quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Curada da anorexia ao copiar Bíblia.




Ela é uma das mais jovens pessoas no mundo a copiar sozinha, à mão, a Bíblia completa. Um esforço que levou dez meses para ser concluído!
   
A Bíblia manuscrita feita pela garota mineira consumiu 28 canetas esferográficas, 16 blocos de fichário e 3.223 folhas. Para cumprir seu objetivo em menos de um ano, ela transcrevia o texto sagrado seis vezes por semana, numa média de cinco horas e quatro capítulos bíblicos por dia. O intervalo de descanso era de apenas 15 minutos, só para alongar as mãos e os braços. Ao final, os 66 livros das Escrituras foram divididos em seis volumes copiados. “Quando copiei as últimas letras da Bíblia, foi uma satisfação muito grande. Senti uma alegria inexplicável. Será uma recordação para a vida inteira”, relata Juliana.
   
Sua motivação para transcrever as Escrituras na íntegra vem da infância. Aos nove anos, ela teve seu primeiro contato com a Bíblia e, desde então, passou a gostar das historinhas bíblicas infantis. Os livrinhos de Davi e Golias, Sansão e Dalila, Arca de Noé e o Nascimento de Jesus foram os primeiros a serem copiados. Depois, aos 12 anos, Juliana leu o Novo Testamento, o que a inspirou a copiar um livro de 300 páginas sobre o Apocalipse. “Como sempre gostei muito de ler e escrever, copiava a Bíblia como forma de entender mais o texto de Deus”, conta.

Antes de começar a redigir a bíblia Sagrada, Juliana enfrentava uma luta para superar a anorexia. “Foi aí que Deus me ajudou, colocando em meu coração o desejo de ler e copiar a Bíblia, assim minha mente ficou ocupada e passei a ter uma vida melhor”, conta Juliana.

A adolescente acordava às 6h da manhã para copiar a Palavra de Deus. “Quando tinha algo para fazer de manhã não gostava porque a prioridade era copiar a Bíblia. Nunca vou esquecer esta experiência”, lembrou.


A família sempre a apoiou na longa jornada, embora às vezes duvidasse da conclusão de seu propósito. “Conforme eu copiava, meus pais incentivavam com palavras de ânimo. Mas muitos parentes duvidavam. Eu sempre acreditei que conseguiria, pois foi Deus que colocou esse desafio no meu coração”, emociona-se.


Os cadernos onde Juliana registrou todo o conteúdo bíblico ficarão guardados em sua casa. Mas, pelo fato histórico, a adolescente recebeu homenagens e até diploma de reconhecimento da igreja que frequenta em sua cidade. Um resumo com as etapas de seu árduo trabalho foi até divulgado no YouTube.
   
Ao mesmo tempo, a estudante virou palestrante bastante requisitada para narrar sua experiência nas escolas locais. Ela busca incentivar mais jovens a ler e copiar a Bíblia. “Deus me abriu portas para falar dele com pessoas que eu nem conhecia. E os alunos ficam admirados quando falo que li e copiei toda a Bíblia.”Os interessados em repetir o mesmo desafio devem  seguir uma receita básica. “O primeiro ingrediente é ter iniciativa. O segundo é ter persistência e não desistir. O terceiro é traçar objetivos. E o quarto é organização. Sem ter isso, a vida fica sem graça”, aconselha a copista dos tempos modernos

Juliana é filha do diácono Vander Batista Pereira e de Suzimara Grunheidt Vilela Pereira, membros da Igreja Presbiteriana de Vila Rubens, da Cidade de Itajubá  (MG).

E além das receitas básicas deixadas por Juliana, fica a lição de que ocupar a mente com bons propósitos é um ótimo remédio para doenças. Durante o processo de realização da tarefa de copiar a Bíblia, a jovem ficou absolutamente curada da anorexia.

