As características dessa terrível corrupção moral da humanidade antediluviana são três:
1) Universalidade (Gn 6.5, 12). O pequeno estopim que o homem acendeu com o fogo da desobediência a Deus, ateou, alastrou e incendiou a humanidade toda, exceto Noé e sua família, como verificamos em Gênesis 6.8, 9. A tendência do pecado é crescer e multiplicar. Vemos hoje como evolui o álcool, o entorpecente, o tabaco, o crime, a prostituição, a idolatria. O Senhor Jesus refere-se ao “multiplicar da iniqüidade” (Mt 24.12). Como a maldade humana dos dias de Noé levou para o dilúvio, a de nossos dias levará fatalmente para o fogo (2Pd 3.6, 7).
2) Totalidade (Gn 6.5). Cada indivíduo pecava e não se arrependia da maldade que cometia; continuava a pecar e envolvia outros no seu pecado. E desse modo, todos pecaram, exceto Noé e sua família. Naturalmente, está sendo referido o pecado de obstinação contra Deus.
3) Continuidade (Gn 6.5). “Todo o desígnio do seu coração era continuamente mau!” Não era um simples pecar irrefletido, seguido de arrependimento, não; era antes um pecar incessante, contínuo. Partia da fonte - o coração e tornou-se um estado normal no homem. Só pensava pecado, só sentia pecado, só via pecado, só queria pecado, só imaginava pecado. Não aceitava outra coisa. Estava tão cauterizado o seu coração, que já não mais ouvia a voz dos céus, nem os apelos do Senhor. Deus plantou uma boa semente, que germinou e cresceu e frutificou; quando, porém, foi colher, nada houve que se aproveitasse. O remédio para isto só podia ser destruição.
E Deus deu cabo de toda a humanidade que se entregou à perversidade e de todo o coração. Com o verbo “arrepender” a Bíblia expressa a tristeza profunda do coração de Deus, diante maldade continua do homem que criou para sua glória.

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