O evangelho chegou naquele país há 70 anos mas está enraizado com as
culturas locais que abusam de mulheres física e emocionalmente.
Atuando como missionário em Guiné-Bissau, na África, o pastor Freddy
Ovando está enfrentando um grande desafio teológico e missiológico para
poder pregar um evangelho que não defenda as tradições culturais
controvérsias da região, como é o caso da circuncisão feminina.
Naquele país, mais precisamente em Bafatá, cidade onde ele se
encontra, a igreja evangélica apoia rituais que são contrários a Palavra
de Deus, entre eles a mutilação das genitálias femininas, um
procedimento defendido como um método para que a mulher não se torne uma
prostituta ou ninfomaníaca.
Fora isso a igreja também apoia um ritual chamado de Cerimônia de
Lavagem, na qual o casal que mantém relações sexuais é obrigado a se
purificar, sendo levado por um feiticeiro para um rio onde muitas vezes a
mulher é estuprada na frente de todos.
“O povo guineense é alegre e receptivo ao Evangelho. Contudo, está
perecendo na sua maneira sincretista de cultuar a Deus, por não
conhecerem uma verdadeira teologia bíblica. Creio que eles têm o direito
a uma teologia bíblica contextualizada”, diz o Pr. Freddy Ovando à
Junta de Missões Mundiais.
Em uma sociedade que convive com o evangelho há 70 anos é estranho
saber que a população cristã mantém tradições que ferem a mensagem
bíblica e é esse o desafio do pastor, tentar mostrar o verdadeiro
evangelho.
“O meu desejo é que o reino de Deus esteja nos guineenses que já
receberam o Evangelho, para depois ser revelado nas aldeias e
comunidades”, conclui.
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