Fonte:  A Tenda na Rocha


Lauriete considera vários pontos do novo Código Penal inaceitáveis




Lauriete considera vários pontos do novo Código Penal inaceitáveis Lauriete considera vários pontos do novo Código Penal inaceitáveis
A reforma proposta para o Código Penal tornou-se um desafio para os parlamentares evangélicos que tem se mobilizado contra o que chamam de retrocesso para a sociedade e uma afronta aos princípios cristãos.
Em seu primeiro mandato como deputada, Lauriete (PSC-ES), uma das vozes pentecostal mais lembrada no Brasil, mantém como bandeira de luta o combate ao tráfico de drogas e à violência contra a mulher, o direito dos consumidores, a defesa da família e dos valores cristãos e a busca por maior atenção do Estado no tratamento das dependências químicas.
Lauriete também tem se empenhado contra o novo Código Penal e afirma que a proposta dos juristas em descriminalizar o plantio e o porte de maconha para consumo é uma aberração.
“Considero essa proposta uma verdadeira aberração em todos os sentidos. Sabemos que só existe tráfico por causa do usuário. Ao privilegiarmos esse usuário, permitimos que o traficante continue com sua atividade. O anteprojeto trata do porte para consumo próprio, mas quem determinará qual a quantidade de um usuário? Haverá uma medida? Ora, com essa proposta, o indivíduo poderá portar 500 gramas, um quilo e justificar que é para consumo. Na verdade, o privilégio será para o traficante. Ainda tem o absurdo de poder, inclusive, cultivar a erva em seu domicilio. É realmente um absurdo! O viciado precisa receber, por parte do Estado, atenção para se livrar da dependência e não estímulo para continuar. As propostas até agora vão no sentido de manter o indivíduo no vício”, comentou a parlamentar.
Além disso, a deputada considera o homossexualismo uma opção e portanto não pode ser retirado o direito, de quem não concorda com essa prática. Lauriete também afirma que o PLC 122 não é um projeto de lei para proteger o Movimento LGBT, mas para criminalizar a opinião contra a prática homossexual.
“Quando se fala em crime de homofobia, na verdade, está-se tentando calar ou impedir toda manifestação com relação aos princípios cristãos, que são contra a prática do homossexualismo. Por essa razão, justamente por princípio ético do PSC, de não segregar ou excluir quem quer que seja, que não excluímos pessoas, mas julgamos seus atos e isso não pode ser considerado crime, como propõem os que chamam nossas atitudes de homofobia” disse.
Sobre a proposta que diminui o limite de crime da prática sexual com menores de 14 anos para 12 anos, Lauriete afirma que o projeto estará legalizando a Pedofilia.
“A vulnerabilidade de uma criança de 12 anos é similar ou a mesma de uma de 11 anos e 11 meses, por exemplo. Essa é outra proposta absurda, a exemplo de outras tantas propostas desse projeto de reforma”, considera a parlamentar.


STF decide que maçonaria não é religião e deve pagar IPTU


STF decide que maçonaria não é religião e deve pagar IPTU
Ao julgar o recurso de uma ação vinda de Porto Alegre (RS), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a maçonaria não é religião e que, portanto, não pode gozar do benefício garantido na Constituição Federal que isenta as organizações religiosas do pagamento de impostos.
O recurso foi interposto pela organização maçônica Grande Oriente do Rio Grande do Sul que tenta na justiça a isenção do Imposto Sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) do prédio da instituição da capital do estado.
A decisão do STF foi assinada pela maioria dos ministros, incluindo o relator da ação, o ministro Ricardo Lewandowski, que usou informações do próprio site da organização para provar que se trata de uma confraria e não uma religião, ou organização religiosa.
Sobre o que acontece nas reuniões para não caracterizá-la como um culto, Lewandowski diz que a maçonaria é “uma ideologia de vida, e não uma religião” e que os grupos professam uma filosofia de vida, sendo, portanto uma grande confraria.
Enquanto os ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Ayres Britto concordam com o relator, o ministro Marco Aurélio se posicionou de outra forma, defendendo o ponto de vista de que a Constituição não restringiu a imunidade nos impostos para a prática religiosa ao usar o termo “templo de qualquer culto”.
“Em um conceito menos rígido de religião, se pode classificar a maçonaria como uma corrente religiosa, que congrega física e metafísica. São práticas ritualísticas, que somente podem ser adequadamente compreendidas em um conceito mais abrangente de religiosidade”.
Para Britto a maçonaria é “uma profissão de fé em valores e princípios comuns, traços típicos de religiosidade” e que por isso merecia ter os impostos isentos. O processo corre desde abril de 2010.
Com informações Terra


Presidente do PSC inaugura comitê gospel em campanha de Manuela d’Ávila



Presidente do PSC inaugura comitê gospel em campanha de Manuela d’Ávila Presidente do PSC inaugura comitê gospel em campanha de Manuela d’Ávila
A candidata a Prefeitura de Porto Alegre, Manuela d’Ávila (PCdoB), marcada pela luta de políticas em defesa da comunidade LGBT, esta tentando atrair o público evangélico para sua candidatura e conta até com um “comitê gospel”. A inauguração foi comandada pelo pastor Getúlio Vargas, presidente do PSC, no último dia 25.

