desmanchadas pela erosão dessa monstruosa massa de água.
– Mas, tal não acontece, porque toda a criação de Deus obedece Suas perfeitas leis. Aleluia! Glória a Deus!
– Sim, Deus está no comando. Fez uma lei para o bem de cada obra criada. Leis perfeitas e imutáveis!
– Os corpos celestes, as plantas, a vida, enfim, toda a natureza é fiel no cumprimento de Suas leis. Só o homem teima em desobedecer, transgredindo a Lei que Deus criou para reger os moradores da Terra!
– Que pena!
Deus escolheu os israelitas como Seu povo. Deu-lhes a mais perfeita lei que existe para ser seu código de conduta – os Dez Mandamentos. Eles falharam. Deus conclamou outro povo na mesma base. O que Deus exigiu dos israelitas não pode ser menos que o exigido de nós, senão haverá dois pesos e duas medidas, e aí, alguém, com razão, poderia reclamar. Portanto, o que Deus pediu ao Seu povo do passado, requer no presente, exigirá no futuro, é tão somente – OBEDIÊNCIA à Sua santa Lei.


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