A Justiça de São Paulo determinou a suspensão das atividades de uma entidade que distribuía carteira com brasão da República, o que permitia a autoridades civis e militares a concessão de “trânsito livre”.
A decisão judicial mandou ainda recolher todas as carteirinhas, que eram fornecidas pela Ordem dos Parlamentares do Brasil (OPB). A entidade, criada em 1976, reúne em sua maioria políticos de pouca expressão e é apontada pelo Ministério Público como “mera associação civil de direito privado, sem nenhuma ligação direta ou indireta” com o Legislativo.
A principal inscrição orienta: “Solicitamos as autoridades civis e militares facilitarem ao portador livre trânsito para o bom desempenho das funções”.
O outro lado
O advogado da OPB, Ricardo Sikler, afirmou que ainda não foi citado no processo. ”Nós sabemos por intermédio de terceiros que existe essa ação. Assim, que tivermos a informação oficial, vamos nos manifestar através dos autos”, afirma.
Segundo o advogado, a diretoria da OPB está encerrando as suas atividades. “A entidade é deficitária”, afirmou.