“Nossa ideia de igualdade vai ao encontro da campanha de Manuela, que repudia qualquer tipo de segregação e cuida do próximo, do mais necessitado”, disse Getúlio Vargas.

Nesta terça-feira (4) o deputado federal, pastor Marco Feliciano, escreveu um texto em seu blog chamando a atenção da população cristã em Porto Alegre sobre as ideologias da candidata, que junto com Jean Wyllys tornou-se uma das principais defensoras do PLC 122, que criminaliza a opinião contra a prática homossexual.
Questionado sobre a relação de seu partido com a candidata Manuela d’Ávila o pastor Marco Feliciano afirmou ser suprapartidário quando o assunto é proteção da família e a igreja.
Movimento LGBT
No mesmo dia em que inaugurou o Comitê Gospel, Manuela d’Ávila assinou carta de compromisso com demandas do Movimento LGBT, em repúdio à homofobia e todo o tipo de discriminação. O encontro teve a participação de militantes do movimento, simpatizantes, apoiadores e candidatos a vereador que defendem a causa.


Jon Jones x Vitor Belfort: dois cristãos no octógono do UFC 152


Jon Jones x Vitor Belfort: dois cristãos no octógono do UFC 152
Jon Jones x Vitor Belfort: dois cristãos no octógono do UFC 152
O UFC 152 terá no seu card principal Jon Jones x Vitor Belfort no dia 22 de setembro, em Toronto, no Canadá. O lutador brasileiro fará um duelo pelo cinturão dos meio-pesados.
Na mesma noite haverá a disputa do primeiro cinturão peso-mosca da organização entre Joseph Benavidez e Demetrious Johnson.
Belfort mostrou uma postura mais agressiva nas entrevistas e provocou o adversário: “Eu vou nocauteá-lo. É bom que ele esteja preparado para mim. Estou lá para lutar, estou lá para vencer. Vai ser leão contra leão. Vou vencer a luta, vou ditar o ritmo. O plano é derrotá-lo”.
Em entrevista ao programa de TV “UFC Tonight”, o presidente do Ultimate, Dana White, voltou a elogiar o brasileiro e previu uma grande luta contra o americano Jones. Ele classificou o embate como “uma luta insana”.

Jon Jones esteve recentemente envolvido em muitas polêmicas depois do cancelamento do UFC 151, pois se recusou a ter Chael Sonnen como seu oponente. Numa entrevista ao programa ‘MMA Hour’, o atual campeão dos meio-pesados comentou que não considerava o brasileiro o mais indicado para o desafio. Ele só foi confirmado após Dan Henderson se lesionar e Lyoto Machida e Maurício Shogun recusarem a encarar o campeão.
Esse realmente não tem sido um ano fácil para o lutador americano. Em maio deste ano ele foi detido pela polícia de Binghamton, Estado de Nova York, após bater seu carro. O atleta apresentava sinais de embriaguez, e foi levado para a chefia de polícia local para esclarecimentos. Quando compareceu diante do juiz, declarou-se culpado da acusação, mas fez um acordo com a promotoria do estado americano.

A pena de Jones foi uma multa de mil dólares e liberdade condicional por um ano, suspensão de sua carteira de motorista para dirigir, e ser incluído em um programa de prevenção do abuso de drogas, restituir o prejuízo das vítimas envolvidas. Também ficou determinado que precisaria instalar um mecanismo de bloqueio da ignição em seus automóveis. O aparelho só permite que o condutor ligue seu carro após um teste numa espécie de bafômetro e ainda repete o exame em horários aleatórios.

UFC 152 - Jon Jones x Vitor Belfort
UFC 152 – Jon Jones x Vitor Belfort.
Jones disse que se sente “honrado” em duelar com um lutador de seu calibre: “As pessoas que torcem para que eu perca o título, devem estar animadas. Acho que Vitor tem mais chance que Dan Henderson… Eu o respeito muito… Estou honrado de lutar com Vitor Belfort. Ele é cristão como eu, um homem de honra. Lutar com Chael Sonnen? Ele é um idiota”.
As críticas de Jon Jones a Sonnen são um reflexo dos comentários racistas que este fez antes de lutar com Anderson Silva em julho deste ano, quando Sonnen acabou perdendo e foi forçado a mudar de categoria. “Eu disse que achava Chael Sonnen um racista pela forma que tratou os brasileiros. Tenho zero respeito por ele”, finalizou Jones.
Jon “Bones” Jones tem 25 anos, pesa 93 kg e mede 1m95 de altura. Apesar do episódio recente de dirigir alcoolizado, ele faz o estilo tranqüilo, é casado e tem três filhos. Sempre usa versículos bíblicos e agradece a Deus pelas suas vitórias, algo que tem em comum com Belfort, também um pai de família que dá testemunho de fé constantemente. As informações são do Sport TV e R7.



terça-feira, 1 de maio de 2012

Projeto de lei que permite ao Legislativo suspender decisão do STF no caso do aborto de anencéfalos é aprovada por unanimidade em comissão da Câmara

Projeto de lei que permite ao Legislativo suspender decisão do STF no caso do aborto de anencéfalos é aprovada por unanimidade em comissão da Câmara
O pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) incluiu na pauta de votação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 03/2011, que altera a redação do inciso V do artigo 49 da Constituição Federal.
Esse artigo permite que o Poder Legislativo suspenda atos ou decretos do Poder Executivo que ultrapassem sua área de atuação e legalmente sejam interpretados como atos legislativos. O PEC 03/2011 altera um único inciso do artigo, permitindo que essa suspensão seja feita em decisões do Poder Judiciário que venham ser interpretadas como “atos legislativos”.

A proposta do deputado Marco Feliciano de inclusão desse projeto na pauta da CCJ surgiu após a descriminalização da antecipação do parto de fetos anencéfalos, popularmente conhecida como “aborto de anencéfalos”, por parte do Supremo Tribunal Federal, em decisão recente.
No entender dele e de diversos outros deputados das bancadas evangélica e católica, essa decisão do STF ultrapassou os limites da área de atuação do Poder Judiciário, pois a lei que regulamenta  aborto no Brasil não faz menção a casos como esse.
Outra decisão do Poder Judiciário que causou incômodo entre os parlamentares foi a legalização da união civil entre homossexuais.
A CCJ da Câmara dos Deputados aprovou o PEC 03/2011 por unanimidade em votação realizada ontem. Agora, o projeto será analisado e depois enviado ao plenário, onde será votado.
No Twitter, o pastor Marco Feliciano comemorou a aprovação na Comissão: “Aprovado por unanimidade! A PEC 03/2011, agora uma comissão especial será implantada. O Parlamento retomará suas prerrogativas!”.
O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), fez um discurso afirmando que a bancada evangélica gostaria de “aplaudir uma decisão da CCJ nesta manhã, ao acolher, por unanimidade, a PEC nº 3, de 2011, de iniciativa do Deputado Nazareno e de relatoria do Deputado Nelson Marchezan Junior, que permite a esta Casa discutir o princípio da separação de Poderes, fortalecendo o princípio de separação dos Poderes, numa concepção de fortalecer ainda mais as regras de freios e contrapesos”.
João Campos afirmou também que “é preciso que o Poder controle o poder. Não é razoável que o Supremo Tribunal Federal, em reiteradas decisões, continue invadindo competência desta Casa, competência do Poder Legislativo”.

Dependentes Químicos

A Câmara dos Deputados está analisando a proposta do deputado Marco Feliciano, que cria a possibilidade de internação compulsória de dependentes e usuários de drogas e de bebidas alcoólicas pelo prazo considerado necessário para o tratamento integral, de acordo com informações da agência Câmara.
O Projeto de Lei (PL 3167/12), permitirá a internação compulsória do dependente após solicitação de um membro da família, ou por quem tenha a guarda ou tutela do usuário, ou pela autoridade pública competente.
Na proposta de Feliciano, a internação por uso de entorpecente poderá ser comprovada por exame clínico, prova testemunhal ou apreensão de objetos e drogas. O PL modifica a Lei que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Lei 11.343/06).
Atualmente a legislação estabelece como penalização para o usuário, a advertência sobre seus efeitos no organismo; a prestação de serviços à comunidade; e a aplicação de medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
Para Marco Feliciano, a alteração da lei se faz necessária por causa dos vários casos constatados de dependentes que não aceitam a internação e acabam formando “cracolândias” nas cidades brasileiras: “Estamos diante de uma nova ‘chaga social’, que afeta a ocupação do espaço urbano, com a criação de ‘cracolândias’, verdadeiros depósitos de vidas humanas à espera do momento de sucumbir fatalmente ao abuso de drogas e de álcool”.
Fonte: Gospel+


Silas Malafaia consegue vitória da liberdade de expressão

Juiz extingue ação contra pastor Malafaia e deixa claro: ele não foi homofóbico, e a Constituição brasileira não comporta a censura sob nenhum pretexto

Reinaldo Azevedo
O juiz federal Victorio Giuzio Neto, da 24ª Vara Cível de São Paulo, extinguiu ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal contra o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, contra a TV Bandeirantes e também contra a União. Vocês se lembram do caso: no programa “Vitória em Cristo”, Malafaia criticou duramente a parada gay por ter levado à avenida modelos caracterizados como santos católicos em situações homoeróticas. Ao defender que a Igreja Católica recorresse à Justiça contra o deboche, Malafaia afirmou o seguinte: “É para a Igreja Católica entrar de pau em cima desses caras, sabe? Baixar o porrete em cima pra esses caras aprender. É uma vergonha!”
Acionado por uma ONG que defende os direitos dos gays, o Ministério Público Federal recorreu à Justiça, acusando o pastor de estar incitando a violência física contra os homossexuais. Demonstrei por que se tratava de um despropósito. E o que queria o MPF? Na prática, como escrevi e também entendeu o juiz Victorio Giuzio Neto, a volta da censura. Pedia que o pastor e a emissora fizessem uma retratação e que a União passasse a fiscalizar o programa.
A decisão é primorosa. Trata-se de uma aula em defesa da liberdade de expressão. Fico especialmente satisfeito porque vi no texto muitos dos argumentos por mim desfiados neste blog — embora tenha sido esculhambado por muita gente: “Você não entende nada de direito”. Digamos que fosse verdade. De uma coisa eu entendo: de liberdade. O juiz lembra que o Inciso IX do Artigo 5º da Constituição e o Parágrafo 2º do Artigo 220 impedem qualquer forma de censura, sem exceção. De maneira exemplar, escreve:
Permite a Constituição à lei federal, única e exclusivamente: “… estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no artigo 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente”.
Estabelecer meios legais não implica utilização de remédios judiciais para obstar a veiculação de programas que, no entendimento pessoal, individual de alguém, ou mesmo de um grupo de pessoas, desrespeitem os “valores éticos e sociais da pessoa e da família” até porque seria dar a este critério pessoal caráter potestativo de obstar o exercício de idêntica liberdade constitucional assegurada a outrem.
Mais adiante, faz uma síntese brilhante:
Proscrever a censura e ao mesmo tempo permitir que qualquer pessoa pudesse recorrer ao judiciário para, em última análise, obtê-la, seria insensato e paradoxal.
Excelente!
Afirma ainda o magistrado:
Através da pretensão dos autos, na medida em que requer a proibição de comentários contra homossexuais em veiculação de programa, sem dúvida que se busca dar um primeiro passo a um retorno à censura, de triste memória, existente até a promulgação da Constituição de 1988, sob sofismático entendimento de ter sido relegado ao Judiciário o papel antes atribuído à Polícia Federal, de riscar palavras ou de impedir comentários e programas televisivos sobre determinado assunto.”
O juiz faz, então, uma séria de considerações sobre a qualidade dos programas de televisão, descartando, inclusive, que tenham influência definidora no comportamento dos cidadãos. Lembra, a meu ver com propriedade, que as pessoas não perdem (se o tiverem, é óbvio) o senso de moral porque veem isso ou aquilo na TV; continuam sabendo distinguir o bem do mal. Na ação, o MPF afirmava que os telespectadores de Malafaia poderiam se sentir encorajados a sair por aí agredindo gays. Lembrou também o magistrado que sua majestade o telespectador tem nas mãos o poder de mudar de canal: não é obrigado a ver na TV aquilo que repudia.
Giuzio Neto  analisou as palavras a que recorreu o pastor e que levaram o MPF a acionar a Justiça:
As expressões proferidas não são reveladoras de preconceito se a considerarmos como manifestação de condenação ou rejeição a um grupo de indivíduos sem levar em consideração a individualidade de seus componentes, pois não se dirigiu a uma condenação generalizada através de um rótulo, ao homossexualismo, mas, ao contrário, a determinado comportamento ocorrido na Parada Gay (….) no emprego da imagem de santos da Igreja Católica em posições homoafetivas.
Diante disto, não pode ser considerado como homofóbico na extensão que se lhe pretende atribuir esta ação, no campo dos discursos de ódio e de incentivo à violência, pois possível extrair do contexto uma condenação dirigida mais à organização do evento - pelo maltrato do emprego de imagens de santos da igreja católica - do que aos homossexuais.
De fato não se pode valorar as expressões dissociadas de seu contexto.
E, no contexto apresentado, pode ser observado que as expressões “entrar de pau” e “baixar o porrete” se referem claramente à necessidade de providências acerca da Parada Gay, por entender o pastor apresentador do programa, constituir uma ofensa à Igreja Católica reclamando providências daquela.
(…)
É cediço que, se a população em geral utiliza tais expressões, principalmente na esfera trabalhista, para se referir ao próprio ajuizamento de reclamação trabalhista (…) “vão meter a empresa no pau”. Outros empregam a expressão “cair de pau” como mera condenação social; “entrar de pau” ou “meter o pau”, por outro lado, estaria relacionado a falar mal de alguém ou mesmo a contrariar argumentos ou posicionamentos filosóficos.
Enfim, as expressões empregadas pelo pastor réu não se destinaram a incentivar comportamentos como pode indicar a literalidade das palavras no sentido de violência ou de ódio implicando na infração penal, como pretende a interpretação do autor desta ação.
Bem, meus caros, acho que vocês já haviam lido algo semelhante aqui, não?, escrito por este “não-especialista em direito”, como sempre fazem questão de lembrar os petralhas. Caminhando para a conclusão de sua decisão, observa:
Por tudo isto e diante da clareza das normas acima transcritas, impossível não ver na pretensão de proibição do pastor corréu de proferir comentários acerca de determinado assunto em programa de televisão, e da emissora de televisão deixar de transmitir, uma clara intenção de ressuscitar a censura através deste Juízo.”
Mas e quem não se conforma com fim da censura na TV? O juiz dá um conselho sábio, com certo humor e uma pitada de ironia:
Para os que não aceitam seu sepultamento - e de todas as normas infraconstitucionais que a previram - restam alternativas democráticas relativamente simples para a programação da televisão: a um toque de botão, mudar de canal, ou desliga-la. A queda do IBOPE tem poderosos efeitos devastadores e mais eficientes para a extinção de programas que nenhuma decisão judicial terá.

Caminhando para o encerramento

Sábias palavras a do juiz federal Victorio Giuzio Neto! Tenho me batido aqui, como vocês sabem, contra certa tendência em curso de jogar no lixo alguns valores fundamentais da Constituição em nome de alguns postulados politicamente corretos que nada mais são do que os “preconceitos do bem” de grupos de pressão influentes. Os gays têm todo o direito de lutar por suas causas. Mas precisam aprender que não podem impor uma agenda à sociedade que limite a liberdade de expressão, por exemplo, ou a liberdade religiosa.
No caso em questão, a ação era, em essência, absurda. É claro que o contexto deixava evidente que o pastor recorria a uma linguagem metafórica — de uso corrente, diga-se. Se alguém foi vítima de preconceito nessa história, esse alguém foi Malafaia. Não fosse um líder evangélico — e, pois, na cabeça de alguns, necessariamente homofóbico —, não teria sido importunado por uma ação judicial. Há um verdadeiro bullying organizado contra os cristãos, pouco importa a denominação religiosa a que pertençam. Infelizmente, a “religião” que mais cresce no mundo hoje é a cristofobia.
Eu, que tenho criticado com certa frequência a Justiça, a aplaudo desta vez.
Divulgação: www.juliosevero.com


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